Stálin e a Revolução Chinesa
Chen Po-Ta
(Vice-Presidente do
Departamento de Informações do Comitê Central do Partido Comunista Chinês)
Primeira Edição:
......
Fonte:
Problemas - Revista Mensal de Cultura Política nº
23 - Dez de 1949.
Transcrição e HTML:
Fernando A. S. Araújo
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I - A Ajuda Teórica e Prática de Stálin
Por
ocasião das solenidades realizadas em Ienan em comemoração do 60.°aniversário
de Stálin, o camarada Mao Tsé-Tung declarou:"Stálin é o líder da revolução
mundial. Trata-se de uma questão de suma importância. É um grande acontecimento
o fato de a humanida de possuir Stálin. Uma vez que o temos, as cousas podem
marchar bem.Como vocês todos sabem, Marx já morreu e também Engels e Lênin.Se
Stálin não existisse, quem haveria para nos orientar? Mas desde que o temos —
trata-se efetivamente de um acontecimento feliz.Atualmente existe no mundo uma
União Soviética, um Partido Comunista e um Stálin. Sendo assim, as questões
mundiais podem marchar bem".O camarada Mao Tsé-Tung fez ver aos camaradas
do nosso Partido Comunista Chinês:"É nosso dever aplaudi-lo, apoiá-lo e
aprender com ele. Devemos aprender com ele em dois sentidos: a sua teoria e a
sua obra".O camarada Mao Tsé-Tung explicou os méritos de Stálin no
desenvolvimento domarxismo-leninismo. Esclareceu que a direção de Stálin na
ultimação da construção socialista na União Soviética constituía "matéria
de monumental significação". Tornou claro que Stálin tem auxiliado a causa
do povo chinês tanto com a teoria quanto com a ajuda material. Declarou o
camarada Mao Tsé-Tung:
"No passado, o marxismo-leninismo deu uma direção
teórica à revolução mundial. Agora, alguma cousa mais foi acrescentada, isto
é,uma ajuda material pode ser dada à revolução mundial. Este é um grande
mérito de Stálin."Passaram-se mais dez anos e agora comemoramos o 70.°
aniversário do camarada Stálin. Esta efeméride tem lugar depois que a
humanidade passou pelas lutas da segunda guerra mundial e os povos do mundo,
liderados pela União Soviética,derrotaram os três Estados imperialistas é
fascistas, a Alemanha, a Itália e o Japão.Ocorre após o aparecimento no mundo
de muitas novas Democracias Populares.Ocorre depois que o povo chinês derrotou
o imperialismo japonês, prosseguindo na luta para desbaratar o governo
contra-revolucionário do Kuomintang e para expulsaras forças invasoras do
imperialismo americano, do que resultou o estabelecimento da República Popular
da China. Ocorre na ocasião em que a União Soviética se tornou incomparavelmente
forte no mundo, enquanto que o sistema imperialista mundial, liderado pelo
imperialismo americano, está cambaleante. A série de grandes acontecimentos
históricos dos últimos dez anos não pode ser separada do nome de Stálin. Com
maior razão, esses acontecimentos não podem ser separados da obrade Stálin ou
da ajuda de Stálin aos povos de todos os países. Os fatos históricos mundiais
dos últimos dez anos provaram mais uma vez que Stálin não é somente a bandeira
de vitória do povo soviético, mas também da humanidade progressista detodo o
mundo. Provaram também o que o camarada Mao Tsé-Tung assinalou há dez anos:"Stálin
é o líder da revolução mundial.Trata-se de uma questão de suma importância. É
na realidade um grande acontecimento o fato de a humanidade possuir Stálin. Uma
vez que o temos, as cousas podem marchar bem". O fato de a humanidade
possuir um Stálin "é realmente um acontecimento feliz".O aniversário
de Stálin é uma "data da humanidade" para todos os países.Constitui
uma felicidade para o povo chinês a própria possibilidade de celebrar,
juntamente com o povo soviético e toda a humanidade progressista, o 70.°
aniversário natalício da maior figura que a história, contemporânea nos
apresenta, desse mestre de gênio, cujos conhecimentos são os mais universais e
cujas realizações
têm sido as mais vastas para a causa da libertação da humanidade, desde Marx,
Engels e Lênin.Esta celebração é um brinde à libertação dos povos e à esperança
e futuro da humanidade. Entretanto, nós, o povo chinês, temos razões especiais
para saudar Stálin. Essas razões são: a estreita afinidade de Stálin com a
revolução chinesa: a sua preocupação
pelo destino do povo chinês; e as suas grandes
contribuições teóricas às questões da revolução chinesa.
II - Confirmadas Todas as Previsões de Stálin
Na
base de uma análise concreta das condições reais da China, Stálin, este grande cientista
do materialismo dialético, o mestre da revolução mundial, elabora, na época da
primeira Grande Revolução da China, uma série de questões concernentes à revolução
chinesa, às quais ofereceu soluções verdadeiramente brilhantes. Com sua contribuição,
Stálin liquidou a absurda possibilidade de uma China dominada pelos contra-revolucionários
trotkystas e ajudou o Partido Comunista Chinês a tomar o caminho do
bolchevismo. As muitas contribuições de Stálin sobre a China, durante esse
período, são exemplos da integração da teoria revolucionária com a prática revolucionária;
constituem uma parte importante do tesouro da teoria marxista-leninista que diz
respeito ao destino da humanidade. Essas contribuições de Stálin eram corretas
não somente naquela época, mas também se revelaram totalmente justas pela prática
da revolução chinesa durante estes tumultuosos vinte anos.Quando o espírito
revolucionário do povo chinês pela primeira vez se revelava, Stálin já
percebera que a revolução chinesa continha uma força ilimitada.Recentemente,
por ocasião das solenidades' comemorativas da Revolução de Outubro, Malenkov
teve oportunidade de mencionar uma previsão de Stálin, feita em1925:"As forças do movimento
revolucionário na China são ilimitadas. Ainda não se manifestaram devidamente.
