 Ottawa,
4 out (Prensa Latina) O chamado fechamento parcial do governo dos
Estados Unidos é parte do negócio bipartidário de eliminar programas de
subsídios que favorecem setores pobres, assinala um artigo da
instituição acadêmica canadense Global Research.
O documento afirma que a batalha teatral no Congresso estadunidense
sobre essa crise fiscal terminará em uma negociação que lave a cara dos
adversários e reencaminhe aos seus postos os 825 mil empregados que
estão sob licença obrigatória sem salário.
Os salários desses
trabalhadores federais foram congelados há dois anos, não pelos
republicanos, mas por ordem do presidente Barack Obama, acrescenta o
autor do texto, Glen Ford.
Quando terminar esta disputa, o
programa de saúde assinado por Obama em 2010, conhecido como Obamacare,
seguirá intacto e o presidente continuará sua guinada à direita e se
acatará as exigências republicanas de novos cortes aos programas
sociais.
Segundo Ford, existem aspectos sagrados que não foram
afetados pelas reduções orçamentas, como é o caso da Agência de
Segurança Nacional (NSA) para espiar aos cidadãos estadunidenses e do
resto do mundo.
A NSA circulou um memorando recentemente no qual
assinala que suas atividades de inteligência, vigilância e
reconhecimento estão isentas desses cortes fiscais.
Portanto,
"para salvar ao todo-poderoso dólar", e como o chamado "shutdown" já
cumpriu seus propósitos, os republicanos encerrarão suas ações antes que
os setores financeiros mais poderosos sejam atingidos, acrescenta o
texto.
Desta forma a oposição terá mostrado sua vontade de
lutar, Obama aparecerá com uma imagem de defensor de seu povo contra as
intenções dos republicanos, e entre ambos reduzirão os benefícios
sociais dos setores menos favorecidos, acrescenta Ford.
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