quinta-feira, 14 de março de 2013

Novo papa ajudou ditadura argentina, reitera jornalista

Novo papa ajudou ditadura argentina, reitera jornalista

Horacio Verbitsky confirma que Jorge Mario Bergoglio entregou sacerdotes ao regime militar







Agência Efe

Bonecos do novo papa já são comercializados na Itália


O jornalista Horacio Verbitsky, autor de diversos livros sobre a ditadura argentina e a Igreja Católica, confirmou, em entrevista a Opera Mundi, que o cardeal Jorge Mario Bergoglio, eleito novo papa nesta quarta-feira (14/03), colaborou com o regime militar de seu país.

“Ele ajudou a ditadura desarmando o trabalho social que os jesuítas faziam nos bairros pobres, apoiando [Emilio Eduardo] Massera [comandante da Marinha e integrante da Junta Militar] na luta interna com [Jorge Rafael] Videla [ditador do país entre 1976 e 1981] e entregando os sacerdotes mais comprometidos, que foram sequestrados e o acusam de deixa-los desprotegidos”, afirmou Verbitsky.

Wikimedia Commons - Horacio Verbitsky
Os sacerdotes citados pelo jornalista são Francisco Jalics e Orlando Yorio, que foram interrogados pela ditadura argentina.

Questionado sobre as ações sociais do novo papa, que adotou o nome de Francisco, Verbitsky diz que elas se restringem “em dar missas em estações de trem, denunciar a exploração dos trabalhadores precários, a prostituição e as drogas”. “Mas ao mesmo tempo apoiou as entidades patronais agropecuárias que se negaram a pagar impostos, com os quais a presidente Cristina Kirchner obtém fundos para aliviar os pobres que tanto o preocupa”, argumentou.

As divergências entre o papa e o governo argentino são antigas, desde a presidência de Néstor Kirchner, como mostram documentos vazados pelo Wikileaks.

      Fonte: Opera Mundi
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