Mas ainda se manifestarão no futuro. Os governantes do Oriente e do Ocidente
que não virem essas forças e não contarem com elas no necessário grau, sofrerão
as consequências disso"
(1)
.Esta
previsão de Stálin estava baseada numa análise, entre outras., das condições políticas
e econômicas da China e na posição das forças componentes da sociedade chinesa.
Baseava-se também na análise, entre outras, das condições políticas e econômicas
do mundo e na posição das várias forças mundiais.Com relação à China Stálin fez
esta importante análise, em novembro de 1926,quando escreveu sobre as
perspectivas da revolução chinesa:"O papel de iniciador e de dirigente da
revolução chinesa, o papel de dirigente do campesinato chinês, caberá
inevitavelmente ao proletariado chinês e ao seu partido".
Esta análise de Stálin foi feita em relação à
fraqueza da burguesia nacional da China. Trata-se de uma análise da maior
importância. Porque se o proletariado chinês estava em condições de assumir a
liderança da revolução chinesa, então os camponeses chineses e as demais
camadas populares poderiam desenvolver em grau máximo a sua força
revolucionária sob a direção do proletariado chinês. E uma vez que isto seja
realizado pelo povo deste país, que compreende quase um quarto da população do
globo, a face do mundo estará necessariamente mudada.No âmbito mundial, é
evidente que Stálin se baseou na famosa lei descoberta por Lênin a respeito do
desenvolvimento econômico e político desigual dos países capitalistas e do
aguçamento excepcional de suas contradições na era do imperialismo.Partindo
dessa lei, Stálin predisse que a revolução chinesa tinha a possibilidade, em seguida à Revolução
de Outubro na Rússia, de continuar a ruptura da frente imperialista no Oriente.
Stálin baseou as suas conclusões também na existência da União Soviética e no
seu poder. Como assinalou na sua obra "Sobre as Perspectivas da Revolução
Chinesa":"Ao lado da China existe e se desenvolve a União Soviética,
cuja experiência revolucionária e ajuda não podem deixar de facilitar as lutas
do proletariado chinês contra o imperialismo e contra os restos feudais e
medievais na China".Originando-se a sua previsão de uma base científica
sólida, Stálin viu o caráter extraordinariamente profundo da luta do povo
chinês. Por isso, em todas as etapas da revolução chinesa e por maiores que fossem
os obstáculos opostos à sua marcha,estava convencido de que a revolução
finalmente avançaria e obteria a vitória.Depois que Chiang Kai-Shek traiu a
revolução em 1927, Stálin refutou a absurda confusão que a camarilha trotskysta
fazia da revolução chinesa com a "forma kemalista da revolução" da
Turquia. Stálin analisou a diferença entre a China e a Turquia e sustentou que
a possibilidade de uma "forma kemalista de revolução" nãoexistia na
China. Disse Stálin:"Na China o imperialismo tem que derrotar o corpo vivo
da China nacional, dilacerando-o em pequenos pedaços e desmembrando, pela força,
províncias inteiras afim de manter as suas velhas posições, ou pelo menos uma
parte delas."Daí se conclui que, embora na Turquia a luta contra o
imperialismo possa terminar com a inacabada revolução anti-imperialista dos
kemalistas, na China ela deve adotar um caráter claramente nacional e popular e
deve avançar por etapas até que atinja a condição
de uma luta desesperada contra o imperialismo,
abalando os próprios alicerces do imperialismo através de todo o mundo"
(2)
.Stálin assinalou ainda:"Na China, ou um
Mussolini chinês da categoria de um Chang Tso-Lin ede um Chang Tsung-Chang
vencerá e será em seguida derrotado pelo surgimento da revolução agrária, ou
Wuhan logrará a vitória(Stálin refere-se aqui ao Wuhan do tempo em que era
revolucionário —C.P.T.). Chiang Kai-Shek e sua camarilha, ao tentar encontrar
uma terceira posição entre esses dois campos, inevitavelmente morderá o pó da
derrota, participando da sorte de Chang Tso-Lin e Chang Tsung-Chang"
(3)
.Quando
Wang Ching-Wei, seguindo as pegadas de Chiang Kai-Shek, também traiua
revolução, Stálin continuou a refutar a camarilha trotskysta que via nisso a
derrotada revolução chinesa. Afirmou então que não havia qualquer possibilidade
para a existência do reformismo na China. Disse Stálin:"Entre os próprios
militaristas, velhos e novos, a guerra está acesa eeste fato não pode deixar de
enfraquecer o poder da contra-revolução,arruinar o campesinato e aumentar o seu
descontentamento"."Na China não há ainda nenhum grupo ou governo
capaz de executar reformas análogas às que Stolypin pôs em prática e que sirvam
como pára-raios à classe dominante"."Não é fácil conter e suprimir os
milhões de camponeses que tomaram posse das terras dos latifundiários"."O
prestígio do proletariado entre as massas trabalhadoras aumenta dia a dia e a sua força está longe de ser
destruída"
(4)
.O
desenvolvimento dos acontecimentos é a pedra de toque das previsões.A partir de
1927, uma série de acontecimentos ocorreu na China: Chiang Kai-Shek se tornou o
Mussolini da China em substituição a Chang Tso-Lin e Chang Tsung-Chang; guerras
de rapina tiveram lugar entre os novos e velhos senhores da guerra do
Kuomintang; a revolução agrária chinesa adquiriu um caráter de franca luta armada;
todas as tentativas de "reformismo" por parte do regime
contra-revolucionário do Kuomintang fracassaram redondamente; a China foi
completamente saqueada, em primeiro lugar pelos imperialistas japoneses e
depois pelos imperialistas americanos;
o povo chinês empreendeu uma luta de vida ou de morte contra os
imperialismos japonês e americano; estas batalhas
abalaram os alicerces doimperialismo em todo o mundo;
Chiang
Kai-Shek teve a mesma sorte de Chang Tso-Line Chang Tsung-Chang, tendo sido
expulso da cena política contra-revolucionária.
