Damasco,
29 jul (Prensa Latina) O Movimento Nacional Curdo para a Mudança
Pacífica (Mnkcp) na Síria condenou o massacre contra 123 civis e
militares perpetrado por um grupo terrorista na região de Khan Assal, na
província de Alepo.
A autodenominada Brigada de Partidários do Califado (Ansar Khilafa)
assumiu a responsabilidade do fato, depois que grupos opositores armados
se fizeram do controle da localidade na semana passada.
A
entidade curda responsabilizou pela bárbara ação os governos de Turquia e
Arábia Saudita em um comunicado reproduzido nesta segunda-feira por
meios nacionais.
Em múltiplas ocasiões Damasco acusou à
administração do premiê Recep Tayyip Erdogan e à Casa de Saud,
respectivamente, de dar assistência bélica e financeira a grupos
mercenários e radicais islâmicos que lutam para derrubar o governo do
presidente Bashar Assad.
O Mnkcp exigiu às forças políticas e
civis nacionais esquecer suas discrepâncias e cerrar fileiras, enquanto
considerou que a única via para pôr fim ao conflito armado que sacode o
país é a negociação pacífica de ditas entidades.
Criticou assim a
inação do Conselho de Segurança da ONU e de organizações humanitárias
diante dos cada vez mais frequentes massacres que ocorrem no país pelas
mãos dos qualificados como rebeldes.
Referiu o movimento curdo
que dias atrás grupos tafires (extremistas) usurparam terras e bens dos
cidadãos que habitam na zona de Tal Abiad, no norte do país.
Denunciaram que os irregulares dinamitaram moradias e tomaram
prisioneiros idosos, mulheres e crianças pela simples razão de lhes ter
negado o apoio e assumir uma postura patriótica de defesa da Pátria.
A Chancelaria síria condenou no sábado o massacre em várias cartas ao
Conselho de Segurança e ao Secretário Geral das Nações Unidas, enquanto
exigiu uma investigação internacional longe de toda hipocrisia ou dupla
moral.
Para Damasco, o ocorrido na região revela o papel de
Estados vizinhos envolvidos em garantir o apoio logístico e financeiro
às quadrilhas mercenárias, "até o ponto de dar ordens para cometer tão
bárbaros atos".
A política de dupla moral que persiste em alguns
membros permanentes do Conselho de Segurança com respeito à luta contra
o terrorismo impediu a emissão de uma condenação a estas quadrilhas
extremistas vinculadas à Al-Qaeda, destacam as cartas. Segundo o
governo, tais ações além de significar um encobrimento político aos
terroristas, viola as responsabilidades do Conselho para garantir a paz e
segurança internacionais e põe dúvida sobre sua seriedade na luta
contra o terrorismo global.
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