Caracas,
12 out (Prensa Latina) A solicitação da Lei Habilitante, realizada ao
Parlamento pelo presidente da República, Nicolás Maduro, para combater a
corrupção, bem como o início da segunda fase do Governo de rua marcaram
pautas na realidade venezuelana.
O mandatário, que desde agosto anunciou que solicitaria a referida
norma legal, se fez presente à sede da Assembléia Nacional, onde
realizou o pedido de Lei Habilitante com o fim de que lhe confiram
poderes especiais para derrotar a corrupção e a guerra econômica
impulsionada pela direita contra o Executivo.
Durante seu
discurso no Hemiciclo do Palácio Federal Legislativo de Caracas, Maduro
advertiu que a luta contra a corrupção administrativa é um assunto
crucial, de vida ou morte para o processo de construção do socialismo na
Venezuela.
A respeito, o dignatário clamou por fazer
irreversível a via venezuelana ao socialismo e situou a meta em "uma
nova época republicana".
Para isso, apostou pela geração de "uma
dinâmica nacional, que combine o debate e a ação" para transformar os
modelos ético e econômico vigentes.
A nova institucionalidade
está ameaçada por um alto grau de entropía que não temos podido
reverter, admitiu o chefe de Estado, em alusão às práticas éticas,
políticas e econômicas herdadas da sociedade anterior à chegada ao poder
em 1999 do falecido presidente Hugo Chávez.
Assim mesmo, nesta
semana iniciou a segunda fase do Governo de Rua, esquema de
gerenciamento público impulsionado pelo presidente Maduro desde o
passado 25 de abril, para resolver os problemas do país baseado no
contato direto com a população.
Nesta nova etapa do Executivo de
Rua, assim como na primeira, realizam-se visitas às regiões do
território venezuelano, bem como inaugurações de novas obras.
O
Governo de Rua é um mecanismo de interação popular, onde o Gabinete
ministerial e demais servidores públicos do Executivo percorrem o país e
se reúnem com as comunidades para conhecer de forma direta as
necessidades do povo e brindar atenção e solução imediata às
dificuldades e problemas detectados ou propostos.
Em sua
primeira fase, o Governo de Rua subscreveu mais de dois mil compromissos
para a execução de diversas obras em matéria de transporte, vias,
educação, saúde e alimentação em benefício da população, enquanto na
segunda etapa se prevê, ademais, verificar o cumprimento dos referidos.
Enquanto no âmbito econômico informou-se de uma inflação de 4,4 por
cento, maior que a de agosto (três por cento) e da reativação na próxima
semana do Sistema Complementar de Administração de Divisas (Sicad),
mediante o qual se leiloarão 100 milhões de dólares semanais.
De
acordo com o Governo, a reativação do Sicad persegue a otimização do
uso das divisas em benefício do povo e dos setores produtivos da nação,
com o fim de vencer a guerra econômica que impulsiona a direita
venezuelana contra o Executivo.
tgj/Jha/cc |
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