Cairo,
22 jul (Prensa Latina) Ataques armados na península de Sinai hoje cedo
custaram a vida de seis pessoas e feriram 11, disseram fontes oficiais,
segundo as quais quatro das vítimas fatais são soldados e policiais.
Os combates registraram-se durante uma dezena de ações contra pontos de
controle militares e quartéis da polícia nas cidades de Rafah e Arish,
informa um despacho da agência noticiosa oficial MENA, que cita uma
fonte oficial.
A explosiva península do nordeste egípcio,
fronteiriça a Israel, Jordânia e a faixa de Gaza, é palco desde a
segunda metade do ano passado de frequentes ataques contra o Exército e a
Polícia, adjudicados a extremistas islâmicos, os quais se
intensificaram desde a queda em 3 de julho do presidente Mohamed Morsi.
Ontem, as autoridades militares na península proibiram que os barcos
pesqueiros ficassem no cais para evitar a infiltração no Egito de
radicais islâmicos enviados para somarem-se às entidades dessa tendência
que operam no território.
Em um fato separado, o premiê
interino egípcio, Hazem Beblawi, anunciou a designação do magistrado
Adel Abdel-Hamid como ministro de Justiça, o que eleva a 35 o número de
titulares do gabinete nomeado pelo presidente provisório Adli Mansour.
O mandatário assim formou horas atrás um comitê de 10 especialistas
encarregados de reformar a Constituição aprovada em dezembro passado em
referendo, cuja redação e promulgação foram algumas das razões da crise
que eclodiu no passado 3 de julho com a destituição de Morsi pelo
Comando das Forças Armadas em meio a tumultuosos protestos populares.
Os opositores do derrocado mandatário, que a referendou ao abrigo de
faculdades omnimodas, criticaram vários artigos do texto, que
qualificaram de desenhados para islamizar à sociedade egípcia sem ter em
conta suas peculiaridades sociais, políticas e econômicas.
Para
hoje, os partidários de Morsi, concentrados em um distrito desta
capital e em outras cidades, anunciaram a renovação dos protestos
populares em demanda de sua restituição, depois que ontem uma pessoa
morreu e mais de uma centena ficaram feridas em manifestações aqui e em
localidades do sul egípcio.
rc/msl/bj |
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