terça-feira, 25 de dezembro de 2012

História, Parte II - Os ensinamentos dos processos de Moscovo em 1936







II PARTE — OS ENSINAMENTOS DO PROCESSO

DE MOSCOVO— 1936



163





Proletários, é a vossa causa que está em
 
jogo



165



Colocar sob a sua protecção terroristas miseráveis,

é ajudar o fascismo


(G. Dimitrov)



168
Porque é que a II Internacional defende Trotsky


(N. Krupskaia) 174



OS ENSINAMENTOS DO PROCESSO
DE MOSCOVO-1936



G. Dimitrov

N. Krupskaia
PROLETÁRIOS, É A VOSSA CAUSA
QUE ESTA EM JOGO!






(Prefácio do Bureau d'Édittons à obra intitulada «te

complot contre ta Révolution russe. Les enseignements

du Procès de Moscou contre le centre terroriste

trotskiste-zinoviévisten, Paris, 1937.)





A organização de atentados criminosos na União Soviética
faz


parte da ofensiva fascista mundial que visa a



escravatura dos povos "





So os mesmos criminosos que enviam os assassinos

para a Espanha e para a União Soviética. Os bandos

trotskistas-zinovievistas mostram-se os aliados mais

íntimos da canalha criminosa fascista de Hitler e de

Mussolini. Tanto no processo dos terroristas de Moscovo

como no processo dos terroristas de Novosibirsk

provou-se, perante o mundo inteiro, que os bandos terroristas

trotskistas-zinovievistas trabalhavam de comum

acordo com os agentes da Gestapo. Eles revelaram-se

como agentes desta. Na Espanha, os trotskistas tentam

desagregar e esmagar a Frente Popular antifascista,

a fim de ajudar os generais fascistas Franco e Mola a

conseguir a vitória. É assim que o trotskismo mostra

ser o aliado, o auxiliar e o pioneiro da pior reacção

e da pior contra-revolução, o cúmplice dos mais mortais

inimigos da classe operária, do fascismo assassino.

A descoberta do «complot» -trotsquista-zinovievista

contra a vida de Staline e dos seus colaboradores mais

íntimos suscitou uma indignação indescritível em toda

 


a


população da U. R. S. S., assim como entre as massas




laboriosas e oprimidas do mundo inteiro. Todos os

operários e antifascistas compreenderam que, por meio

destes atentados celerados, se queria atingir o coração,

165

o que há de melhor, a posição mais forte da paz mundial,

a democracia, o que há de mais caro e de mais

sagrado ao proletariado revolucionário mundial e a toda

a parte avançada e progressiva da humanidade. A estes

atentados cobardes e pérfidos dos bandos terroristas

trotsquistas, ao assassínio premeditado maquinado pelos

instrumentos do fascismo, só podia ser dada uma

resposta, a que foi dada pelo tribunal supremo da

U. R. S. S., no cumprimento do seu dever revolucionário:

a destruição deste bando de conspiradores pérfidos

que tinham mostrado ser



os inimigos mortais do proletariado




revolucionário mundial.




Tanto o processo dos terroristas de Moscovo, como o

dos terroristas de Novosibirsk demonstraram a tnda a

opinião mundial a união absolutamente estreita no homicídio

entre o fascismo alemão e os bandos terroristas

trotskistas-zinovievistas. Se, no processo dos terroristas

de Moscovo, se descobriu que os atentados dos

bandidos ferozes visavam os chefes do primeiro poder

operário, em Novosibirsk, provou-se que os assassinatos

em massa visavam os operários de empresas e de

minas inteiras da União Soviética. Portanto, não se

podia duvidar mais que o fascismo criminoso sedento

de sangue se preparava para esmagar o primeiro poder

operário e os seus chefes gloriosos, e realizar a campanha

de destruição que desde há anos pregava. Para

o conseguir, recorreu aos únicos meios que lhe restavam

ainda nas condições actuais das relações de força

na U. R. S. S.: os cobardes assassinatos tramados em

segredo.