Esta
série de acontecimentos confirmou plenamente as previsões feitas por Stálin há
mais de 20 anos.As previsões de Stálin infundiram coragem ao povo chinês
durante a sua luta nestes vinte anos tumultuosos. Demonstraram claramente que a
ciência revolucionária é uma forca irresistível. Revelaram, ao mesmo tempo, a
maneira vergonhosa pela qualos trotskystas e todos os lacaios
contra-revolucionários apoiavam Chiang Kai-Shek e Wang Ching-Wei.
III - O Caráter e a Tática da Revolução Chinesa
Em
maio de 1927 Stálin fez a seguinte generalização a respeito do problema do caráter
da revolução chinesa:"A atual revolução chinesa é uma confluência de duas
correntes de dois movimentos revolucionários — o movimento contra as
sobrevivências feudais e o movimento contra o imperialismo. A revolução
chinesademocrático-burguesa é a confluência da luta contra os restos feudais e da
luta contra o imperialismo"
(5)
.Stálin
chegou a esta conclusão através de uma aguda análise da sociedade chinesa.
Tratava-se de uma conclusão de grande significação histórica em relação às questões
da revolução chinesa. Como Stálin assinalou:"Tal é o ponto de partida de
toda a política do Comintern sobre as questões da revolução chinesa"
naquela época.Os trotskystas justamente nessa ocasião se opunham a esta linha.
Pensavam que a questão da China com relação aos países estrangeiros era apenas
uma questão alfandegária, negando dessa maneira a natureza anti-imperialista da
revolução chinesa. Negavam a influência preponderante dos restos feudais
chineses, daí nãoreconhecendo a natureza anti-feudal da revolução
chinesa.Stálin fez notar que o ponto de vista mantido por Trotsky e seus
sequazes era o ponto de vista contra-revolucionário de Chang Tso-Lin e Chiang
Kai-Shek. Como todos sabem, foi precisamente porque os trotskystas chineses se
baseavam em toda a teoria contra-revolucionária de Trotsky e, ao mesmo tempo,
nos pontos de vista contra-revolucionários de Trotsky em relação à China, que
eles tomaram o caminho dacontra-revolução junto com os trotskystas de outros
países.
Disse Stálin:"A revolução democrático-burguesa
na China é dirigida não somentecontra os restos feudais. É ao mesmo tempo
dirigida contra o imperialismo"
(6)
.Somente
quando a natureza da revolução tiver sido determinada na base das condições
sociais da China poderá o nosso Partido avaliar corretamente as mudanças concretas
nas relações de classe em qualquer situação histórica concreta, de maneira a determinar
as tarefas específicas da revolução, organizar a frente revolucionária,conduzir
a revolução para diante e criar a possibilidade da revolução chinesa se transformar,
sob a hegemonia do proletariado chinês, de revolução democrático-burguesa em
revolução socialista.O oportunismo de Chen Tu Hsiu em 1927 se opôs precisamente
a essa análise dialética de Stálin. O oportunismo de Chen Tu-Hsiu se aliou
posteriormente ao trotsquismo contra-revolucionário; este ponto é conhecido de
todos e não mais trataremos dele.Deve ser assinalado aqui que durante os vinte
anos tumultuosos que nos separamde 1927, os erros surgidos tanto pelo oportunismo
de direita como pelo de "esquerda"dentro do nosso Partido
constituíam, em primeiro lugar, violações desta análise dialética de Stálin a
respeito da natureza da revolução, tanto pela subestimação do seu aspecto
anti-feudal quanto de seu caráter anti-imperialista.Por exemplo, durante o
período da guerra civil de dez anos, os camaradas que cometeram erros causados
pelo oportunismo de "esquerda" de há muito haviam subestimado o
aspecto anti-imperialista. Desprezaram o que Stálin assinalara:"A
revolução democrático-burguesa chinesa é caracterizada pelo aguçamento da luta
contra o imperialismo"
(7)
.Portanto,
não foram capazes de utilizar a situação para organizar uma frente
anti-imperialista, com o objetivo de coordená-la com as lutas da revolução
agrária e vencer o isolamento em que se encontravam. Durante este período
também prematuramente advogaram as aventuras de levar à prática "a
transformação em uma revolução socialista".Citemos outro exemplo. Durante
a Guerra Anti-Japonesa os camaradas que haviam antes cometido erros causados
pelo oportunismo de "esquerda" se lançaramao extremo oposto, aos
erros provenientes do oportunismo de direita. Os seus pontos de vista eram
exatamente iguais aos mantidos em 1927 pelo oportunismo de Chen Tu-Hsiu, no
sentido de que desprezaram o aspecto da oposição ao feudalismo.
