 10 de noviembre de 2011, 12:23Teerã, 10 nov (Prensa Latina) O líder supremo da revolução islâmica, aiatolá Alí Khamenei, advertiu hoje que o Irã responderá com "forte golpe e punhos de ferro" qualquer eventual ataque de Israel, Estados Unidos e seus aliados ao país persa.
"Nossos inimigos, particularmente o regime sionista, os Estados Unidos e seus aliados, devem saber que qualquer tipo de ameaça e ataque será respondido firmemente", assinalou a guia espiritual iraniana em uma alocução difundida pela televisão estatal.
"Nossa nação, os Guardiões da Revolução (corpo militar de elite) e o Exército responderão os ataques com um forte golpe e punhos de ferro", assegurou Khamenei ao mesmo tempo que defendeu o direito do Irã a desenvolver a energia nuclear pacífica.
O líder supremo aconselhou os regimes de Tel Aviv, Washington e de nações europeias absterem-se de qualquer agressão militar contra instalações nucleares iranianas, em alusão a ameaças de autoridades de alto escalão dos países citados.
Em termos similares pronunciou-se ontem o presidente Mahmoud Ahmadinejad, que recusou um relatório do Organismo Internacional da Energia Atômica (OIEA), no qual se acusou Teerã de trabalhar no desenvolvimento de um tipo de bomba nuclear, mas não contribuiu provas convincentes.
Ao falar em um ato na província de Chaharmahal-Bakhtiari, Ahmadinejad destacou que a República Islâmica "não retrocederá a largura de uma agulha sequer" em seu caminho nuclear, inclusive após o questionado relatório da agência da ONU.
Depois de chamar o diretor geral do OIEA, Yukiya Amano, de "marionete estadunidense", perguntou-se por que não emite um relatório sobre as atividades nucleares norte-americanas e israelenses, e lamentou que tenha manchado a dignidade do organismo internacional.
A respeito, o vice-secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Alí Baqeri, considerou "não construtivo" o documento emitido na terça-feira à noite, apesar da disposição prévia de Teerã a cooperar e negociar.
Baqeri considerou que o relatório dilacerará a credibilidade da instituição porque se apoia em alegações infundadas dos Estados Unidos e Israel sobre propósitos supostamente militares do programa atômico iraniano, apesar das autoridades locais as terem desmentido.
O Irã, que recusou o documento por estimá-lo "desbalanceado, não profissional e preparado com motivações políticas sob pressão de Washington", chamou, quarta-feira na ONU, a mudanças "fundamentais" na estrutura e agenda do Conselho de Segurança da organização.
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