Foi nesta via terrorista que o fascismo hitleriano

encontrou os bandidos do bloco Trotsky-Zinoviev e fez

causa comum com estas gentes, rebaixadas ao papel

de terroristas assassinos. Tais são os factos averiguados,

estabelecidos nos documentos judiciais.

Mas, apesar desta aliança desavergonhada dos bandos

terroristas degenerados de Trotsky e de Zinoviev



166



com o fascismo hrtleriano, ainda apareceram advogados

e defensores cínicos destes cobardes assassinos e terroristas

trabalhando contra o primeiro Estado operário.

Os chefes mais eminentes da II Internacional e da Internacional

Sindicalde Amesterdão, Fritz Adler, De

Brouckère, Citrine, Otto Bauer e outros ainda, queriam

conter o gesto de defesa do poder soviético e. procuravam

Impedir a supressão do bando terrorista contra-

-revolucionário. Em lugar de vir em ajuda do poder dos

Sovietes na sua luta de defesa revolucionária contra o

mortal inimigo de todo o proletariado mundial —coisa

•• . absolutamente natural para todos os operários e antifascistas

que amam a liberdade — os porta-vozes da

II Internacional tomam partido por esse pior inimigo do

proletariado mundial e contra a vanguarda revolucionária

combatente do proletariado, e contra todos os antifascistas.

É o segundo fàcto absolutamente evidente que

nós devemos constatar.

A luta contra o principal inimigo do proletariado, do

socialismo e da democracia, a luta contra o fascismo,

obriga, hoje também, cada operário e cada antifascista,

a tomar posição nestas questões. Enquanto se encontrarem

ainda nas suas próprias fileiras traidores à causa

da classe operária, aliados do fascismo, agentes do inimigo

de classe, o proletariado não poderá ganhar a

luta penosa, plena de sacrifícios, a longa luta que ele

tem de conduzir contra o fascismo e a contra-revolução.

A tarefa primordial, a mais importante, a mais inelutável

do proletariado mundial e de todos os antifascistas

é consolidar, estender e tornar invencível, à força

de firmeza

 
e de coesão interna, a Frente Única do




Proletariado e a Frente Popular Antifascista, ganhar e

mobilizar para a luta comum contra o fascismo todas

as camadas ainda hesitantes do povo trabalhador. E isso

não' se fará defendendo os inimigos mortais da vanguarda

revolucionária como fazem os líderes da II Internacional,

mas só depurando completamente as fileiras



167



do proletariado de todos os inimigos declarados e dissimulados,

de todos os aliados do fascismo conhecidos

ou a descobrir.

A palavra de ordem para a classe operária internacional

não é defender o trotskismo contra-revolucionário,

fazer causa comum com ele. É pelo contrário

depurar as fileiras da classe operária dos aliados do

fascismo. É isso que constitui hoje a necessidade da

hora presente.



COLOCAR SOB A SUA PROTECÇÃO TERRORISTAS

MISERÁVEIS, É AJUDAR O FASCISMO

Não é possível ler, sem experimentar um sentimento

de profunda indignaçãp, o telegrama que os

representantes oficieis da Internacional Socialista e da

Federação Sindical Internacional, Oe Brouckère, Adler,

Citrine e Schevenels dirigiram, a toda a pressa, ao

governo soviético, a propósito do Centro terrorista

trotskista-zinovievista.

Estes lideres agiram com o mesmo empenho quando

a Internacional Comunista se dirigiu à Internacional

Socialista com vista a uma ajuda comum aos mineiros

asturianos que lutavam de armas na mão em Outubro

de 1934? Apressaram-se eles a responder aos apelos

reiterados dos representantes da Internacional Comunista

convidando-os a agir em comum pela defesa do

povo etíope, atacado pelo fascismo italiano? De modo

nenhum. Recordamo-nos que, então, eles declararam

que se consideravam impotentes para travar conversações

sobre esta questão e que era necessário aguardar

a convocação do Executivo da Internacional Socialista.

