terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Manifestações de apoio e solidariedade ao Assentamento Milton Santos

Manifestações de apoio e solidariedade ao Assentamento Milton Santos

ALÉM DO SEMINÁRIO QUE CONTARÁ AMANHÃ COM A PRESENÇA DE DOIS PROFESSORES IMPORTANTES QUE DISCUTEM A QUESTÃO AGRÁRIA, PLÍNIO DE ARRUDA SAMPAIO JR. E MARIA ORLANDA PINASSI, OUTROS INTELECTUAIS MANIFESTARAM NOS ÚLTIMOS DIAS SEU APOIO IRRESTRITO E SOLIDARIEDADE AO ASSENTAMENTO MILTON SANTOS E FIZERAM UM APELO PARA QUE A PRESIDÊNCIA ASSINE COM URGÊNCIA O DECRETO DE DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL.
SEGUEM AS DECLARAÇÕES DE APOIO:
Sabemos que desde o inicio do governo Lula a Reforma agrária foi sendo colocada no museu do governo do PT, sempre a prioridade foi dada para o fortalecimento do agronegócio. Aqui n sul e sudeste do Pará, onde os movimentos sociais e dos trabalhadores rurais, na década de 1990 conseguiu avançar na conquista da terra, mesmo enfrentando pistoleiros e a polícia do Estado, não tardou para que viesse a resposta: abandono das familias em seus projetos de assentamento, sem assistencia técnica e sem recursos para desenvolver suas unidades produtivas de forma sustentável. O governo da Dilma assumiu a tarefa iniciada por Lula, tendo recentemente aceito como ordenadora de ações do MDA e do INCRA, a presidente do CNA, Kátia Abreu. Portanto, não temos a quem recorrer a não ser às nossas próprias forças. Queremos declarar nossa solidariedade a todas familias do Assentamento Miltom Santos. Resistam!
Marabá, 10 de janeiro de 2013.
CEPASP-Centro de Educação, Pesquisa e Assessoria Sindical e Popular.
CAFAR – Coletivo Amazônida de formação e Ação Revolucionária
Movimento Debate e Ação.
NOTA DE SOLIDARIEDADE
Venho por meio desta mensagem manifestar minha solidariedade a todas as famílias que estão ameaçadas de despejo no acampamento Milton Santos na cidade de Americana-SP.
É lamentável que um governo eleito com um discurso popular não leve em consideração os movimentos sociais e a pequena propriedade rural. São dois dos mais importantes sustentáculos para uma sociedade mais justa.
EDMUNDO ANTONIO PEGGION - UNESP – Araraquara
Prezados,
Não poderia deixar de externar a minha solidariedade aos companheiros, companheiras e famílias do ASSENTAMENTO MILTON SANTOS, os quais homenageiam esse permanente lutador pelas causas sociais mais básicas como são o acesso a terra e a moradia. A organização é a melhor forma de luta pra resistir e lutar contra o Estado do capital. Lamento não estar junto a todos no dia 12.
Saudações,
Marcos Del Roio - Prof. Da UNESP-FFC
Venho por esta mensagem manifestar minha solidariedade com as famílias do assentamento da reforma agrária Milton Santos, da região de Americana, estado de São Paulo.
Todos os seus membros são verdadeiros herois da nação brasileira, que acreditaram na reforma agrária contra todos os preságios, e durante 7 anos vêm produzindo alimentos para a merenda escolar da rede pública de ensino, para instituições que atendem a população trabalhadora das cidades e que vendem sem intermediários para o povo pobre da região. O assentamento é exemplar pelo seu respeito à terra onde as famílias fincam seus pés, não cedendo às pressões para que usem agroquímicos e nem métodos agrícolas que prejudicam o solo, a água e o ar.
As famílias do Milton Santos estão sendo ameaçadas de despejo pelo poder judiciário, em favor de empresas com interesses na produção de combustível para carros e em empreendimentos imobiliários de luxo. O poder judiciário pretende com isto passar por cima de decisões tomadas pelo poder executivo e pela Constituição Nacional. Mas, ao mesmo tempo, está saindo em defesa de particulares que pretendem se apropriar de patrimonio público.
Este governo, porém, tem dito com todas as letras que a reforma agrária não está na sua pauta de política agrária. A tentativa de despejar as famílias do assentamento Milton Santos é, por tanto, um gesto de afronta contra o conjunto dos assentamentos da reforma agrária conquistados a força de luta, sacrifício e sangue. Assentamentos que estão sendo constrangidos pelas políticas do executivo a abandonar a produção de alimentos para os trabalhadores do campo e da cidade, e se tornar produtores de insumos para as grandes cadeias produtivas do capital.
Defender o assentamento Milton Santos é, pois,
defender a terra, a água, o ar,
defender o trabalho das famílias,
defender a produção de alimentos sadios para todos os brasileiros,
defender um futuro de vida para a nação.
Silvia Beatriz Adoue – PROFA. UNESP – ARARAQUARA

