Nova
Déli, 22 jun (Prensa Latina) Jamais na história do Himalaia havia
ocorrido um desastre semelhante, assegurou hoje Vijay Bahuguna, chefe de
governo no estado indiano de Uttarakhand, onde inundações causadas
pelas chuvas monçônicas deixaram mais de 500 mortos.
Os números ainda são provisórios, pois as autoridades locais consideram
que poderia ser triplicada ou quadruplicada quando for possível
realizar uma contagem definitiva das perdas, uma tarefa que mal começaou
devido à calamitosa situação ainda imperante nesse território, contíguo
à cordilheira mais alta do planeta.
Reconstruir Uttarakhand levará muito tempo, lamentou Bahuguna.
A impetuosa corrente de águas e os desprendimentos de terra destruíram
milhares de moradias e deixaram grandes porções do estado sem
comunicação por conta da queda de torres telefônicas, pontes e estradas.
Em uma corrida contra o tempo, membros do exército e da força aérea
seguem tentando resgatar milhares de pessoas presas em zonas usualmente
de difícil acesso, mas que agora o são mais.
Caso a tentativa
fracasse, o número de mortos aumentará bastante devido à carência de
alimentos e água potável dos que estão presos, além das condições de
insalubridade resultantes do desastre.
O diretor geral da Força
Nacional de Resposta a Desastres, Sandeep Rai Rathore, disse que sábado e
domingo são chaves nas tarefas de salvamento, pois o Departamento de
Meteorologia previu chuvas leves desde a noite do domingo, mas intensas
desde a quarta-feira.
O premiê Manmohan Singh descreveu a
situação em Uttarakhand como "preocupante" e anunciou um ajuda para o
estado de 10 bilhões de rupias (cerca de 180 milhões de dólares).
A monção é um vento sazonal carregado de umidade que, procedente do
sul, costuma chegar à porção norte da Índia em meados de julho.
Mas neste ano, pela primeira vez desde que se têm registros, chegou com
um mês de antecipação e inusitada força, o que pegou os moradores e as
autoridades da região desprevenidos.
Meios de imprensa e
partidos políticos da oposição apontaram que, aparte da entrada
prematura da monção, o desastre foi maior porque o país carece de
programas eficientes de prevenção e socorro.
tgj/asg/es |
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