Todavia, tratava-se, nessa altura, de uma causa justa e

honesta: a defesa dos interesses vitais do proletariado,

não só espanhol, como do proletariado internacional, da



168
 


luta contra uma guerra de rapina das mais iníquas,

das mais infames.

Mas, hoje, vsrifica-se que eles são plenamente competentes

para assumir pela sua própria cabeça, sem

consultar as suas organizações? a defesa de acusados

terroristas que levantaram a sua mão criminosa contra

os dirigentes do poder soviético.

Foi sempre assim. Quando o tribunal proletário da

U. R. S. S. abateu o seu gládio para castigar os sabotadores

que misturavam vidro moldo aos alimentos dos

trabalhadores, envenenavam o gado dos kolkhozes, avariavam

as. máquinas, para castigar os sabotadores-espiões

e os agentes do fascismo que destruíam as vias

férreas, preparavam explosões, vemos invariavelmente

os líderes reaccionários —Citrine, Adler, etc. — interceder

em defesa desta súcia de contra-revolucionários.

Muitas vezes, no passado, quando os organismos da

ditadura do proletariado apanharam em flagrante delito

os agentes do fascismo estrangeiro que preparavam

atentados contra os chefes do país do socialismo, a

simpatia dos líderes reaccionários não foi para o lado

dos operários e dos kolkhozianos da União Soviética,

mas para o lado dos seus cruéis inimigos.

Nenhum líder da Internacional Socialista dirigiu telegramas

de condolências nem ao P. C. da U. R. S. S.,

nem ao governo soviético quando Kirov, o melhor filho

do povo, o combatente tão devotado à causa da libertação

da classe operária internacional foi traiçoeiramente

morto. Pelo contrário. Também desta vez, eles

se apressaram a tomar a defesa daqueles sobre quem

se abatia a cólera do povo. E ó tanto mais revoltante

ver que, precisamente hoje, quando em torno do povo

espanhol que luta heroicamente se forma de facto uma

Frente Única internacional de luta contra os generais

rebeldes, contra 'o fascismo alemão e italiano, para a

defesa da República e da democracia, Citrine e os seus

consortes entregam-se a uma manifestação hostil contra



169
 


o país do socialismo, o bastião mais firme e indestrutível

da liberdade dos povos.

Que podem dizer estes advogados de Trotsky, Zinoviez,

Kamenev, perante factos inegáveis? Não está provado

que Trotsky, entronizado no seu'tempo pelos líderes

socialistas reaccionários, é o organizador do terror

individual na União Soviética? Está provado. Não está

provado que os seus aliados, Kamenev, Zinoviev, etc.

prepararam, durante anos, atentados terroristas contra

o maior chefe e o-organizador das vitórias do socialismo,Staline,


contra os seus melhores companheiros




de luta, os dirigentes do Partido e do poder soviético?

Está provado. Não está provado que este bando terrorista

assassinou Kirov? Está provado. Não está provado

que estes vis terroristas agiam em aliança com a
 


Gestapo,

 
quer dizer, com a policia secreta do fascismo




alemão, o mais cruel inimigo da classe operária, torcionário

feroz dos trabalhadores comunistas, socialistas

e sem partido? Está provado. Não está provado que

os terroristas contra-revolucionários, na sua ilegalidade

pestilenta, cultivavam os hábitos dos polícias fascistas

que incendiaram o Reichstag, e, mais tarde, exterminaram

os participantes neste ignóbil processo? Está

provado. Tudo isso foi provado no tribunal soviético,

em sessão pública, na presença de representantes da

imprensa internacional, foi confirmado pelas categóricas

declarações dos próprios culpados. Encostados à

parede pelos factos e pelas provas, eles reconheceram

plenamente a justeza das acusações levantadas contra

eles e não negaram a sua ligação com o fascismo, tanto

no domínio político como no da organização.

Não é um facto que os acusados, na sua última declaração,

proclamaram um após outro a infâmia dos

seus crimes contra a classe operária?

