sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Ditadura do capital massacra na África do Sul como nos velhos tempos.E o governo Zuma funciona?

Confronto de polícia e mineiros na África do Sul mata 36, diz sindicato

Polícia fala em mais de 34 mortos em mina de platina no noroeste.
Comissário afirma que policiais atiraram para se defender.

Do G1, com agências internacionais
41 comentários

Pelo menos 36 pessoas morreram na quinta-feira depois que a polícia da África do Sul abriu fogo contra mineiros em greve na mina de platina Marikana, no noroeste da África do Sul, afirmou nesta sexta-feira (17) o secretário-geral do influente sindicato de mineiros NUM.
"O número que temos de ontem (quinta-feira) é de 36 mortos", disse o líder sindical Frans Baleni a uma rádio local.
O comissário de polícia Riah Phiyega disse que a polícia atirou para se defender. Ele afirmou que há 34 mortos, 78 feridos e 259 presos.
Pouco antes, o ministro da Polícia, Nathi Mthethwa, havia admitido que havia "mais de 30 mortos" e muitos feridos.
Mthethwa disse à "Talk Radio 702" que também há muitos feridos na mina, a 100 quilômetros de Johanesburgo, onde os agentes abriram fogo contra mineiros armados com machetes e paus.
O número de mortos não é definitivo e pode aumentar, segundo a imprensa local.
"A polícia fez tudo o que pôde, mas os mineiros disseram que não deixariam o local e que estavam dispostos a lutar", comentou o ministro sobre um incidente que causou comoção na África do Sul e evocou a violência do "apartheid".
Policias abriram fogo contra mineiros na África do Sul. (Foto: AP Photo)Policiais abriram fogo contra mineiros na África do Sul. (Foto: AP Photo)
Em comunicado oficial, o presidente sul-africano, Jacob Zuma, se disse "comovido e consternado por esta violência sem sentido".
"Acreditamos que há espaço suficiente em nossa ordem democrática para resolver qualquer disputa mediante o diálogo, sem violência e sem descumprir a lei", acrescentou Zuma.
Os distúrbios na mina começaram na sexta passada e, antes da tragédia desta quinta, já haviam morrido dez pessoas em incidentes violentos entre os próprios manifestantes e em confrontos dos mineiros com as forças de segurança.
O conflito começou pela disputa entre dois sindicatos rivais, a majoritária Associação de Trabalhadores da Mineração e Construção (AMCU) e a União Nacional de Mineiros (NUM), iniciada há uma semana, logo após a declaração de uma greve.
A polícia providenciou desde então um amplo dispositivo para conter os manifestantes, que a imprensa sul-africana calculou em cerca de três mil pessoas.

Nota de pensarnetuno:
   O que aconteceu ali é sintomático de como os trabalhadores com seu povo têm
que dar um grande passo em frente,focando na idéia de socialismo.
   As mudanças positivas do período Mandela já se esgotaram e o passado sombrio permanece com suas injustiças.
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Um comentário:

  1. Na Ditadura do Capitalismo, o exercício dos direitos de associação e reunião, incluindo a participação em organizações não-governamentais e sindicatos, permanecem até o momento - desde que - não fiquem afetando os interesses do capital - mas, em qualquer momento, quando as autoridades que constituem a organização política burguesa, entenderem que os interesses da burguesia e do capital estejam sendo prejudicados pelos atos públicos e coletivos de sentimentos e opiniões levadas a efeito pelos explorados, oprimidos, indigentes, destituídos e excluídos; então, vem por parte da organização politica burguesa a repreensão e admoestação com violência, e essas manifestações serão consideradas “ilegais” e “abusivas” e podem ser impedidas, perseguidas, dispersadas ou reprimidas pela polícia. Portanto, a burguesia quando se sente incomodada, recorre e utiliza sempre a imperiosa máquina estatal para a repressão de seus adversários sociais.

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