segunda-feira, 20 de maio de 2013

Intelectuais estado-unidenses pedem ao The New York Times que analise a sua parcialidade contra a Venezuela

DOCUMENTO


Agência de Noticias Nueva Colombia, ANNCOL
19.Mai.13 :: Colaboradores


Um conjunto de intelectuais estado-unidenses, entre os quais o escritor Noam Chomsky e o cineasta Oliver Stone, enviou una carta à editora do diário The New York Times, Margaret Sullivan, na qual lhe pedem que analise a abordagem parcial adoptada contra a Venezuela e em especial contra o governo do líder da Revolução Bolivariana, Hugo Chávez Frías (1999-2013).
Os subscritores sublinham que nos últimos quatro anos esse diário, em consonância com a linguagem do Governo estado-unidense, “tem apelidado Chávez como ‘autocrata’, ‘déspota’, ‘governante autoritário’, e um ‘caudilho’ nas suas coberturas notíciosas”.
Para além disso, “se se incluírem os artigos de opinião, o Times publicou pelo menos 15 artigos utilizando essa linguagem, descrevendo Chávez como ‘ditador’ ou ‘homem duro’.
Os intelectuais fazem uma comparação com o tratamento que o diário dá às notícias e artigos sobre Honduras a partir de 2009, ano em que mediante um golpe de Estado foi derrubado o então presidente Manuel Zelaya e ocupou o seu lugar Roberto Micheletti, sob cujo mandato foi eleito mandatário Porfírio Lobo.
“Nenhum colaborador do Times utilizou esses termos para se referir a Micheletti, que encabeçou um regime golpista após o desapossamento de Zelaya, nem se referiu desse modo a Porfirio Lobo, que lhe sucedeu. Em contrapartida, o periódico descreveu-os nas suas coberturas noticiosas como ‘interino’, ‘de facto’, e ‘novo”, assinalam.
Recordam que Lobo chegou ao poder graças a umas eleições “marcadas pela repressão e a censura”. Para além disso, “desde o golpe de Estado, as forças militares e policiais hondurenhas têm com frequência assassinado civis”.
Explicam que “ainda que alguns grupos defensores dos direitos humanos venham criticando o governo de Chávez, as forças da ordem em Venezuela não têm um historial de assassínio de civis, como é o caso em Honduras”.
Há que acrescentar que nos últimos 14 anos se realizaram 18 eleições, as quais foram amplamente reconhecidas à escala mundial.
“Jimmy Carter elogiou as eleições em Venezuela, entre as 92 eleições que o Centro Carter tem monitorado, e descreveu-as como ‘um magnífico sistema de votação’. Carter concluiu que o processo eleitoral em Venezuela é el melhor do mundo”, referem.
Esta petição foi realizada com base numa coluna de Sullivan, publicada em Abril passado, na que manifestou: “Embora as palavras e frases particulares não tenham muita importância dado o grande fluxo diário criado, a linguagem importa. Quando as organizações noticiosas aceitam a maneira de se expressar do governo, elas parecem aceitar a forma de pensar do governo. No Times, estas decisões têm ainda maior peso”.
Tendo em conta esta afirmação de Sullivan, os intelectuais estado-unidenses pedem-lhe coerência entre o seu discurso e o tratamento noticioso do diário.
“Incitamo-la a examinar esta diferença nas coberturas e no uso da linguagem, particularmente porque aquela pode dar aos seus leitores uma impressão de parcialidade a favor da posição do governo estado-unidense relativamente ao governo de Honduras (que apoia), e o governo venezuelano (ao qual se opõe) - precisamente a síndrome que você descreve e contra a qual adverte na sua coluna”, manifestam na carta.
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