Mas Citrine, Adler, etc., tomaram a sua defesa I

Ridículas e lamentáveis são as pretensões destes

líderes que pediam que fossem dadas aos acusados as
 


170
 


garantias a que eles têm direito. Foram dadas aos

acusados todas as possibilidades de se defenderem.

Concedeu-se-lhes o direito de escolher os seus defensores,

de citar testemunhas, de erigir a verificação das

provas, etc. Mas eles renunciaram aos defensores, a

citar testemunhas, renunciaram a fazer eles próprios a

contestação, porque a cadeia dos crimes era demasiado

manifesta e estava irrefutavelmente provada. Os seus

crimes foram provados perante o mundo inteiro no processo

público, mediante documentos, factos, provas

irrefragáveis. Os conspiradores criminosos foram apanhados

em flagrante delito, de armas na mão, com passaportes

recebidos dos agentes da Segurança hitleriana,

com explosivos.

Os documentos apresentados no tribunal provaram

que Trotsky dirigia pessoalmente a actividade dos terroristas

que ele enviara à U. R. S. S. para assassinar

Staline e organizar actos terroristas contra os dirigentes

do Estado' Socialista. Neste processo público, a culpabilidade

dos terroristas trotskistas e zinovievistas foi

provada através de provas mais que suficientes.

Foi demonstrado com toda a evidência que Trotsky,

Zinoviev, Kamenev e todo o seu bando se encontravam

do outro lado da barricada; que se encontravam no

mesmo campo dos que lutam contra o povo espanhol,

que enviam aeroplanos, espingardas, obuses aos generais

rebeldes e efectuam uma intervenção contra-revolucionária

em Espanha.

Citrine e os seus consortes tentam justificar a sua

defesa dos terroristas — dos inimigos do poder soviét

i c o — invocando a necessidade de manter solidariedade

com a classe operária que luta em Espanha. Eles

«tentam criar a impressão que o processo dos terroristas

contra-revolucionários ameaça esta solidariedade proletária

com o povo espanhol. É uma mentira descarada.



171



O processo contra os terroristas, agentes do fascismo,faz


parte integrante da luta antifascista da classe



operária internacional. A solidariedade real com o povo
 
espanhol é incompatível com a defesa dos agentes do
 
fascismo nos outros países. Não seria possível apoiar
 
honestamente o povo espanhol na luta contra o fascismo

e, ao mesmo tempo, fazer-se o defensor de um

bando terrorista na U. R.S. S , de um bando que ajuda

o fascismo. Os que, directa ou indirectamente, apoiam

os terroristas contra-revolucionários na U. R.S.S., servem,

no fundo, igualmente o fascismo espanhol, contrariam

a luta do povo espanhol e facilitam a sua derrota.

A intervenção dos líderes da Internacional Socialista

e da Federação Sindical internacional conduz a sapar


a solidariedade do proletariado internacional com




o proletariado da U. R. S. S. Ela dá um golpe no movimento

de unidade da classe operária mundial. Visa a

fazer fracassar a Frente Única dos trabalhadores contra

o fascismo em Espanha, na França e nos outros países.

A intervenção de Citrine e dos seus consortes é um

golpe directo desferido contra a luta heróica do ppvo

espanhol, porque se o povo espanhol seguisse os conselhos

ascorosos que os líderes reaccionários se permitem

dar aos povos da U. R. S. S., a República espanhola seria votada à derrota.

Se o povo espanhol tem de suportar tais sacrifícios,

é precisamente porque os generais contra-revolucionários

gozaram demasiado tempo de impunidade e porque não


foram tomadas a tempo as medidas necessárias




contra os fascistas que organizavam secretamente a

conspiração contra o povo.