Companheiras e companheiros,
As sessenta e oito famílias do Assentamento Milton Santos estão hoje na primeira fila da luta de toda a classe trabalhadora no Brasil.
Já não é só o direito à terra que aqui se defende. Nem é só o direito a continuar uma produção que está em plena actividade, num assentamento que foi escolhido para se transformar numa Unidade de Referência da Embrapa. Além disto, defende-se aqui também o direito do trabalho colectivo contra a injustiça da propriedade capitalista. Defende-se o direito daqueles que trabalham contra aqueles que se apropriam dos frutos do trabalho alheio. Por isso, esta é uma luta que diz respeito a todos os trabalhadores, dos campos e das cidades.
As famílias do Assentamento Milton Santos não estão sozinhas. Elas contam com a simpatia e o interesse de todos os que defendem os direitos do trabalho. Mas é necessário que essa simpatia e esse interesse se convertam num apoio activo e numa mobilização capaz de barrar as manobras dos tribunais e as investidas da polícia.
Esse apoio activo é urgente. Juntos venceremos.
João Bernardo
Empenho toda minha solidariedade aos companheiros e companheiras do Assentamento Milton Santos que se encontram ameaçados por mais uma arbitrariedade jurídica contra a reforma agrária.
A conivência do governo com o agronegócio e sua opçāo pela manutençāo de uma política agrária voltada aos interesses do desenvolvimento do capitalismo no campo é incompatível com uma reforma agrária verdadeiramente popular.
“A terra é de quem trabalha, na lei ou na marra nós vamos mudar”.
Mauro Iasi (professor da UFRJ e militante do PCB)
Queridos amigos,
Quero declarar todo o meu apoio e solidariedade aos moradores do assentamento Milton Santos e repudiar essa forma brutal e assassina de desaojamento perpetrado por uma espécie de judicalização perversa e brutal, clássica na história do nosso país. Não poderei visitar agora o assentamento, pois estou em Cuba até o dia 17/1, mas que me prontifico a fazê-lo no meu retorno.
Enorme e querido abraço a todos, bom ano novo no meio dessas lutas insanas que a população tem de travar cotidianamente,, lutas necessárias quanto mais nãoi seja pelo respeito à dignidfade humana e às condições necessárias para sua existência!
Virgínia Fontes – PROFA. UFRJ
Prezados companheiros e companheiras do Assentamento Milton Santos
Impossibilitado, por motivo de viagem, de me solidarizar diretamente com esse importante movimento, me integro à luta daqueles que não aceitam que só os ricos têm acesso à justiça.
Ou não será justo lutar por moradia?
Lutar por uma vida digna, pelo direito ao trabalho, à alimentação, à vida familiar, à produção comunitária, ao exercício de um modo de vida pautado por práticas coletivas?
Será que a justiça só é célere para os interesses do capital, para a propriedade privada e suas mazelas?
Não será justo lutar por uma vida minimamente dotada de sentido e de dignidade humana?
Não poderemos aceitar a truculência policial, fascista, respaldadas em uma justiça que parece só preservar o mundo intocável da propriedade privada.
Não podemos aceitar mais um massacre, como o que ocorreu no Pinheirinho, comandado pela polícia do governo do estado.
E o governo federal, não dizia que faria diferente da ação do PSDB?
O que fez?
Vai esperar ocorrer um novo massacre, agora no Assentamento Milton Santos?
Será conivente com uma nova tragédia?
Era isso que gostaria de lhes dizer e o faço por meio desta pequena nota.
TODA SOLIDARIEDADE AOS COMPANHEIROS E COMPANHEIRAS DO ASSENTAMENTO MILTON SANTOS.
RICARDO ANTUNES – PROF. UNICAMP
Olá camaradas do Assentamento Milton Santos
Somos solidários a luta de vocês, e desejamos muita força na luta.
Para as classes dominantes, o Assentamento Milton Santos pode ser tornar uma ilha (paraíso) rodedada de cana (corporações) por todos os lados, e isso é muito perigoso, principalmente se a ilha resolver crescer e ocupar as terras da cana.
Revolução Agrária na lei ou na marra!
Abraços solidários,
Henrique T. Novaes
Lalo Watanabe Minto
Neusa Dal Ri
Candido Vieitez
Frisa-Eisenstein-r2-copy
NOTA PÚBLICA
Os editores do blog marxismo21 manifestam seu irrestrito apoio e solidariedade às trabalhadoras e trabalhadores do Assentamento Milton Santos que – na legítima luta por uma reforma agrária que transforme em profundidade a estrutura da propriedade da terra e as relações de trabalho no campo brasileiro – resistem às sistemáticas iniciativas dos aparelhos judiciais e repressivos do Estado visando retirá-los do terreno em que se encontram”.
11 de janeiro de 2013
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