terça-feira, 2 de abril de 2013
A construção de fábricas no Brasil
UC-Nacional
Realizado em São Paulo, o IV Fórum da Indústria Automobilística
mostra que empresas automobilísticas no país redistribuem e
redimensionam suas plantas, e constroem novas fábricas.
A chinesa Chery anunciou que vai construir uma unidade de motores, que
vai equipar tanto os carros produzidos no complexo industrial que está
sendo erguido em Jacareí como a linha que monta o utilitário Tiggo no
Uruguai. O custo é de US$ 400 milhões e capacidade de produção será de
150 mil unidades por ano.
A Toyota constrói sua primeira unidade no Brasil, em Porto Feliz (SP),
orçada em R$ 1 bilhão, que terá capacidade para 200 mil motores ao ano.
Outro projeto é o da Fiat, que construirá uma unidade de propulsores em
Goiana (PE), ao lado da nova fábrica de automóveis no Estado.A companhia
italiana informou que "a montadora terá 14 empresas dentro do parque de
fornecedores da fábrica que está sendo construída no interior de
Pernambuco, onde serão produzidos 250 mil carros por ano". Atualmente, a
produção dessas peças é feita no complexo do grupo em Betim
(MG).Custará R$ 500 milhões.
A Ford constrói uma fábrica de 400 milhões, em Camaçari (BA), para 210
mil motores ao ano. A empresa já produz esse item em Taubaté (SP).
A General Motors inaugurou este ano uma fábrica em Joinville (SC), com
aporte de R$ 350 milhões e capacidade de 120 mil peças.É a segunda do
grupo.
A Mitsubishi terá sua primeira linha de motores em Catalão (GO),
enquanto PSA Peugeot Citroen, Renault e Volkswagen ampliam as unidades
no Rio, Paraná e São Paulo, respectivamente.
Segundo a PSA, "já tem seis novas empresas confirmadas para o segundo
parque de fornecedores que a montadora está desenvolvendo no entorno da
fábrica de Porto Real, no Rio de Janeiro. A lista inclui a Faurecia
(escapamentos) e a IPA (tanques de combustível), além da Plascar e da
Plastic Omnium, fabricantes de parachoques".
Ao olharmos vultuosas cifras, pode nos parecer, à primeira vista, que
estamos diante das "virtudes do desenvolvimento" do país. Porém, não é
nada mais que a "velha reestruturação produtiva" das empresas na busca
da "maximização de seus lucros". Assim, migram de regiões em busca da
mão de obra mais barata e trabalhadores politicamente menos organizados
enquanto categoria; diminuem o seu número de operários com vínculos
diretos e aumentam os terceirizados; desempregam outros tantos, pois as
novas unidades de produção significam os antigos locais de produção
fechados, sendo contratado menos trabalhadores para se produzir mais.
No final, depois de muitas subvenções e isenções que ainda
recebem, são alçadas ao patamar de "defensoras do interesse nacional e
desenvolvimentistas". Mas os "classistas" não se enganam.
Informações com Agências.
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