É fora de


dúvida que Hitler e Mussolini, os generais




Franco e Mola, os fascistas de França e dos outros

países, todos os inimigos jurados da unidade da classe

operária e da Frente Popular, todos os inimigos da democracia,

do socialismo e da União Soviética saudarão
 


172
 


este acto vergonhoso, porque a intervenção de Citrine-

-Adier visa aprofundar a cisão nas fileiras do movimento

operário mundial. Ela faz o jogo da reacção internacional.
Seria errado tornar responsáveis por esta intervenção

todos os partidos e organizações filiadas na internacional

Socialista e na Federação Sindical Internacional. É


certo que eles não mandataram Citrine e Schevenels,




De Brouckère e Adler para assumirem a defesa de

Trotsky, Zinoviev, Kamenev que organizavam actos terroristas

contra os dirigentes do grande país dos Sovietes.

Eles não os tinham mandatado para defender acusados,

aliados ao fascismo alemão e agentes da Gestapo.





Não tinham Encarregado estes líderes de utilizarem o

processo do bando terrorista para desencadearem uma

nova campanha de calúnias contra a União Soviética

e fazerem fracassar a Frente Única


contra o fascismo.




Hoje, em conexão com a intervenção vergonhosa de

Citrine a dos seus consorte, os milhões de partidários

da unidade nas fileiras da Internacional Socialista e da

Federação Sindical Internacional são forçados a ripostar

ainda melhor aos sabotadores da Frente Única.
 

É bem tempo de pôr fim a estas intervenções feitas




pretensamente em nome das organizações operárias e

que impedem a luta comum contra o inimigo comum.

O exemplo dos condenados degenerados permite a

cada um ver como os renegados, pessoas de dupla '

face, fazendo malabarismos com frases radicais, no

género de Trotsky, desempenham o papel de sabotadores

nas fileiras do movimento operário e executam

o trabalho celerado do fascismo. Hoje, mesmo as pessoas




mais míopes são capazes de perceber porque é que


 


Trotsky tem necessidade de criar uma IV Internacional e


a quem é que serve esta súcia ascorosa des individualistas




pequeno-burgueses, irritados, de arrivistas enfatuados,

de agentes da Gestapo e de outras polícias.

Saber dai a cada passo provas de uma vigilância
 


173
 


da classe perspicaz, aprender a distinguir os amigos

verdadeiros dos inimigos mascarados, desmascarar os

indivíduos de face dupla, agentes do inimigo de classe,

expulsá-los a tempo e impiedosamente das fileiras das

organizações proletárias, tal ó um dos ensinamentos

mais importantes que o movimento operário de todos

os países deve tirar deste processo.

Nós não duvidamos que todas as organizações da

classe operária darão uma merecida resposta às surtidas

anti-soviéticas de Citrine e dos seus consortes,

reforçarão e desenvolverão o movimento em favor da

Frente Única, reunirão milhões de trabalhadores em

torno da justa luta do povo espanhol contra os generais

rebeldes sustentados pelo fascismo alemão e italiano,

e agruparão a classe operária contra o fascismo

e os seus miseráveis auxiliares, os conspiradores'' trotskistas.

G. DIMITROV

PORQUE É QUE A II INTERNACIONAL

DEFENDE TROTSKY



O socialismo não se erege por ordens vindas do alto.

O automatismo burocrático 6 incompatível com a sua

essência: o socialismo vivo e criador é obra das próprias

massas populares',



dizia Lenine nos primeiros dias



da nossa Revolução Socialista de Outubro.

Em 6 de Maio de 1919, no seu discurso ao 1.® Congresso

Russo da Instrução Pós-Escolar, Lenine declarava:



Se nós nos chamamos Partido dos Comunistas, temos

de compreender que só agora, que chegámos i

vitória sobre os obstáculos de ordem externa e que



< Vladimir


I. Lenine. Obra* completas, 1. XXII, p. 45. ed. r.



174
 


destruímos as velhas instituições, é que se põe pela

primeira vez, se põe realmente e em toda a sua extensão

a primeira tarefa da verdadeira revolução proletária,

a saber a organização de dezenas e de centenas

de milhões de homens

2. »



Após a morte de Lenine, as massas congregaram-se



ainda mais estreitamente em torno do Partido, «lenine



morreu, mas a sua obra vive».
 