"Enxergavam somente a burguesia" e "não conseguiram ver a
significação decisiva do movimento camponês revolucionário". "Não
concordaram em apoiar decididamente a revolução no campo, temendo que, pelo
fato do campesinato participar da revolução se dividiria a frente única
anti-imperialista".Tais pontos de vista errados estavam em contradição
direta com os de Stálin,porque, segundo Stálin:"A frente única
anti-imperialista na China será tanto mais forte e mais poderosa quanto mais
cedo e mais amplamente o campesinato chinês for arrastado à revolução".
(8)
.Dado
que esta espécie de oportunistas de direita nesse período negavam o aspecto
anti-feudal, naturalmente também advogavam, justamente comoo oportunismo de
Chen Tu-Hsiu o fez em 1927, o desprezo da hegemonia do proletariado. Percebiam
somente um futuro para a burguesia e deixavam de ver o futuro para a vitória
revolucionária do povo e do socialismo.Torna-se bastante claro que a questão da
natureza da revolução chinesa se acha ligada à questão das táticas concretas em
cada fase desta revolução.Qualquer de nós que cometa erros com relação à
natureza da revolução forçosamente cometerá erros no que concerne à tática
revolucionária concreta.Ao refutar o palavreado sem sentido dos trotskystas
sobre a questão chinesa, Stálin deixou bastante claros os princípios táticos
principais do leninismo."1. O princípio da necessidade de se levar em
consideração as peculiaridades nacionais e as características nacionais de cada
país aose elaborar as diretivas do Comintern para o movimento operário daquela
nação."2. O princípio da necessidade em que se encontra o Partido
Comunista de cada país de utilizar as menores possibilidades de conquistar
aliados de massa para o proletariado, mesmo que sejam temporários,vacilantes,
hesitantes ou não merecedores de confiança."3. O princípio da necessidade
de se levar em conta a verdade de que somente a propaganda e a agitação não são
suficientes para a educação política das massas de milhões de homens, mas que
esta educação política exige a experiência política das próprias massas"
(9)
.
Stálin continua a acentuar a combinação dos
princípios gerais marxistas-leninistas com as características nacionais.
Escreveu ele:"Não obstante o progresso ideológico de nosso Partido,
infelizmente ainda mantém em seu meio certos tipos de "dirigentes"
que acreditam piamente ser possível dirigir a revolução na China,por assim
dizer, por telegramas redigidos na base dos princípios gerais bem conhecidos e universalmente
aceitos oriundos do Comintern, e que não emprestam a mínima importância às
peculiaridades nacionais da economia chinesa,da política chinesa, da cultura
chinesa, dos costumes e tradições chineses. Estes dirigentes se distinguem dos
verdadeiros dirigentes pelofato de que sempre têm em seus bolsos duas ou três
fórmulas prontas e adequadas para todos os países e "obrigatórias" em
todas as condições. Não se dão ao trabalho de levar em consideração o caráter nacional
e as peculiaridades nacionais de cada país. Para eles não existe o problema de
ligar os princípios gerais do Comintern às peculiaridades nacionais do
movimento revolucionário de cada país e o problema de adaptar os princípios
gerais do Comintern às peculiaridades nacionais de cada país."Não
compreendem que a tarefa principal de direção no momento atual, em que os
Partidos Comunistas já atingiram a maturidade e se tornaram partidos de massa,
consiste em descobrir dominar e combinar habilmente as peculiaridades nacionais
do movimento em cada país com os princípios gerais do Comintern, afim de
impulsionar e executar na prática os objetivos básicos do movimento
comunista."Daí resulta a tentativa de estereotipar as tarefas de direção
para todos os países. Daí resulta a tendência a aplicar mecanicamente certas fórmulas
gerais sem se levar em conta as condições concretas do movimento revolucionário
de cada país. Daí resulta o infindável conflito entre as fórmulas e o movimento
revolucionário em cada país,resultado essencial da liderança desses infelizes
dirigentes"
(10)
.Stálin
levantou particularmente a questão da natureza da revolução chinesa para explicar
o problema da tática em tal revolução, e assim procedendo refutou o palavreado
trotskysta destituído de sentido acerca da natureza e da tática da revolução
chinesa. Stálin ligou o problema da natureza da revolução chinesa ao de sua tática,
assinalando e generalizando as peculiaridades nacionais desta revolução. O
ponto de vista de Stálin exposto aqui é, para usar as palavras do camarada Mao Tsé-Tung,
o da união da verdade universal do marxismo-leninismo com a prática concreta da
revolução chinesa.
Desde 1927 que os erros dos dogmáticos em nosso
Partido, que são também os oportunistas de "esquerda" ou de direita,
consistiam precisamente no esquecimento das lições contidas na refutação de
Stálin aos trotskystas .Pensavam que, para dirigir a revolução chinesa, era
suficiente ter nos bolsos duas ou três fórmulas prontas, "adequadas"
a qualquer país e "obrigatórias" sob quaisquer condições. Para eles
não importava a consideração das peculiaridades nacionais da China, e nem
existiam as características nacionais. Em vista dessa posição falsa muitos conflitos
surgiram entre as suas numerosas fórmulas mecanicamente aplicadas e a prática
da revolução na China.Nossos dogmáticos se restringiam a fórmulas abstratas e
simples analogias históricas, e não partiam da situação concreta da China. Daí,
sobre a questão da natureza da revolução chinesa, de vez em quando
inevitavelmente cometiam um erro ou outro. Também por esta razão, não sabiam
combinar os princípios com a flexibilidade exigida pelas mudanças da situação
concreta. Afim de derrotar um inimigo poderoso não podiam levar à prática o que
Stálin afirmara:"É necessário possuir-se uma política do proletariado flexível
e ponderada, e ser-se hábil na utilização de qualquer brecha nas fileiras do
inimigo e na conquista de aliados para a nossa causa"
(11)
.Durante
a guerra civil de dez anos, nossos dogmáticos advogaram a derrota de todos, ou
como o camarada Mao Tsé-Tungos ridicularizou:"Não podeis derrotar os que
estão no poder, e por isso sentis a necessidade de derrotar os que não estão no
poder. Ainda não se acham no poder, e não obstante ainda quereis
derrotá-los". Mas, em outra situação histórica, por exemplo, durante a
Guerra Anti-Japonesa ,puseram-se a advogar a união com todos, negando a
existência de três grupos —esquerda, centro e direita — nas fileiras da Frente
Única Anti-Japonesa e negando que deva haver uma diferença na tática do nosso
Partido em relação a estes três grupos.Também pela mesma razão não puderam
estabelecer ligações reais com as massas de acordo com as questões concretas,
mas ao invés disso exigiam sucessivamente a execução compulsória de ordens por
parte das massas. Stálin afirmou:"É necessário que as massas reconheçam,
através de suas próprias experiências, que a direção do Kuomintang não merece
confiança e que sua natureza é reacionária e contra-revolucionária".
