Síria adverte sobre não cumprimento do plano de Kofi Annan |  |  |  |
Escrito por Erica Soares |
lunes, 09 de abril de 2012 |
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09 de abril de 2012, 09:43Damasco, 9 abr (Prensa Latina) A Síria advertiu que aceita cumprir o plano do enviado especial da ONU, Kofi Annan, se for respeitada sua soberania e garantido o desarmamento dos grupos que praticam a violência armada e terrorista no país.
No entanto, Annan não ofereceu garantias por escrito de que os grupos armados tenham acordado deter a violência, nem tampouco que Catar, Arábia Saudita e Turquia se comprometem a deter seu financiamento e o fornecimento de armas, destaca uma declaração da Chancelaria, divulgada hoje por meios nacionais.
A advertência coincide com a viagem a Moscou do ministro do Exterior Walid Al-Moallen para tratar os vínculos bilaterais e em especial sobre a aplicação da proposta de Annan, segundo afirmou-se.
O porta-voz da Chancelaria, Jihad Makdessi, informou que Damasco decidiu aceitar a proposta de Annan depois que este afirmou ao presidente Bashar Al-Assad que sua missão estaria baseada no respeito à soberania e se comprometeu a trabalhar para deter todo tipo de violência, inclusive o desarmamento dos grupos.
Isso garantiria, foi o compromisso, o controle do Estado sobre todo seu território e então se poderia começar um diálogo nacional integral com a oposição síria, disse o porta-voz.
No entanto, desde que fez-se o anúncio da aceitação do plano de Annan esses grupos intensificaram suas ações armadas e terroristas, assim como as tentativas de infiltrações de grupos armados vindos da Turquia e do Líbano, denunciou Makdessi.
Assinalou que o discurso do enviado ao Conselho de Segurança da ONU foi interpretado como se a Síria tivesse se comprometido a retirar as forças das cidades até 10 de abril, "mas essa interpretação está errada", enfatizou Makdessi e enfatizou que Damasco ainda não recebeu nenhuma garantia por escrito que lhe assegure que se porá fim à violência armada e terrorista.
O governo sírio está disposto -afirmou o porta-voz- a continuar a cooperação com Annan para a implementação de seu plano e lhe informará dos passos, conforme a essas garantias.
Não obstante, esclareceu, a Síria não repetirá o que ocorreu durante a missão dos observadores árabes, quando se comprometeu a retirar as tropas, o que foi aproveitado pelos grupos armados para reorganizarem-se e se armarem, e assim ocuparam comunidades inteiras.
oda/mh/es |
Modificado el ( lunes, 09 de abril de 2012 ) |
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