domingo, 2 de setembro de 2012

Hoje na História: 1969 – Morre Ho Chi Minh, alma da libertação vietnamita

 

 

Hoje na História: 1969 – Morre Ho Chi Minh, alma da libertação vietnamita

Até hoje permanece como ícone comunista e revolucionário celebrado em todos os quadrantes do planeta



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Mausoléu em homenagem a Ho Chi Minh em Hanói, no Vietnã
O presidente da República Democrática do Vietnã, Ho Chi Minh, morre de ataque cardíaco em Hanoi em 2 de setembro de 1969. Funcionários norte-vietnamitas anunciaram sua morte no dia seguinte.
Nascido Nguyen Sinh Cung, ele foi o coração e alma do comunismo vietnamita desde os primeiros dias do movimento. Nascido em 1890, era filho de um funcionário governamental vietnamita que renunciou em protesto contra a dominação francesa de seu país.
Foi educado em Hue e ainda jovem trabalhou como cozinheiro num barco a vapor francês, que viajava para os Estados Unidos, África e Europa. Numa das viagens, quando tocou a Europa, deixou a navegação trabalhando em Londres e Paris.
Em 1920, tendo abraçado a ideologia marxista-leninista devido à postura programática anticolonial, mudou o seu nome para Nguyen Ai Quoc ("Nguyen o Patriota") e ajudou a fundar o Partido Comunista Francês. Viajou para Moscou para estudo e treinamento. Em 1924, foi ao Cantão, na China, para se encontrar com Phan Boi Chau, um dos líderes dos nacionalistas vietnamitas de então.
Em sua estada na China, Ho desempenhou um papel de liderança na fundação do Partido Comunista Indochinês em 1929. Despendeu grande parte dos dez anos subsequentes a escrever e organizar, embora vivendo fora do país natal.
Quando o Japão invadiu o Vietnã no começo da Segunda Guerra Mundial, mudou novamente seu nome, agora para Ho Chi Minh – Ho, O Que Trás a Luz – e conduziu seu grupo revolucionário para as cavernas de Pac Bo no norte do Vietnã. Ali, em maio de 1941, organizou o Viet Minh, uma organização comunista e nacionalista criada para mobilizar a população.

Durante a guerra, Ho e o Viet Minh entraram numa aliança informal com o OSS (Escritório Americano de Serviços Estratégicos), tendo em vista ajudar a resgatar pilotos norte-americanos abatidos em ações de guerra. Em 1945, quando os japoneses capitularam, o Viet Minh tomou o poder e proclamou a República Democrática do Vietnã, com Ho Chi Minh como seu presidente.
No entanto, a França, querendo reconquistar seu poder colonial, recusou conceder a independência aos vietnamitas. No final de 1946, eclode a guerra entre o Viet Minh e a França. Os combates duraram oito sangrentos anos, terminando finalmente com o Viet Minh derrotando fragorosamente a França na Batalha de Dien Bien Phu em 1954. Os subseqüentes Acordos de Genebra dividiram o Vietnã em Vietnã do Norte e Vietnã do Sul. Ho dedicou então todos os seus esforços para erguer e organizar uma sociedade comunista no Vietnã do Norte.
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Ho tira uma foto com um grupo de marinheiros alemães em 1957, no porto de Stralsund (Alemanha Oriental)
No começo dos anos 1960, uma nova guerra explode no sul, onde guerrilhas comandadas pelo Vietcong (Frente de Libertação Nacional, em vietnamita) se insurgiram contra o regime de Saigon sustentado pelos Estados Unidos. Quando Washington resolveu intervir militarmente, Ho preparou suas forças para uma prolongada guerra contra os norte-americanos.
Durante esse período, Ho continuou a proporcionar ao seu povo uma inspiradora liderança. Contudo, à medida que sua saúde se deteriorava, passou a assumir um papel mais cerimonial, deixando a condução da guerra para o general Nguyen von Giap e os assuntos administrativos para outros dirigentes do Partido.
Ho Chi Minh personificou a revolução em seu país e mesmo após sua morte permaneceu como ícone comunista e celebrada personalidade revolucionária em todos os quadrantes do planeta.

 
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