Farol de São Tomé só tem atenção no verão
A única praia campista, Farol de São Tomé,
localizada após o distrito de Santo Amaro, à 55 km do Centro da cidade
está, segundo moradores, com problemas com iluminação ao longo da
avenida Atlântica precária, poucos ônibus circulando dentro da praia,
infestação de mosquitos a qualquer hora do dia, praças e academia
popular abandonados. Moradores dizem que são beneficiados por alguns
programas da prefeitura somente durante o verão.
De acordo com a população do Farol, os moradores sofrem com uma grande infestação de mosquitos durante todo o ano. A comerciante Silvana Aparecida Monteiro, de 54 anos, relatou que o carro fumacê trafega pela praia apenas durante o verão e inseticidas não resolve o problema. Silvana informou também que, os moradores já ligaram para o Centro de Controle Zoonoses (CCZ) solicitando que o carro fumacê circule pelo Farol, mas nada foi feito. A população da praia ainda informou que, as três piscinas, instaladas ao lado do estande do Meio Ambiente estão abertas, podendo acumular água de chuvas e provocar riscos de doenças como a dengue.
— Estamos sofrendo com esse problema aqui na praia. Todos nós moradores já contabilizamos os prejuízos comprando inseticida, que não resolve o nosso problema. A população está com medo de doenças, por conta desses mosquitos. As piscinas da secretaria de Meio Ambiente deveriam ter sido interditadas quando terminou o verão. Elas não estão sendo usadas e deveriam estar sendo cuidadas pela prefeitura. A praia do Farol só é lembrada durante o verão, quando a praias está lotada. Eles só pensam nos turistas, nós moradores estamos esquecidos — disse a comerciante.
Outro problema, destacado por ela, é a precariedade da iluminação pública na avenida Atlântica. Silvana relatou que, constantemente as lâmpadas do local estão queimando e a prefeitura demora consertar, deixando a praia às escuras.
—Ficamos com medo de passar pela orla à noite. A escuridão traz insegurança para a população. Tem acontecido por aqui muitos crimes, precisamos de ajuda urgentemente —pontuou.
O presidente da Companhia de Iluminação do Município de Campos dos Goytacazes (Campos Luz), Igor Gomes, informou que a troca de lâmpadas e outras intervenções são realizadas regularmente na Praia do Farol de São Tomé. De acordo com ele, devido à ação da maresia, duas vezes por semana, uma equipe da Campos Luz se dirige ao balneário para a troca de lâmpadas queimadas da orla. Apesar de desconhecer falha no serviço, Igor informou que intensificará as inspeções no Farol.
Quanto as reclamações da infestação de mosquitos e o abandono das piscinas do estande da secretaria de Meio de ambiente, até o fechamento da edição, a assessoria de comunicação da prefeitura não respondeu aos questionamentos do problema.
Moradores reclamam de lixo e praça suja
Quanto aos serviços de escola, creche e segurança os moradores não tiveram reclamações. Ainda na questão de abandono, a população informou que, as praças da praia estão sem reformas e sujas há meses ou até anos. Numa praça, localizada próximo à rodoviária a academia popular está abandonada e com muito lixo espalhado e os bancos e brinquedos da praça sujos e quebrados. Já uma quadra, localizada aos fundos da Igreja São Tomé está abandonada há anos, em mal estado de conservação. O calçamento da praça está com buracos, matos e lixo.
— Isso aqui está abandonado. A prefeitura promete que vai fazer a reforma, mas nada acontece — relatou a comerciante Mara Ribeiro, de 38 anos.
Quanto às reclamações referentes à praça, academia e quadra, o secretário municipal de Obras, Urbanismo e Infraestrutura, Edilson Peixoto, informou que enviará um técnico aos locais para verificar os problemas e tomar as devidas providências o mais rápido possível. Já em relação ao lixo nas praças e quadras, a assessoria de Comunicação não respondeu aos questionamentos.
Solidariedade – Há dez anos, a população de Farol de São Tomé abrigou um homem, identificado apenas como Valdir. Segundo moradores, o homem, com problemas para falar e de memória, teria aparecido dormindo em dos barcos na areia da praia. Com isso, pecadores construíram um “barraco”, próximo ao Terminal Pesqueiro e ajudam com roupas, alimentos e remédios.
—Valdir é uma boa pessoa. Estamos fazendo o nosso papel, em ajudar quem precisa”, disse a recepcionista Camila Almeida, de 25 anos. A Folha questionou à prefeitura quanto à assistência, que não estaria sendo prestada ao homem por parte do poder público, mas não houve respostas.
Transporte coletivo gera reclamações
Outro problema relatado pela população do Farol é a falta de ônibus circulando dentro da praia, trazendo prejuízos para aqueles que precisam percorrer alguns bairros da praia. Segundo o microempresário Marcos Paulo Mariano, de 23 anos, o único recurso da população são os transportes alternativos, já que os ônibus estão em falta. “Perdemos vários compromissos por conta disso. No verão, temos ônibus a qualquer hora do dia. Já em outras estações do ano não temos num um por dia. Precisamos dos coletivos circulando pela praia regularmente”, disse ele.
Segundo o diretor de transportes do Instituto Municipal de Trânsito e Transportes (IMTT), Sidney Santana, o órgão tem total conhecimento dos problemas que envolvem o transporte de passageiros na praia do Farol de São Thomé e vem trabalhando incansavelmente no sentido de resolvê-los. Recentemente foram deslocados para o balneário, ônibus das empresas que fazem a linha Campos-Farol, para atender a demanda deixada pela retirada dos ônibus da Empresa Progresso, com o objetivo de amenizar o problema.