Mas, nossos dogmáticos se esqueceram dos
ensinamentos de Stálin e julgaram que bastava a compreensão do problema por
alguns dirigentes para que as massas executassem as suas palavras de ordem.
Stálin afirmou:"A Revolução é feita não somente por um grupo avançado, não
somente pelo Partido, não somente por indivíduos, mesmo que sejam"grandes
homens", mas acima de tudo e fundamentalmente pela massa de milhões de
homens do povo".Mas, nossos dogmáticos se esqueceram dos ensinamentos de
Stálin e acreditaram que a revolução poderia acima de tudo e fundamentalmente
ser conduzida pelo seu grupo de dogmáticos, que se apresentavam a si mesmos
como"figuras proeminentes".Os acontecimentos desenrolados na China
durante os últimos trinta anos demonstraram o caráter extremamente tortuoso e
complicado da revolução chinesa.Também revelaram que foi particularmente a
intrincada e complexa interpenetração das lutas anti-imperialistas e
anti-feudais em particular que deu origem a estas características. Estes
fatores colocaram na ordem do dia uma série de problemas relativos à tática da
revolução, à frente única e à relação existente entre a revolução nas áreas
rurais e urbanas. Ao mesmo tempo deram origem à questão da estratégia fundamental
na luta militar.Justamente como o declarou Stálin:"Na China, a revolução
armada combaterá a contra-revolução armada".Que áreas deveriam então constituir
os pontos-chave de ataque nas lutas armadas em diferentes épocas? Durante a
ofensiva podem se dar ainda ações defensivas ou retiradas? Como deveriam se
ligar entre si a ofensiva, a defensiva ou retirada
?
Como
a defensiva ou a retirada deveriam se transformar na ofensiva?
Cada um de nós sabe que esta serie de
problemas constituíam a maior parte da longa lutado camarada Mao Tsé-Tung
contra o oportunismo que às vezes se manifestava na forma de aventurismo e em
outras ocasiões na forma de derrotismo. Todos os oponentes do camarada Mao
Tsé-Tung foram também oponentes de Stálin.Em 1927, depois que Chiang Kai-Shek
cometera o seu ato de traição em Changai,os problemas estratégicos da luta
revolucionária se colocaram na ordem do dia.Os trotsquistas nessa época pregavam
a ofensiva contra Changai. Stálin se opôs a tal aventurismo. Declarou Stálin
naquela ocasião:"Changai é o centro mundial da interpenetração de
importantes interesses de grupos imperialistas".
Stálin defendeu:"a constituição de força
militar suficiente, o pleno desenvolvimento da revolução agrária, a
intensificação do trabalho de sapa na retaguarda e vanguarda das forças de
Chiang Kai-Shek e, em seguida, o levantamento de todo o problema de
Changai"
(12)
.Isso
porque:"o fato de não se evitar uma batalha decisiva sob condições desfavoráveis
(quando pode ser evitada) significa facilitar a causa dos inimigos da
revolução"
(13)
.Entretanto,
durante o transcurso da guerra civil de dez anos os nossos oportunistas de
"esquerda" advogaram o lançamento de semelhante ofensiva,simples,
aventureira e cega, contra as grandes cidades, em situação desigual.
Sobcondições assim desfavoráveis, eles eram por uma luta decisiva contra o
inimigo.Stálin afirmou:"Alguns camaradas pensam que uma ofensiva em todas
as frentes constitui no momento presente o sintoma básico de se ser revolucionário.
Não, camaradas, isto não é verdade. Uma ofensiva em todas as frentes no momento
presente (após a traição da revolução por Chiang Kai-Shek — C. T. P.) é uma
estupidez, Isto não é ser revolucionário. Nunca confundam estupidez com a
condição de revolucionário"
(14)
.Entretanto,
no período de dez anos da guerra civil, os nossos oportunistas
de"esquerda" advogaram o lançamento de uma ofensiva em todas as
frentes, nãolevando em conta nenhuma de suas condições, dessa maneira
confundindo a estupidez com a condição de revolucionário.Disse Stálin:"O
movimento revolucionário não pode ser considerado como um movimento que surja
em constante ascensão. Trata-se de uma concepção livresca e irreal da
revolução. Esta sempre marcha em zinguezague. Em alguns lugares lança ofensivas
e destrói o sistema antigo, enquanto que em outros lugares sofre derrotas
parciais e é obrigada a retroceder"
(15)
.
