Havana,
25 abr (Prensa Latina) As Forças Armadas Revolucionárias de
Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) agradeceram hoje aqui a
congressistas dos Estados Unidos, por seu apoio ao processo de paz que
busca pôr fim ao confronto armado de mais de meio século.
Mais:
A carta refere-se a uma carta enviada pelos congressistas ao secretário
de Estado, John Kerry, na qual expressam seu respaldo ao processo de
paz e aos esforços de solução política do conflito, "que hoje reaviva e
mobiliza a esperança de milhões de colombianos", segundo o grupo
insurgente.
Lido pela guerrilheira Vitória Sandino à entrada do
havaneiro Palácio de Convenções, sede permanente das conversas iniciadas
em 19 de novembro, a mensagem assegura aos congressistas a determinação
das FARC-EP de buscar uma solução diplomática.
Assim,
mencionaram seu pedido de elevar o possível acordo de Havana ao cargo de
Acordo Especial, para o qual apelam ao regulamento do Direito
Internacional Humanitário, a fim de que seja incorporado ao bloco de
constitucionalidade e se legitime o estatuto da paz como um direito e
dever de todos os colombianos.
A guerrilha reconheceu a
preocupação dos congressistas com respeito às vítimas do conflito, com
ênfase nos mais de cinco milhões de deslocados pelo massacre de União
Patriótica (partido surgido em 1985 depois da desmobilização de várias
frentes guerrilheiras) e mais de três mil pessoas executadas
extrajudicialmente durante o governo de Álvaro Uribe (2002- 2010).
"Casos de sequestros, desaparecimento forçado, o uso de explosivos de
todo tipo, entre outros, são assuntos que devem ser abordados e
solucionados com sindéreses, observando o universo da confrontação no
marco de suas causas históricas", considerou.
A carta das FARC-
EP expressou o acordo quanto à necessidade da participação das
comunidades de afrodescendentes, indígenas, mulheres e outras que pedem
voz no processo.
Entre os congressistas que enviaram a carta, se encontram James MacGovern, Janice D. Schakowsky, Joseph R. Pitts e John Lewis.
Os diálogos entre a guerrilha e governo colombiano entraram hoje em seu
terceiro dia de um novo ciclo iniciado na terça-feira, depois de um mês
de trabalho por separado.
Até o momento, o assunto da terra
centrou as conversas, que têm a Cuba e Noruega como garantidores, e já
começam a preparar o seguinte, referido à participação política, com um
foro que se realizará de 28 a 30 de abril para recolher as propostas
cidadãs.
Os outros quatro temas incluídos na agenda são o fim do
conflito armado, a solução ao problema das drogas ilícitas, os direitos
das vítimas e os mecanismos de verificação e referendamento do pactuado
na mesa.
rmh/lmg/bj |
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