terça-feira, 10 de maio de 2011

Publicada em 08 de maio de 2011 · 17:25

Trabalhadores da Construção Civil anunciam paralisação no Porto do Açu

Ururau
Manifestação prevista para ter início às 5h30
Manifestação prevista para ter início às 5h30
Manifestação prevista para ter início às 5h30
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e Mobiliário, em Campos, José Carlos da Silva Eulálio em entrevista concedida ao Site Ururau na tarde deste domingo (08/05) anunciou que está acertada uma manifestação para esta segunda-feira (09/05) no Porto do Açu, em São João da Barra, onde trabalham cerca de 8 mil trabalhadores da construção civil.

A paralisação foi programada para ter início já na noite de domingo (08/05), com os trabalhadores do plantão da noite.

“Infelizmente nós temos que voltar a fazer isso, pois a empresa ARG, descumpriu aquilo que foi acordado junto ao Ministério do Trabalho, ao coronel representante da EBX, de que os trabalhadores iriam receber todas as diferenças salariais retroativas referentes a 2010, e a equiparação com o Porto do Rio de Janeiro, mas isso não ocorreu em sua totalidade”, destacou Eulálio.

Além de anunciar o descumprimento do acordo, Eulálio declarou que houve desconto que não estavam previstos. “Ainda descontaram as horas in intinere dos trabalhadores, independente de função de fevereiro de 2010 até a presente data, e que não foi pago a encarregados, técnico de segurança e do setor administrativo, que também tem direito”.

“Alguns trabalhadores receberam em seus contra cheques, a equiparação e outros não, havendo com isso o descumprimento. Não houve até agora nenhum pagamento, nem tampouco a contratação da empresa CPR, para a fixação dos 30% de periculosidade que todo o trabalhador do Porto tem direito, afinal a obra é totalmente periculosa. Basta apenas nesta perícia quem tem direito a insalubridade. Por estes descumprimentos, nós resolvemos juntos com a comissão de trabalhadores, a paralisação total, até que a empresa ARG, através de seu proprietário se faça presente e com dinheiro na conta para todo mundo. Enquanto não tiver isso, não haverá atividade”, garantiu Eulálio.

O descumprimento anunciado pelo presidente do Sindicato, foi por ele considerado um abuso: “É uma falta de consideração, uma falta de respeito a minha pessoa, com a pessoa do sub delegado, gerente regional do trabalho em Campos, que assinou junto e também da palavra do coronel da EBX, que também estava presente”.

A informação passada foi a de que os trabalhadores do turno da noite já não iriam trabalhar e à partir das 5h30 de segunda-feira (09/05), nenhum coletivo com funcionários irá passar no portão de entrada do Porto, onde está prevista uma manifestação. Desta forma, a paralisação não ficará restrita aos funcionários da ARG, mas atingirá as atividades de todas as empresas do Porto do Açu. “Podem colocar 500 milhões de policiais que não haverá movimentação alguma no Porto. Pode ser o homem maior do mundo, mas eu irei enfrentar”.

“Isto é uma vergonha, nenhum dirigente desta empresa vai desmoralizar um presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Campos. Chegaram a dizer que o Sindicato estaria recebendo uma verba para acomodar isso, não é verdade e aqui estamos prontos para manter a paralisação, que acreditamos, não se encerrará nesta segunda-feira, pois são muitos pontos a serem corrigidos”.

Em outro trecho da conversa que foi gravada pela equipe do Site Ururau, Eulálio aposta novamente na ação do Ministério Público. “Que o Ministério do Trabalho possa tomar as medidas cabíveis para solucionar este problema, pois por muito menos a empresa Santa Bárbara foi retirada do canteiro de obras. Porque esta ARG não pode ser retirada?. Na terça-feira estaremos no Rio de Janeiro expondo essa situação ao TRT, na quarta estaremos no Ministério Público do Trabalho em Campos, com uma audiência já agendada para absorver todos estes comprovantes de erros e de fraudes”, anunciou Eulálio.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e Mobiliário, dos cinco itens acordados que foram equiparação, retroatividade nas horas in intinere (estes dois principalmente foram totalmente descumpridos) e ainda a periculosidade (a empresa não foi contratada), não foram apresentadas as planilhas de negociação e planejamento.

Ururau
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