segunda-feira, 16 de setembro de 2013

As dez empresas que mais lucram com as guerras

sábado, 14 de setembro de 2013


Por laRepublica.es 

O Instituto de Pesquisas da Paz de Estocolmo (SIPRI) resume em seu anuário de 2013, as vendas mundiais de armas e serviços militares das 100 maiores empresas de armamento e equipamento bélico para o ano 2011. O volume de vendas destas empresas foi de US$ 465.770 bilhões em 2011, o que representa um aumento de 14%. Desde o ano 2002, as vendas das 100 maiores empresas produtoras de armas e equipamento bélico aumentaram em 60%, o que confirma que estas empresas estão longe de sofrer os impactos da crise finananceira que tem abalado o mundo.

Destas 100 empresas narradas pelo anuário do SIPRI, as dez primeiras obtiveram vendas no valor de US$ 233.540 bilhoes, ou seja, os 50% obtidos pelo tootal das Top Cem. Nenhum setor econômico cresceu tanto como a indústria de armamento, o que demonstra um entusiasmo demencial pelas guerras. Já destacamos antes os perigos que envolve o lucrativo negócio da guerra  e o informe detalhado do instituto sueco confirma nossas suspeitas. Este Instituto deveria pedir contas a essa Academia, também sueca, que concede o Nobel da Paz, principalmente por entregar o prêmio a alguém que valida o orwelliano mundo de a guerra é a paz.

Um mundo demencial

Se existe algo demencial e irracional no fato de que as fábricas de armamento obtenham mais lucros do que qualquer outro setor industrial, há também o fato de que é uma insanidade profunda que isto não seja informado publicamente. As fábricas de armamento, originárias do setor privado, absorvem parte importante dos orçamentos públicos. Ou seja, é o contribuinte, mais uma vez, o principal financiador dos senhores da guerra. Um gasto que somente com as cem primeiras chega a US$ 500 bilhões anuais. E agora que está na moda a tecnologia dos drones (aviões não tripulados) não é de se estranhar que 7 das 10 primeiras empresas operem o espaço aéreo. Muito menos é estranho que destas 100 empresas, 47 sejam dos Estados Unidos. As empresas norte-americanas se apropriam de 60% das vendas totais de armamento produzido pelas Top Cem. Daí a correlação entre dívida pública e gasto militar que estabelecemos há alguns anos para compreender o problema da dívida pública dos EUA. Estas são as primeiras 10 empresas da lista no ranking 2011 (os dados entre parêntesis correspondem ao ranking 2010).

1 (1). Lockheed Martin (EUA) Armaçãode mísseis e espaço aéreo. Vendas de US$ 36.270 bilhões em 2011. Lucro líquido: US$ 2.655 bilhões. 123.000 empreados (132.000).
2 (3). Boeing (EE.UU.) Aviões, eletrônica, mísseis, espaço aéreo. Vendas de US$ 31.830 bilhões. Lucro líquido de US$ de 4.018 bilhões. 171.700 empregados (160.500).
3 (2). BAE Systems (Reino Unido) Aviões, artilharia, mísseis, veículos militares. Navios. Vendas de US$ 29.150 bilhões. Lucro líquido de US$ 2.349 bilhões. 93.500 empregados (98.200).
4 (5). General Dynamics (EE.UU.) Artilharia, eletrônica. Vendas de US$ 23.760 bilhões. Lucro líquido de US$ 2.526 bilhões, 95.100 empregados (90.000).
5 (6). Raytheon (EE.UU.) Mísseis, eletrônica. Vendas de US$ 22.470 bilhões. Lucro líquido de US$ de 1.896 bilhão. 71.00 empregados (72.400).
6 (4). Northrop Grumman (EUA) Aviões, eletrônica, mísseis, barcos de guerra. Vendas de US$ de 21,390 bilhões. Lucro líquido de 2.118 bilhões. 72.500 empregados (117.100).
7 (7). EADS (UE) Aviões, eletrônica, mísseis. Vendas de US$ 16.390bilhões. Lucro líquido de US$ 1.442 bilhão. 133.120 empregados (121.690).
8 (8). Finmeccanica (Itália) Aviões, veículos de artilharia, mísseis. Vendas de US$ 14.560 bilhões. Lucro líquido de US$ 902 milhões. 70.470 empreados (75.200).
9 (9). L-3 Communications (EUA) Electrônica. Vendas de US$ 12.520 bilhões. Lucro líquido de 956 milhões. 61.000 empregados (63.000).
10 (10). United Technologies (EUA) Aeronaves, electrônica, motores. Vendas de US$ 11.640 bilhões. Lucro líquido de US$ 5.347 bilhões. 199.900 empregados (208.220).

Estas cifras confirmam que a guerra é um dos melhores negóios para alguns países e, inclusive, submetem à prova as receções e as crises financeiras. E embora obtenham importantes ganhos, também criam desemprego. O grande problema é que necessitam se alimentar a cada dia de novas guerras, por isso é preciso inventá-las. O que fariam estas empresas se houvesse paz? Este é o motivo pelo qual todas as guerras se baseiam no engano e na manipulação das massas, como as armas químicas de destruição massiva de Saddam Hussein, que há dez anos tornaram possível aos EUA invadir o Iraque, diante da complacência de todo o mundo. Isso se repetirá outra vez?



               Fonte :ANNCOL

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