sábado, 12 de maio de 2012

Hezbollah denuncia tentativas de converter a Síria no Iraque


PDFImprimirE-Mail
sábado, 12 de mayo de 2012
12 de mayo de 2012, 10:32Beirute, 12 mai (Prensa Latina) O líder do movimento Hezbollah (Partido de Deus), xeique Hassan Nasrallah, acusou os Estados Unidos, Israel e alguns países árabes de promover o terrorismo na Síria para convertê-lo em um novo Iraque, destacaram hoje meios locais.

Nasrallah assegurou que Washington, Tel Aviv e inimigos árabes do presidente sírio Bashar Al-Assad, desejam destruir o governo daquela nação "porque é o principal aliado da resistência no Líbano e Palestina", publicou o canal Al-Manar TV.

"O povo sírio está em uma encruzilhada..., um caminho conduz à reforma e a outra, à destruição", indicou o secretário geral da principal organização da resistência xiita libanesa em um discurso pronunciado ontem à noite em subúrbios do sul de Beirute.

A intervenção, que comemorou a reconstrução dessa parte da capital destruída durante a invasão israelense de 2006, foi aproveitada para repudiar os atentados terroristas de opositores a Al-Assad, que na quinta-feira causaram 55 mortos e mais de 370 feridos.

"As explosões (duas no sul de Damasco) foram a prova de que a Síria corre o risco de cair em um abismo similar ao Iraque", observou o guia religioso islâmico em referência à violência sectária alentada depois da invasão militar estadunidense de 2003.

Nasrallah lembrou que o Hezbollah possui armas capazes de atingir objetivos em Israel e que se uma guerra é iniciada, elas será utilizadas para destruir muitos deles "por cada edifício derrubado em Beirute" durante a agressão que provocou pelo menos mil 200 mortos libaneses.

Enquanto isso, o bureau político do Movimento Amal, liderado pelo presidente do parlamento, Nabil Berri, qualificou como um "complô sangrento e criminoso" os atentados de quinta-feira em Damasco e chamou a comunidade árabe e internacional a combater o terrorismo por todos os meios.

O agrupamento xiita chamou a tomar consciência da "natureza perigosa" desses atos alentados desde países vizinhos da Síria, e confiou que o governo de Al-Assad "vencerá esta guerra sem justificativa e sairá dela com mais poder e imunidade".

Por seu lado, o ministro de Relações Exteriores, Adnan Mansour, ratificou ontem que o Líbano "continuará desempenhando seu papel humanitário até que a Síria saia da crise", e apoiará os refugiados que cheguem a este país.

rmh/ucl/cc
Anterior Proxima Inicio

0 comentários:

Postar um comentário