Islamabade,
30 out (Prensa Latina) O ministro do Interior, Chaudhry Nisar Ali Khan,
notificou hoje o Senado que as incursões dos aviões teledirigidos
estadunidenses sobre o Paquistão já deixaram 2.227 mortos desde 2008.
Em contradição com o que sustentam organizações de defesa dos direitos
humanos e entidades que acompanham o tema, Khan indicou que nesse
período apenas 67 civis morreram atingidos pelos mísseis lançados pelos
aparelhos não tripulados.
Um recente estudo do Escritório de
Jornalismo Investigativo, com sede em Londres, assinalou que, desde o
início do programa drones no Paquistão (2004), as vítimas fatais chegam a
3.600, a maioria civis inocentes.
Ao reunir-se, na semana
passada em Washington, com o presidente Barack Obama, o premiê
paquistanês, Nawaz Sharif, pediu o fim imediato desse programa,
comandado pela Agência Central de Inteligência, por ser lesivo à
soberania nacional e contrário ao direito internacional.
Islamabade também considera que o uso de drones é contraproducente, pois
as baixas entre a população civil criam um natural sentimento
antiestadunidense e, diante dos olhos da opinião pública, até justificam
as ações violentas do movimento talibã.
Em seu informe ao
Senado do Parlamento, o ministro do Interior detalhou que no Paquistão
morreram 12.404 pessoas em atentados terroristas.
De junho até hoje, os atos dessa natureza, incluídos ataques suicidas, passam de 413, indicou.
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