Colômbia :FARC-EP com maior disposição para fazer avançar diálogo de paz

Havana, 15 mai (Prensa Latina) As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) afirmaram hoje que o tema de uma reforma agrária estrutural arroja aproximações nas conversas de paz, às quais chegam com maior disposição para fazer avançar. Governo colombiano e FARC-EP retomam diálogo de paz em Cuba  Mais imagens em: FotosPL Esperamos que tais aproximações sejam explicadas logo, "em um comunicado conjunto que dê certezas a nossos compatriotas sobre os alcances esperançadores que até agora arrojam os diálogos", referiu a guerrilha, ao iniciar o nono ciclo das aproximações com o Governo. No Palácio de Convenções de Havana, Cuba -sede permanente das conversas-, o membro da insurgência Pablo Catatumbo leu um comunicado em que as FARC-EP assinalam também sua disposição de avanço, "com iniciativas dinâmicas" que "apontam a acelerar o ritmo". Arraigamos nossas 100 propostas para sua análise oportuna, adequada a cada item do primeiro ponto (desenvolvimento agrário), e as reflexões que quase já permitem fechar os dois últimos aspectos (formalização do trabalho rural e soberania alimentar), acrescentaram. Os insurgentes expressaram seu desejo de abordar, em breve, o segundo ponto da agenda (participação política), para cujo desenvolvimento -agregaram- contam com elaborações que serão fortalecidas com as conclusões do fórum sobre o tema realizado em Bogotá. Além disso, manifestaram sua confiança em que a delegação governamental chegará com o mesmo ânimo e disposição. As FARC-EP reiteraram que a estrutura latifundiária é a principal característica da geografia rural na Colômbia e a causa fundamental da confrontação política, social e armada padecida pro este país da América do Sul. Queremos confiar em que desta vez surgirá um acordo que verdadeiramente aponte a realizar uma reforma rural estrutural, radical, cujos mecanismos de restituição, redistribuição e formalização, junto a projetos integrais de desenvolvimento, tenham sucesso, afirmaram. Asseguraram que continuarão insistindo no fortalecimento da pequena e média propriedade com garantias de subsistência, de permanência, e na defesa e fortalecimento das Zonas de Reserva Camponesa. A essência da transição para uma sociedade de justiça e paz -consideraram- está na "construção inadiável da justiça social em meio à desmilitarização da sociedade e do Estado". Neste sentido, agregaram a necessidade de reconhecimento por parte do governo de sua responsabilidade histórica na geração da violência, do ressarcimento das vítimas do conflito pelo Estado e de realização de uma Assembleia Nacional Constituinte. Além da questão agrária, a agenda das conversas de paz -que tem Cuba e Noruega como garantidores- inclui a participação política, a atenção às vítimas, o problema do narcotráfico e o fim do conflito armado. ocs/las/es

Modificado el ( miércoles, 15 de mayo de 2013 )