Washington,
30 jul (Prensa Latina) Uma corte marcial nos Estados Unidos declarou o
soldado estadunidense Bradley Manning, acusado de vazar mais de 700 mil
arquivos secretos ao site digital Wikileaks inocente da acusação de
ajudar o inimigo.
Dessa forma, o jovem militar de 25 anos livrou-se da pena de cadeia
perpétua que havia sido pedida pela promotoria, que o acusou de traidor.
No entanto, a coronel Denise Lind, juíza do caso, declarou-o culpado de
19 das 22 acusações, entre elas cinco de roubo de textos e também 5
acusações de espionagem, o que poderá levá-lo a condenado a até 150 anos
de prisão.
Desde as primeiras horas da manhã da terça-feira,
centenas de ativistas de direitos civis e apoiadores de Manning
concentraram-se nos acessos à sede do tribunal, nas instalações
militares de Fort Mead, estado de Maryland, para pedir a absolvição do
jovem militar.
Manning declarou-se inocente da acusação de
ajudar o inimigo no último dia 28 de fevereiro ainda que tenha aceitado
assumir a culpa por acusações relacionadas com o manejo inadequado de
informação classificada, posse não autorizada e transmissão de dados a
uma terceira parte.
Seu advogado David Coombs argumentou que seu
cliente tinha intenções de que a publicação desses documentos
contribuísse para um intenso debate sobre as ações diplomáticas e
militares dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão.
O jovem
de 25 anos foi preso em maio de 2010 e seu caso provocou inumeráveis
denúncias porque permanece preso há quase três anos sem ter sido
submetido a julgamento, quando a lei militar do país fixa um prazo
máximo de 120 dias para esses processos legais.
Manning foi
colocado sob custodia máxima por nove meses na base de Quantico,
Virginia, confinado em um pequeno calabouço, sem janelas e com uma única
vista do corredor através das grades, o que provocou protestos de
grupos defensores dos direitos humanos nos Estados Unidos.
O
caso do jovem militar de 25 anos ganhou novas atenções após a revelação
em junho das atividades de espionagem realizadas pela Agência de
Segurança Nacional (NSA) estadunidense, vazadas pelo técnico, Edward
Snowden.
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