terça-feira, 6 de agosto de 2013

Rússia quer ajuda de Snowden em investigação sobre espionagem norte-americana

Após Putin anunciar que não aceitaria ações "antiamericanas", Moscou acena com colaboração de ex-funcionário da CIA

Uma das condições para Rússia aceitar conceder asilo político a Edward Snowden foi que o ex-funcionário da CIA se comprometesse a não adotar medidas "antiamericanas".

Moscou, no entanto, amenizou o tom e nesta terça-feira (06/08) anunciou que espera contar com a ajuda do norte-americano nas investigações sobre invação de privacidade e apropriação de dados pessoais de cidadãos russos pelos serviços de Inteligência dos EUA.

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"Hoje mesmo vou entrar em contato com Snowden. A informação que poderia nos proporcionar não prejudicará os interesses dos EUA, lá já não há novidades. É proteção de dados pessoais", disse o senador russo Ruslan Gattárov, citado pela agência oficial RIA Novosti.

Agência Efe

Snowden deixou o aeroporto de Moscou no começo de agosto

Gattárov lidera uma comissão especial adjunta do Conselho da Federação (câmara alta do Parlamento russo) para investigar os vazamentos ocasionados pelas atividades dos serviços secretos americanos. As Relações Exteriores, Comunicações e a Procuradoria Geral também vão participar da investigação. "Nosso objetivo é averiguar quais são os pontos vulneráveis na proteção dos dados pessoais e eliminá-los", afirmou Gattárov.

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A comissão vai apresentar em setembro novas propostas para introduzir emendas na legislação russa para endurecer as condições de confidencialidade de dados pessoais nas redes sociais.

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Ontem (05), um analista político russo não descartou novos vazamentos de Snowden caso os EUA impuserem sanções contra Moscou. "Se de repente a lista Magnitski é ampliada, Snowden poderia 'lembrar' alguns detalhes sobre os serviços em que trabalhou", ironizou o diretor do Centro de Informações Políticas, Alexei Mujin.

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Snowden deixou no dia 1º o aeroporto Sheremetyevo de Moscou, onde permaneceu quase um mês e meio em espera de que as autoridades russas lhe dessem o asilo temporário. Desde então, não se sabe o paradeiro do homem requisitado pela justiça dos EUA.

(*) Com informações da Agência Efe
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