Passaram-se anos e nós tivemos possibilidades de

ver como, de dia para dia, crescia e se reforçava

a organização de dezenas de milhões de trabalhadores,

chamados em massas cada vez mais amplas à administração

do país, à edificação do socialismo. O carácter

social do nosso país soviético modificou-se inteiramente;

milhares e dezenas de milhares de organizadores

saíram do seio das massas populares. E como

provas eloquentes temos o movimento stakhanovista, as

conferências do Inverno passado entre os dirigentes do

Partido e do governo e os organizadores do trabalho

nos diferentes ramos da produção, kolkhozianos, operários,

condutores de ceifeiras-debulhadoras, camponeses

que colhem mais de 500 quintais de beterrabas

por hectare, etc. Toda a gente pôde ver como, na base

da organização económica, a amizade entre os povos

do país dos Sovietes se reforçou e como o nível cultural

das massas se elevou. E as inumeráveis massas de

trabalhadores vêem como Staline se vota inteiramente

e sem reservas à sua causa, à causa de Lenine, à causa

da edificação socialista, como ele as conduz para uma

vida melhor. Eles vêem-no e têm confiança nele, rodeiam-no


 



 de uma confiança e de amor absolutos.porque é que os



trotskistas e os zinovievistas não se preocupavam




com as massas, não se interessavam por elas; eles



2 (Vladimir I. Lenine,


ob. completes, t. XXIV, pp. 277-278,
 

e. r)






175
pensavam unicamente em se apoderar do poder, mesmo


pelo preço de uma aliança com a Gestapo, com os piores


 

inimigos da ditadura do proletariado, com os que

procuram restabelecer no país dos Sovietes a ordem

burguesa, a exploração capitalista das massas trabalhadoras.

No fim de 1920, travou-se uma discussão acerca do

papel dos sindicatos. E Lenine escrevia sobre a posição
de Trotsky:



Ele

 
(Trotsky) caiu numa série de erros ligados à




própria essência da questão da ditadura do proletariado.

Mas, abstraindo disso, porque é que não temos essa

coordenação do trabalho que nos é tão necessária?

Devido a um desacordo sobre os métodos a adoptar

para abordar as massas, para exercer uma influência

preponderente sobre as massas, para se ligar com as

massas. O essencial está nisso

3.



E não foi por acaso qup Trotsky, que nunca compreendeu

o que faz a própria essência da ditadura do

proletariado, que nunca compreendeu o papel que desempenham

as massas na construção socialista e que

pensava que o socialismo poderia ser erigido por ordens

vindas do alto, se comprometeu na via da organização

de atentados terroristas contra Staline, Vorochilov o

outro membros do Bureau Político que ajudam as massas

a edificar o socialismo. Não foi por acaso que o

bloco sem princípios que Zinovlev e Kamenev tinham

formado com Trotsky, os levou, gradualmente, para o

abismo profundo da pior das traições à causa de Lenine,

à causa das massas trabalhadoras, à causa do socialismo.

Trotsky, Zinoviev, Kamenev


e todo o seu bando



de assassinos agiu em colaboração com o fascismo



3



     Vladimir I. Lenine, Obras completas, t. XXVI, p. 66, ed. r.




     Ver, neste volume, o capítulo «Trotskl e 09 Sindicatos».



I76
 


alemão, concluiu uma aliança com a


Gestapo. Eis a




razão porque o pais foi tão unânime a reclamar que 

estes cães raivosos fossem fuzilados.

Quando leram nos jornais as declarações dos acusasados

no processo, os operários disseram: «Eles queriam

restaurar a ditadura burguesa; quanto a nós, as

massas, tinham-nos esquecido; tê-los-íamos nós deixado

chegar alguma vez ao poder?» Efectivamente, eles esqueceram

que «socialismo vivo e criador ó obra das

próprias massas populares» e colocaram-se nas primeiras

fileiras da burguesia contra-revolucionária.

