sábado, 9 de março de 2013

RPDC,Coréia do Norte: Motivos e perigos de uma Segunda Guerra da Coréia

Segunda Guerra da Coreia é inevitável, afirma governo norte-coreano

Declaração vem um dia depois de o Conselho de Segurança aprovar novas sanções contra a nação comunista







A Coreia do Norte considera inevitável uma Segunda Guerra da Coreia, de acordo com nota da agência estatal KCNA. O país adotou essa portura após a manutenção das atividades militares entre EUA e Coreia do Sul e a renovação das sanções que o Conselho de Segurança impôs à nação comunista nesta quinta-feira (07/03).

Um porta-voz do Ministério do Exterior emitiu declaração dizendo que os EUA estão se esforçando para provocar uma guerra nuclear ao reprimir a Coreia do Norte – para assim “controlar a península coreana inteira e assegurar um porto seguro enquanto avança na Eurásia“. Um comício foi organizado na Praça Kim Il-Sung com cidadãos, militares e oficias do governo, chegando a 100 mil pessoas, segundo a agência.

KCNA

Comício organizado na Praça Kim Il-Sung, em Pyongyang, para apoiar uma futura retaliação à Coreia do Sul e EUA


Além disso, o país confirmou que está encerrando todos os pactos de não agressão e de desarmamento nuclear que tem com o vizinho do sul e que vai fechar a fronteira entre os dois países, sublinhando que responderá com “retaliações esmagadoras".

A medida do governo comunista é uma resposta à resolução 2.094 do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), que estabelece sanções ao país.




A resolução atinge diplomatas norte-coreanos, transferências de dinheiro e acesso a bens de luxo. As sanções também incluem congelamento de ativos e proibição de viagens internacionais envolvendo três indivíduos e duas companhias ligadas às Forças Armadas norte-coreanas.

A ação punitiva da ONU se deu em resposta a um teste nuclear feito pelos norte-coreanos em 12 de fevereiro deste ano.

 A Coreia do Norte informou também que os exercícios militares conjuntos feitos pelos Estados Unidos representam uma preparação para um ataque nuclear preventivo contra o país.

As manobras militares conjuntas de Coreia do Sul e Estados Unidos, chamadas de “Foal Eagle”, foram iniciadas na região em 1º de março e irão até 30 de abril, com 10 mil tropas dos EUA e 200 mil da Coreia do Sul. A próxima ação militar, chamada de “Key Resolve”, envolverá 10 mil tropas sul-coreanas e 3.500 norte-americanas e treinará prontidão de defesa.

Apesar de Seul creditar as operações como anuais e defensivas, Pyongyang as denuncia como “uma ação irresponsável e perigosa” que desestabilizará ainda mais a situação. Em nota da KCNA, um trabalhador dos correios, Pak Um Gyong, diz que “os inimigos nunca conseguem esconder a verdade de um ato criminal imperdoável de trazer o perigo de uma guerra nuclear”.

O apoio da China às últimas decisões do Conselho de Segurança são vistas com ceticismo por alguns especialistas. Marcus Noland, do Instituto Peterson para Economia Internacional, disse a The Guardian que “se o governo chinês realmente escolhesse forçar a resolução 2094, poderia interromper, se não finalizar, as atividades de proliferação nuclear da Coreia do Norte. Infelizmente, porém, se comportamentos anteriores servem de guia, isso é improvável de acontecer“. O embaixador chinês na ONU, Li Baodong, disse a repórteres que Pequim desejava “completa implementação“ da resolução.
* Com informações de Agência Brasil, KCNA e The Guardian
___________________________________________________________________________________
Opinião de
         Pensar Neuno:
  As concepções da velha Liga das Nações com base nas ideologias  antipopulares, racistas e coloniais  sacrificaram muitos países e povos mais fracos nas décadas de 1920 e 30.
  Grã-Bretanha,Alemanha,França,Japão e outros países imperialistas comandavam o jogo sujo da
época. Etiópia e Tcheco-eslováquia são pequenas amostragens dos humilhados.
 
  Hoje a Coréia do Norte/ RPDC é vítima da mesma covardia com as sanções da atual Liga das Nações, a ONU, sob comando do capitalismo imperialista e a complacência remunerada nas fronteiras leste e sul da Coréia.
 
  O bombardeio midiático é incessante. E seus efeitos desorientadores chegam as próprias fileiras dos
que criticam e devem combater o imperialismo. O criticismo idealista e utópico nos põe à margem
do enfrentamento real e a adversária tradição reacionária agradece.
 
  As sanções combinadas com as manobras na fronteira com a Coréia do Sul tentam sufocar e quebrar a RPDC. O estado de tensão provocado pelos EUA consome recursos vitais para o conforto e a estabilidade do povo coreano. O governo tem que reagir a isto rapidamente e é o que está fazendo.
Anterior Proxima Inicio

0 comentários:

Postar um comentário