Dulcides Netto
Rodrigo Silveira
Fonte: Folha da Manhã
De acordo com a população do Farol, os moradores sofrem com uma grande infestação de mosquitos durante todo o ano. A comerciante Silvana Aparecida Monteiro, de 54 anos, relatou que o carro fumacê trafega pela praia apenas durante o verão e inseticidas não resolve o problema. Silvana informou também que, os moradores já ligaram para o Centro de Controle Zoonoses (CCZ) solicitando que o carro fumacê circule pelo Farol, mas nada foi feito. A população da praia ainda informou que, as três piscinas, instaladas ao lado do estande do Meio Ambiente estão abertas, podendo acumular água de chuvas e provocar riscos de doenças como a dengue.
— Estamos sofrendo com esse problema aqui na praia. Todos nós moradores já contabilizamos os prejuízos comprando inseticida, que não resolve o nosso problema. A população está com medo de doenças, por conta desses mosquitos. As piscinas da secretaria de Meio Ambiente deveriam ter sido interditadas quando terminou o verão. Elas não estão sendo usadas e deveriam estar sendo cuidadas pela prefeitura. A praia do Farol só é lembrada durante o verão, quando a praias está lotada. Eles só pensam nos turistas, nós moradores estamos esquecidos — disse a comerciante.
Outro problema, destacado por ela, é a precariedade da iluminação pública na avenida Atlântica. Silvana relatou que, constantemente as lâmpadas do local estão queimando e a prefeitura demora consertar, deixando a praia às escuras.
—Ficamos com medo de passar pela orla à noite. A escuridão traz insegurança para a população. Tem acontecido por aqui muitos crimes, precisamos de ajuda urgentemente —pontuou.
O presidente da Companhia de Iluminação do Município de Campos dos Goytacazes (Campos Luz), Igor Gomes, informou que a troca de lâmpadas e outras intervenções são realizadas regularmente na Praia do Farol de São Tomé. De acordo com ele, devido à ação da maresia, duas vezes por semana, uma equipe da Campos Luz se dirige ao balneário para a troca de lâmpadas queimadas da orla. Apesar de desconhecer falha no serviço, Igor informou que intensificará as inspeções no Farol.
Quanto as reclamações da infestação de mosquitos e o abandono das piscinas do estande da secretaria de Meio de ambiente, até o fechamento da edição, a assessoria de comunicação da prefeitura não respondeu aos questionamentos do problema.
Moradores reclamam de lixo e praça suja
Quanto aos serviços de escola, creche e segurança os moradores não tiveram reclamações. Ainda na questão de abandono, a população informou que, as praças da praia estão sem reformas e sujas há meses ou até anos. Numa praça, localizada próximo à rodoviária a academia popular está abandonada e com muito lixo espalhado e os bancos e brinquedos da praça sujos e quebrados. Já uma quadra, localizada aos fundos da Igreja São Tomé está abandonada há anos, em mal estado de conservação. O calçamento da praça está com buracos, matos e lixo.
— Isso aqui está abandonado. A prefeitura promete que vai fazer a reforma, mas nada acontece — relatou a comerciante Mara Ribeiro, de 38 anos.
Quanto às reclamações referentes à praça, academia e quadra, o secretário municipal de Obras, Urbanismo e Infraestrutura, Edilson Peixoto, informou que enviará um técnico aos locais para verificar os problemas e tomar as devidas providências o mais rápido possível. Já em relação ao lixo nas praças e quadras, a assessoria de Comunicação não respondeu aos questionamentos.
Solidariedade – Há dez anos, a população de Farol de São Tomé abrigou um homem, identificado apenas como Valdir. Segundo moradores, o homem, com problemas para falar e de memória, teria aparecido dormindo em dos barcos na areia da praia. Com isso, pecadores construíram um “barraco”, próximo ao Terminal Pesqueiro e ajudam com roupas, alimentos e remédios.
—Valdir é uma boa pessoa. Estamos fazendo o nosso papel, em ajudar quem precisa”, disse a recepcionista Camila Almeida, de 25 anos. A Folha questionou à prefeitura quanto à assistência, que não estaria sendo prestada ao homem por parte do poder público, mas não houve respostas.
Transporte coletivo gera reclamações
Outro problema relatado pela população do Farol é a falta de ônibus circulando dentro da praia, trazendo prejuízos para aqueles que precisam percorrer alguns bairros da praia. Segundo o microempresário Marcos Paulo Mariano, de 23 anos, o único recurso da população são os transportes alternativos, já que os ônibus estão em falta. “Perdemos vários compromissos por conta disso. No verão, temos ônibus a qualquer hora do dia. Já em outras estações do ano não temos num um por dia. Precisamos dos coletivos circulando pela praia regularmente”, disse ele.
Segundo o diretor de transportes do Instituto Municipal de Trânsito e Transportes (IMTT), Sidney Santana, o órgão tem total conhecimento dos problemas que envolvem o transporte de passageiros na praia do Farol de São Thomé e vem trabalhando incansavelmente no sentido de resolvê-los. Recentemente foram deslocados para o balneário, ônibus das empresas que fazem a linha Campos-Farol, para atender a demanda deixada pela retirada dos ônibus da Empresa Progresso, com o objetivo de amenizar o problema.
Dulcides Netto
Rodrigo Silveira
Fonte: Folha da Manhã
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