domingo, 1 de setembro de 2013
"Tornam-se alarmadores os recentes pronunciamentos do governo dos
Estados Unidos e vários dos seus aliados da OTAN que exortam a uma ação
militar na Síria, desconhecendo os esforços que realizam alguns Estados
para atingir uma solução política ao conflito que desangra essa nação
árabe.
É necessário lembrarmos que aqueles que mais advogam hoje por uma ação
militar contra a Síria são os mesmos que lançaram cruentas guerras sem a
permissão do Conselho de Segurança das Nações Unidas, sob a mentira
deliberada da existência de armas de extermínio em massa ou sob o
pretexto da proteção de civis, que ocasionaram quantiosas mortes de
pessoas inocentes, incluídas crianças, às que qualificam de "danos
colaterais".
Faz-se um apelo a atacar a Síria, precisamente quando seu governo
autorizou a entrada da Missão de Investigação das Nações Unidas sobre o
pretenso uso de armas químicas nesse país e esta já começou seu trabalho
no campo.
Cuba condena qualquer uso de armas químicas e outras de extermínio em
massa e está firmemente comprometida com a Convenção sobre a Proibição
do Desenvolvimento, Produção, Armazenamento e o Emprego de Armas
Químicas e sobre sua Destruição com o estrito cumprimento de suas
disposições.
A informação disponível sobre a crise na Síria é fragmentada, imprecisa e alvo de frequente manipulação.
Uma agressão contra a Síria provocaria gravíssimas consequências para a
já convulsa região do Oriente Médio, constituiria uma flagrante
violação dos princípios da Carta das Nações Unidas e do Direito
Internacional e aumentaria os perigos para a paz e a segurança
internacionais.
Cuba reitera sua convicção de que é necessário encontrar uma solução
política e expressa sua enérgica recusa a qualquer tentativa de afetar a
independência, a soberania e integridade territorial da Síria e a
autodeterminação de seu povo.
Havana, 28 de agosto de 2013."
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