segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Nota do MST sobre julgamento do massacre de Felisburgo

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

NOTA DO MST SOBRE JULGAMENTO DO MASSACRE FELISBURGO


                                                               

O MST vem informar que o julgamento do mandante e executor do Massacre de Felisburgo, Adriano Chafik, foi agendado para o dia 21 de agosto, nesta quarta-feira, no Tribunal do Júri do Fórum Lafaiete, em Belo Horizonte. 

Queremos expressar nossa indignação pelos sucessivos adiamentos, inicialmente de janeiro para maio e posteriormente para agora. Indignou-nos principalmente o último adiamento, pois demonstrou como a justiça é falha e tem suas brechas, permitindo ao advogado do assassino confesso alegar a “necessidade” de ouvir 60 testemunhas na véspera do júri, depois de quase nove anos de impunidade. 

Estaremos mobilizados na frente do Fórum a partir de amanhã (20 de agosto) até a condenação definitiva do fazendeiro criminoso. E não vamos arredar o pé ou nos intimidar com qualquer manobra da defesa de Chafik. Viremos a Belo Horizonte quantas vezes forem necessárias, e não descansaremos até ser feita Justiça.

Venha participar da concentração para o início das atividades de mobilização: nesta terça feira (20/08), às 07:00 horas, no viaduto São Francisco, onde sairemos em marcha para o centro de Belo Horizonte exigindo justiça para Felisburgo.

DIREÇÃO ESTADUAL DO MST-MG

RELEASE PARA A IMPRENSA – JULGAMENTO DO MASSACRE DE FELISBURGO

Acontece dia 21 de agosto de 2013, quarta-feira, o julgamento do fazendeiro Adriano Chafik, acusado de executar, junto com 15 pistoleiros o MASSACRE DE FELISBURGO, como ficou conhecido o episódio ocorrido em 20 de novembro de 2004, em que 5 sem-terra foram mortos e outros 12 ficaram feridos na cidade de Felisburgo, Vale do Jequitinhonha, MG.   

Marcado para dia 21 de agosto, o Tribunal do Júri já foi adiado por duas vezes, o que tem provocado forte reação dos Sem-Terra e de grupos de direitos humanos, artistas e personalidades, inclusive políticos. Segundo o deputado federal Nilmário Miranda, do PT-MG, “é impressionante ver como a justiça funciona para uns, com celeridade, e para outros, os mais pobres, ela teima em abrir brechas e permitir que a dor vá se perpetuando”. 

Mas o deputado acredita que desta vez o julgamento aconteça de fato “pois não há mais justificativa para a sociedade como um assassino confesso ficar solto por 8 anos, pondo em risco a segurança da população”.

Em meio a rumores de um novo adiamento, o MST assevera, por meio de nota, que irá com cerca de mil militantes sem-terra para a porta do Fórum, a partir do dia 20 de agosto. Para Enio Bohnenberger, “a cada vez que eles fogem da justiça só aumenta a condenação da sociedade, pois quem não deve não teme, e os jurados, que são do povo, sabem disso”, e completa: “vamos voltar para Belo Horizonte quantas vezes for necessário, e junto conosco a opinião pública vai condenar este assassino e fazer Justiça”.

Se for condenado, o latifundiário vai acumular derrotas sobre o caso, pois no ano passado perdeu ação em que reclamava a propriedade de 515 hectares da fazenda palco do massacre. Segundo o STJ, as terras foram griladas pelo réu, e deverão ser destinadas a reforma agrária. Outros 1200 hectares foram decretados de interesse social pelo então presidente Lula em 2010.

CONTATOS para entrevistas: 
Enio Bohnenberger – (31) 9168-9235
Silvio Netto – (31) 9300-9717

Observação de frei Gilvander: 

Agrademos a quem puder ajudar na divulgação e convidando pessoas para participar desse julgamento para que jagunços e mandante sejam de fato julgados e condenados. 

Cf. texto de frei Gilvander Luís Moreira sobre Massacre de Felisburgo: o que não pode ser esquecido, no Jornal Brasil de Fato - www.brasildefato.com.br -, no link http://www.brasildefato.com.br/node/12893 . 
No final do texto há uma lista de 17 vídeos que ajudam a entender o tamanho da injustiça e do crime que foi o Massacre de Felisburgo. 

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