Mas, durante o período de dez anos da guerra civil,
nossos oportunistas de "esquerda" julgavam que o movimento
revolucionário não pode ter outra forma senão a de um movimento em constante
ascensão, e que não podia absolutamente marcharem ziguezague. Partindo dessa
premissa, chegaram à conclusão de que, uma vez que a ofensiva era necessária,
só poderia tomar o caráter de uma ofensiva em todas as frentes; ou, como a
denominavam, "um ataque em grande escala". Se alguém se manifestava
pela necessidade de um ataque em determinado lugar, enquanto em outro se
tornava aconselhável uma retirada, então afirmavam que isto era "oportunismo".Stálin
declarou:"Não podemos empreender a realização de todas as tarefas de uma
só vez, pois tal esforço nos esgotaria"
(16)
.Mas,
durante os dez anos da guerra civil, quando nossa força revolucionária ainda era
bastante insuficiente, os oportunistas de "esquerda" advogavam
justamente tal ação — que deveríamos levar a cabo a execução de todas as
tarefas de "aniquilar todos" e "atacar em todas as frentes"
e de uma só vez todas as tarefas da revolução democrático-burguesa e da
revolução socialista. Se alguém criticasse tal ação, dizendo que nos
"arriscaríamos a esgotar todas as nossas forças", então os nossos
dogmáticos não deixavam de rotular tal pessoa como oportunista.É claro que
desde 1927 os camaradas do nosso Partido que, um após o outro,cometeram várias
espécies de erros oportunistas contra a linha correta do camarada Mao Tsé-Tung
assim procederam porque todos eles haviam relegado ao esquecimento todas as
lições contidas na refutação de Stálin aos trotskystas, em1927. Assim agiam sem
levar em conta se a questão envolvia a natureza da tática da revolução, se era
política ou militar. Todos esses erros ocasionaram à nossa revolução,no curso
do seu desenvolvimento, uma série de amargos revezes.
IV - Aplaudir, Apoiar e Aprender com Stálin
O
Camarada Mao Tsé-Tung está certo. Sob a sua direção, o nosso
Partido,percorrendo caminhos tortuosos, finalmente venceu tanto as dificuldades
objetivas como os erros subjetivos, e conduziu a revolução à vitória. Isto
aconteceu porque as opiniões do camarada Mao Tsé-Tung a respeito da natureza e
da tática da revolução chinesa eram idênticas às de Stálin. Além disso, ele
desenvolveu a teoria de Stálin sobre a revolução chinesa no curso da prática
concreta de tal revolução.Durante a primeira Grande Revolução (Nota da redação:
a revolução de 1925-27)o camarada Mao Tsé-Tung sustentou com firmeza que o
proletariado deve dirigir o movimento camponês revolucionário contra o
feudalismo afim de apoiar a luta contra
o
imperialismo, colocando-se assim em oposição ao oportunismo de direita de Chen Tu-Hsiu.Durante
a guerra civil de dez anos, embora colocado no meio do movimento revolucionário
agrário daquela época o camarada Mao Tsé-Tung nem por um instante se esqueceu
deste fator político extremamente importante, o anti-imperialismo,travando luta
contra o oportunismo do "esquerda".Ao formular planos estratégicos
para o estabelecimento de bases revolucionárias,assim como ao determinar as
maneiras de proceder com relação às diversas classes,tal como a conquista das
classes médias, etc, o camarada Mao Tsé-Tung sempre levou em consideração o
fator representado pelo imperialismo.Durante a guerra de resistência contra o
Japão, o camarada Mao Tsé-Tung acreditava que o proletariado e sua vanguarda
deviam mobilizar as massas camponesas, de modo que a Guerra Anti-Japonesa
pudesse contar com uma base de massa suficientemente ampla e assim ter a
possibilidade de terminar com uma vitória do povo. Nesse sentido conduziu uma
luta bastante tenaz contra o oportunismo de direita.A História pôs à prova o
seguinte: Foram acertadas as lutas dirigidas em todos os períodos
revolucionários pelo camarada Mao Tsé-Tung, cujos pontos de vista concordavam
com os de Stálin. Particularmente as lutas relativas à linha do Partido que tiveram lugar no começo e no meio da
Guerra Anti-Japonesa tiveram efeito decisivo sobre toda a situação da atual
vitória da revolução chinesa. Devemos, entretanto, tornar bastante claro um
fato. Por um período bastante prolongado, tanto antes de 1927 quando Chen
Tu-Hsiu estava no poder, como depois,os oportunistas, intencionalmente ou não,
criavam toda uma série de obstáculos àcirculação, dentro do Partido Chinês, dos
inúmeros trabalhos de Stálin sobre a questão chinesa. Juntavam-se a isso as
dificuldades apresentadas pelo idioma e o bloqueio contra-revolucionário. Por
estas razões, havia muitos camaradas em nosso Partido que eram de fato os dirigentes
da revolução chinesa mas que não tinham oportunidade de fazer um estudo
sistemático das muitas obras de Stálin sobre China. O camarada Mao Tsé-Tung era
também um deles.Foi somente após o movimento de renovação ideológica de 1942
que numerosas obras de Stálin sobre a China foram sistematicamente editadas
pelo nosso Partido. Recentemente, em seguida a uma decisão do camarada Mao
Tsé-Tung, o livro "Lênin e Stálin sobre o Problema da China" foi
editado, tornando-se uma das doze obras que os nossos quadros devem estudar.