Eles queriam lançar a desorganização no seio das

massas,, queriam matar o cérebro e o coração da revolução,

Staline. Não o conseguiram. Este bando miserável,

infame, foi fuzilado.

E as massas congregam-se ainda mais estreitamente

em redor do C. C., o seu amor por Staline é ainda

maior. Elementos sem-partido escrevem-nos dizendo

que* se deveria publicar nos jornais de grande tiragem,

a titulo de suplemento, as obras completas de Lenine

e de Staline. O grau de consciência, a sede de aprender

aumentam. «Ahl como é magnífica a escola de

adultos construída em Puchkino; não nos cansamos de

admirá-la I», dizia-me outro dia um velho camarada,

dirigente de uma empresa, que, há quarenta anos, frequentara

os meus cursos de Domingo. Ele também

tinha conhecido a prisão. A partir de 1918, organizou

na sua aldeia natal um kolkhoze de cultura de hortas ,

e recebeu um prémio de «um milhão de rublos» pelo

seu trabalho como director de um sovkhoze.

A edificação socialista desenvolve-se, e com ela crescem

as necessidades culturais das massas. Nós devemos

satisfazer estas necessidades, reformar as escolas

de adultos, alargar a rede destas escolas, a de bibliotecas,

criar casas de cultura, clubes nos kolkhozes, museus.

Na etap'a actual, devemos sobretudo voltar a

nossa atenção para a qualidade do ensino, para a qualidade
177


do trabalho das bibliotecas, das salas de leitura,

dos clubes e das casas de cultura.

Nós dispomos já de uma rica experiência neste domínio.

Depois da Revolução Socialista de Outubro, a

iniciativa dos operários manifestou-se grandemente no

domínio cultural. E as tentativas que não resultaram

porque nem sempre soubemos tomar em atenção as

dificuldades e porque tomávamos os nosso «desejos por

realidades», mesmo essas tentativas não foram perdidas,

elas deram os seus frutos. Ensinaram-nos a encarar

melhor o presente, a detestar ainda mais os vestígios

do passado, tornaram-nos ainda mais conscientes

da necessidade de alargar e de aprofundar os nossos

conhecimentos e de os saber aplicar à própria vida.

Nós vemos que a edificação socialista continha progredindo

sem cessar e que o trabalho prossegue mais

intenso, em estreita colaboração.

Não é por um efeito do acaso que a II Internacional

vocifera, obstina-se, entroniza o bando de assassinos

trotskistas-zinovievistas, procura esmagar a Frente Popular.

Os De Brouckère, os Citrines apoiam todas as

vilanias dos Inimigos da classe operária da U. R. S. S.,

do nosso Partido e dos seus chefes. Eles ocupam o primeiro

lugar entre a matilha dos inimigos do país dos

Sovietes que a burguesia congregou.

A .111 Internacional nasceu na luta contra a II Internacional.

Com a ajuda do renegado Kautsky e dos seus

cúmplices, a II Internacional conduziu uma luta encarniçada

contra a ditadura do proletariado e o poder

soviético. A II Internacional quer defender e justificar

a ordem capitalista e enganar as massas trabalhadoras.

É por isso que agora ela defende Trotsky, o agente da
 


Gestapo.















 
Ela não o conseguiu. O nosso país soviético







tornou-se um país poderoso que ergue cada ve mais

alto o estandaste do comunismo, que avança com um

passo firme no caminho traçado por Marx, Engels,

Lenine.



178



Não será possível calar isto, nem os trotskistas,

nem os zinovievistas, nem as pessoas da II Internacional

conseguirão enganar os trabalhadores.

A atmosfera tensa que reina na frente internacional,

o perigo da guerra que se avizinha, tornam os trabalhadores

ainda mais clarividentes. A Frente Popular dos

Trabalhadores crescerá e prosperará no mundo inteiro.

N. KRUPSKAIA



179
 






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