quinta-feira, 24 de maio de 2012

Brasil: Greve nas universidades Federais


AGORA É GREVE!  

REIVINDICAÇÕES UNIFICADAS: PROFESSORES, ESTUDANTES E  TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS.
23/05/12

     Professores de 42 universidades no Brasil estão em greve.  As reivindicações da categoria são: a reestruturação salarial, melhores condições de trabalho e estrutura que atenda às demandas geradas pelo REUNI.

Os docentes estariam ganhando abaixo de outros funcionários Federais como, por exemplo, dos pesquisadores que trabalham para o Ministério de Ciência e Tecnologia.
 
    O movimento Estudantil e o de Técnicos-Administrativos também formam o corpo universitário e estão de mãos dadas na luta por melhor estrutura para todos. Deste modo, todos os segmentos envolvidos e co-responsáveis pelos rumos da educação brasileira se prontificam, nessa importante luta, à enfrentar as contradições apresentadas pelo modelo de expansão adotado pelo governo federal.


A Greve inicia agora! O desafio só está começando...
Qual o papel do ME nesse movimento?
 



Panorama de conjuntura: Movimento Estudantil  


     Houve um tempo em que o Movimento Estudantil organizado no Brasil exercia uma função fundamental de intensificação das tensões entre demandas populares e governos de direita.  Foi assim durante a ditadura civil-militar, quando em 1968 na passeata dos cem mil os estudantes foram vanguarda; foi assim também durante a campanha “Diretas Já” pela democracia e, posteriormente,  no movimento dos caras pintadas organizado pela UNE, grande mobilização de massas pelo impeachment do então Presidente Collor de Melo.  As mobilizações dos estudantes eram reflexo da luta Nacional pela educação e pela democratização em todos os seus níveis.

Os estudantes como um todo entendiam que a universidade não estava pairando por  fora das correlações de forças políticas nacionais. A luta do ME era também a luta do conjunto da sociedade.

Hoje a base do ME reflete o que vem acontecendo no Brasil após a eleição do presidente Lula e o estabelecimento da política PTista. Os Movimentos Sociais e Sindicais como um todo, muitos combativos historicamente, passaram a aderir a social-democracia e praticar fortemente a conciliação com a classe burguesa. Em uma atmosfera de aparente paz, as organizações dos trabalhadores passaram a ser agentes facilitadoras da hegemonia da classe dominante, sem oferecer resistência alguma (Como é o caso da CUT).  O Movimento Estudantil não fugiu deste rito. A UNE e UEE’s apesar de estarem organizadas e atuantes, viraram aparelhos políticos de forças que incorporam passivamente a conjuntura “conciliatória” exercita pela social democracia nacional.

         Agora existem mais vagas nas universidades públicas. O Governo PT priorizou a expansão universitária (e técnica), do seu modo facilitando a transferência de recursos públicos para o setor privado, e criou um celeiro de novos universitários que experimentam imensas dificuldades de permanência. Na UFF e em outras universidades, os estudantes reivindicam assistência estudantil: auxílios, bandejão, alojamentos... entre outras coisas.

O avanço pontual na luta unificada da UFF

       Para a ANDES – Sindicato Nacional dos Docentes das instituições de Ensino Superior –  “A situação provocada pela priorização de investimentos do Estado no setor empresarial e financeiro causa impacto no serviço público”.

       Em meio a tantas adversidades conjunturais que comprometem a qualidade da educação pública, a UFF passa agora por uma fase de unificação das pautas com reivindicações, na perspectiva de potencializar as chances de avançarmos nas negociações com o Governo Dilma.


      A adesão consensual  dos estudantes à greve dos Professores, a criação de comissões de greve conjunta  representada pelos três segmentos (Estudantes, Professores e funcionários administrativos), precisa se consolidar na UFF e no Brasil. Entender que a construção da universidade que queremos derivará dos esforços coletivos e sinceros de todos, com a finalidade de democratizar a instituição pública universitária.    

A UJC na reconstrução do Movimento Estudantil

Em Setembro de 2011 tivemos, em Porto Alegre, o Seminário Nacional de Universidade Popular. A UJC foi protagonista durante este processo e estamos trabalhando desde então para construir junto a outras organizações o Movimento Nacional pela Universidade Popular. O SENUP foi um grande sucesso, se diferenciado completamente dos congressos da UNE, por se caracterizar pelo consenso na elaboração da estratégia e tática de um Movimento Nacional poderoso pela Universidade Popular.  

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“ A construção de uma formação oposta à lógica dominante exige não só o apetite pelo conhecimento, mas também a ânsia por transformação, colocando o conhecimento como bem social e coletivo e não uma aquisição individual.”

                                                                                         Carta de Porto Alegre – SENUP 2011

Pra começar, que fazer?

 Criação de GT de Expansão Popular nas Universidades do Brasil, Utilizar nosso conhecimento a serviço das reais demandas populares, democratizar todos os espaços de debates e deliberações, Combater a meritocracia inerente ao método do vestibular, lutar por direitos permanentes como a construção de alojamento estudantil e bandejão em todas as universidades.



Queremos um movimento estudantil com outra cara! Um movimento que se construa autônomo, engajado, unificado!
ujcampos@gmail.com







                                                        

                                                                                                                  




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