Um grande
mal foi causado ao nosso Partido pelos oportunistas que, no interesse da
difusão dos seus próprios conceitos e propostas erradas, intencionalmente ou
não,impediam a divulgação das obras de Stálin sobre a China. Entretanto, a
despeito de tal situação, o camarada Mao Tsé-Tung teve a capacidade de chegar
às mesmas conclusões de Stálin sobre muitos problemas fundamentais, através de
sua própria elaboração independente, baseado nos fundamentos da ciência
revolucionária de Marx, Engels, Lênin e Stálin, mantendo, assim, a correção de
sua análise e a das contribuições dos seus companheiros de luta.Foi durante a
Guerra Anti-Japonesa que o camarada Mao Tsé-Tung teve ensejo de estudar com
mais vagar as obras deStálin. Leu e analisou com o maior entusiasmo todas as
obras de Stálin que puderam lhe chegar às mãos. Como todos nós o sabemos,o
camarada Mao Tsé-Tung, em artigo publicado na "Nova Democracia",
tornou claro que as obras de Stálin lhe tinham sido um importante fator de
esclarecimento. O camarada Mao Tsé-Tung explicou que a tese correta, enunciada
pelos comunistas chineses, ao declarar que a revolução chinesa é parte da
revolução socialista mundial,foi calcada sobre a teoria de Stálin. Foi na base
desta teoria de Stálin que o camarada Mao Tsé-Tung desenvolveu a idéia da
hegemonia do proletariado. Em sua bem conhecida obra militante, desferiu
poderosos golpes contra o sonho reacionáriodo estabelecimento de uma ditadura
burguesa na China, ao mesmo tempo em quevibrava ataques fatais nos oportunistas
infiltrados nas fileiras do Partido e que tentavam fazer o proletariado marchar
à reboque da burguesia.Desde o início da Guerra Anti-Japonesa, o camarada Mao
Tsé-Tung gastava sobremodo de ponderar, em seus escritos, sobre as famosas
palavras de Stálin no sentido de que"a característica da revolução chinesa
está no fato de que se trata de um povo armado combatendo uma contra-revolução
armada" e que "a questão colonial e semi-colonial é em essência a
questão camponesa".Na base das condições chinesas, o camarada Mao Tsé-Tung
examinou a correlação existente entre estas duas famosas afirmativas de Stálin
e desenvolveu-as.Condenou severamente os oportunistas infiltrados em nosso
Partido durante a Guerra Anti-Japonesa que tinham desprezado este princípio
fundamental e a política de que deve caber ao proletariado a direção da guerra
camponesa.Afim de nos capacitar para a conquista de nossa vitória
revolucionária, o camarada Mao Tsé-Tung lançou um movimento de renovação
ideológica dentro do nosso Partido em 1941-42. Ao mesmo tempo não se cansava de
citar, repetidas vezes,as afirmações de Stálin sobre a relação existente entre
a teoria e a prática, e que se
encontram em
seu trabalho, "Sobre os Fundamentos do Leninismo" a obra-prima que armou
ideològicamente os bolcheviques no mundo inteiro.O camarada Mao Tsé-Tung
declarou:"Mais uma vez é Stálin quem tem razão ao dizer: "A teoria se
torna sem sentido se não for ligada à prática revolucionária".
Naturalmente também estava certo ao afirmar: "A prática tateia no escuro
se o seu caminho não for iluminado pela teoria revolucionária".O camarada
Mao Tsé-Tung se utilizou da primeira afirmação de Stálin para combater os
dogmáticos existentes em nosso Partido, assim como lançou mão da segunda para
combater os praticistas em nosso Partido.O camarada Mao Tsé-Tung selecionou as
obras de Stálin que tratam dos doze pré-requisitos necessários à bolchevização
e os seis pontos que figuram nas conclusões da"História do Partido
Comunista (bolchevique) da URSS" por considerá-los os documentos básicos
para o movimento de renovação ideológica de nosso Partido.Afim de permitir aos
nossos camaradas uma análise mais profunda desses dois documentos de autoria de
Stálin, o camarada Mao Tsé-Tung discutiu-os amplamente em prolongada
intervenção, em que fez a afirmativa de que esses dois documentos são
idênticos: representavam ambos uma exposição sucinta da experiência
marxista-leninista sobre os problemas de direção revolucionária durante o
período de umséculo. Forneceu uma explanação minuciosa desses dois documentos,
baseado na experiência de nosso Partido durante vinte anos tumultuosos,
estabelecendo uma diferença clara entre o verdadeiro marxismo-leninismo e o
falso marxismo-leninismo.Durante o movimento de renovação ideológica, estes
dois documentos vibraram golpes certeiros no dogmatismo e no praticismo.Em seu
artigo sob o título "Reformemos a Nossa Maneira de Estudar" o camarada
Mao Tsé-Tung assinalou a necessidade urgente de se usar a grande obra de Stálin
"História do Partido Comunista (bolchevique) da URSS" como texto
principal para um estudo do marxismo-leninismo em nosso Partido. Escreveu o
camarada Mao Tsé-Tung:"A "História do Partido Comunista (bolchevique)
da URSS", constitui amais perfeita síntese e súmula do movimento comunista
mundial durante o último século. É um modelo da união da teoria com a prática e
é o único modelo perfeito em todo o mundo. Examinando a maneira utilizada por
Lênin e Stálin na combinação da verdade universal do marxismo-leninismo com a
prática concreta da revolução soviética,desenvolvendo desse modo o marxismo,
podemos saber como deve ser desenvolvido o trabalho na China".
O camarada
Mao Tsé-Tung é discípulo e companheiro
de armas de Stálin. Foi capaz de se tornar um discípulo eminente de Stálin e o
líder da revolução vitoriosa da China porque o seu método de trabalho e sua
ideologia são os mesmos de Stálin.Aplicou os métodos de Stálin ao estudo de
Stálin, os métodos dos marxistas criadores a quem Stálin se referiu em seu famoso
artigo escrito para comemorar o 50.°aniversário natalício de Lênin:"Este
grupo não elabora as suas diretivas e ensinamentos na 'base de analogias e
paralelos históricos, mas de um estudo das condições do meio. Não baseia suas
atividades sobre citações e máximas, mas sobre
experiências práticas, submetendo cada passo à prova da experiência,aprendendo
com os seus próprios erros e ensinando outros a construir uma vida nova. Isto,
de fato, explica porque não há discrepância entre a teoria e a prática nas
atividades deste grupo, e porque os ensinamentos de Marx conservam inteiramente
a sua força viva e revolucionária".É este precisamente o motivo por que os
pensamentos e ensinamentos de Stálin "conservam inteiramente a sua força
viva e revolucionária" quando chegam às mãos do camarada Mao Tsé-Tung. Há
algumas pessoas em nosso Partido que, a exemplo dos dogmáticos mencionados
anteriormente, talvez subjetivamente desejem estudar Stálin, mas usam um método
anti-stalinista ao fazê-lo. Justamente como afirmou o camarada Mao
Tsé-Tung:"O seu método de estudar Marx, Engels, Lênin e Stálin opõe-se diretamente
a Marx, Engels, Lênin e Stálin. O seu método é igual ao dos dogmáticos
mencionados no artigo de Stálin sobre o 50.° aniversário natalício de Lênin."Tal
método não baseia as suas atividades na experiência, no que o trabalho prático
ensina, mas em citações das obras de Marx. Não tira os seus ensinamentos e
diretivas da análise da realidade concreta, mas de analogias e paralelos
históricos. A contradição entre a teoria e a prática é a principal doença deste
grupo. Daí essa desilusão e perpétua maldição ao destino que o tempo a cada
passo revela".Os ensinamentos, teorias e métodos de Stálin, depois de
apresentados e aplicados pelo camarada Mao Tsé-Tung, ampliaram imensamente a
visão política e ideológica dos comunistas chineses. Elevaram a consciência
marxista-leninista dos comunistas chineses e auxiliaram o nosso Partido a
adquirir força ideológica capaz de derrotar todos os inimigos
contra-revolucionários e outros inimigos que constituíam um obstáculo à marcha
do movimento revolucionário.
Já
conquistamos uma vitória revolucionária. Temos que continuar a ser
vitoriosos.Mas como podemos assegurar as nossas contínuas vitórias? Como o
camarada MaoTsé-Tung nos tem explicado frequentemente: Devemos ser capazes de
aprender.Devemos ser capazes de aprender com Stálin — a bandeira da grande
vitória da humanidade, o nosso mestre. Devemos ser capazes de aprender com o
grande Partido Comunista da União Soviética. Além disso, a exemplo do camarada
Mao Tsé-Tung,devemos aplicar em nossos estudos o método de Marx, Engels, Lênin
e Stálin. Em suma, devemos utilizar o método de combinar a teoria com a
prática.Repitamos uma vez mais o que o camarada Mao Tsé-Tung afirmou há dez
anos passados, por ocasião das solenidades comemorativas do 60.° aniversário de
Stálin:"Devemos aplaudi-lo, apoiá-lo e aprender com ele".Aprender com
Stálin — esta é ainda a nossa conclusão principal ao celebrarmos o70.°
aniversário de Stálin.Para a felicidade e futuro da humanidade, viva o supremo,
glorioso e grande Stálin!
Notas de
rodapé:
(1) Jorge
Malenkov — "O 32.° Aniversário da Grande Revolução Socialista de
Outubro"— PROBLEMAS, n.° 22, pág. 22 — Rio. (retornar ao texto)(2) J.
Stálin — "Palestra com os Estudantes da Universidade Sun Yat-Sen".
(retornar aotexto)(3) J. Stálin — "Palestra com os Estudantes da
Universidade Sun Yat-Sen". (retornar aotexto)(4) J. Stálin — "Comentários Sobre
Questões do Momento: O Problema daChina". (retornar ao texto)(5) J. Stálin
— "Sobre a Revolução Chinesa e as Tarefas da InternacionalComunista".
(retornar ao texto)(6) J. Stálin — "A Revolução Chinesa e as Tarefas da
InternacionalComunista". (retornar ao texto)(7) J. Stálin — "A
Revolução Chinesa e as Tarefas da InternacionalComunista". (retornar ao
texto)(8) J. Stálin — "Sobre as Perspectivas da Revolução Chinesa".
(retornar ao texto)
(9) J. Stálin
— "Comentários Sobre Questões do Momento: O Problema daChina".
(retornar ao texto)(10) J. Stálin — "Comentários Sobre Questões do
Momento: O Problema daChina". (retornar ao texto)(11) J. Stálin —
"Comentários Sobre Questões do Momento: Sobre o Problema daChina".
(retornar ao texto)(12) J. Stálin —"Palestra com os Estudantes da
Universidade Sun Yat-Sen". (retornar aotexto)(13) J. Stálin —
"Problemas da Revolução Chinesa". (retornar ao texto)(14) J. Stálin
—"Palestra com os Estudantes da Universidade Sun Yat-Sen". (retornar
aotexto)(15) J. Stálin —"Palestra com os Estudantes da Universidade Sun
Yat-Sen". (retornar aotexto)(16) J. Stálin —"Palestra com os
Estudantes da Universidade Sun Yat-Sen". (retornar aotexto)
***
"A
existência do capitalismo sem opressão nacional é tão inconcebível quanto o éa
existência do socialismo sem a emancipação das nações oprimidas, sem a
liberdade nacional".
Stálin
fonte:comunidadestalin.blogspot.com.br
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