Reflexões de Fidel Castro: Os debates do Congresso
O comandante da Revolução Cubana, Fidel Castro, comenta os trabalhos do 6º Congresso do Partido Comunista Cubano, iniciado no último sábado (16). Fidel enaltece a nova geração de comunistas cubanos e assinala sua responsabilidade: "É dever da nova geração de homens e mulheres revolucionários ser modelo de dirigentes modestos, estudiosos e incansáveis lutadores pelo socialismo".
Escutei neste domingo, às 10 da manhã, os debates dos delegados ao 6º Congresso do Partido.
Eram tantas as Comissões que, como é lógico, não pude escutar todos os que falaram.
Eles estavam reunidos em cinco Comissões para discutir numerosos temas. Eu também aproveitava os intervalos para respirar com calma e consumir algum energético de origem agrícola. Eles seguramente o faziam com mais apetite por seu trabalho e sua idade.
Assombrava-me a preparação desta nova geração, com tão elevado nível cultural, tão diferente da que se alfabetizava precisamente em 1961, quando os aviões ianques de bombardeio, em mãos mercenárias, atacavam a Pátria. A maior parte dos delegados ao Congresso do Partido era criança ou não tinha nascido.
Não me importava tanto o que diziam, mas a forma como diziam. Estavam tão preparados e era tão rico seu vocabulário, que eu quase não os entendia. Discutiam cada palavra, e até a presença ou a ausência de uma vírgula no parágrafo em debate.
Sua tarefa ainda é mais difícil que a assumida por nossa geração quando se proclamou o socialismo em Cuba, a 90 milhas dos Estados Unidos.
Por isso, persistir nos princípios revolucionários é, a meu juízo, o principal legado que podemos deixar-lhes. Não há margem para o erro neste instante da história humana. Ninguém deve desconhecer essa realidade.
A direção do Partido deve ser a soma dos melhores talentos políticos de nosso povo, capaz de enfrentar a política do império que põe em perigo a espécie humana e gera bandidos como os da Otan, capazes de lançar em apenas 29 dias, desde o inglório “Odisseia do Amanhecer”, mais de 4 mil missões de bombardeio sobre uma nação da África.
É dever da nova geração de homens e mulheres revolucionários ser modelo de dirigentes modestos, estudiosos e incansáveis lutadores pelo socialismo. Sem dúvida, constitui um difícil desafio, na época bárbara das sociedades de consumo, superar o sistema de produção capitalista, que fomenta e promove os instintos egoístas do ser humano.
A nova geração está chamada a retificar e mudar sem vacilação tudo o que deve ser retificado e mudado, e seguir demonstrando que o socialismo é também a arte de realizar o impossível: construir e levar a cabo a Revolução dos humildes, pelos humildes e para os humildes, e defendê-la durante meio século da mais poderosa potência de todos os tempos.
Fidel Castro Ruz
17 de abril de 2011
Escutei neste domingo, às 10 da manhã, os debates dos delegados ao 6º Congresso do Partido.
Eram tantas as Comissões que, como é lógico, não pude escutar todos os que falaram.
Eles estavam reunidos em cinco Comissões para discutir numerosos temas. Eu também aproveitava os intervalos para respirar com calma e consumir algum energético de origem agrícola. Eles seguramente o faziam com mais apetite por seu trabalho e sua idade.
Assombrava-me a preparação desta nova geração, com tão elevado nível cultural, tão diferente da que se alfabetizava precisamente em 1961, quando os aviões ianques de bombardeio, em mãos mercenárias, atacavam a Pátria. A maior parte dos delegados ao Congresso do Partido era criança ou não tinha nascido.
Não me importava tanto o que diziam, mas a forma como diziam. Estavam tão preparados e era tão rico seu vocabulário, que eu quase não os entendia. Discutiam cada palavra, e até a presença ou a ausência de uma vírgula no parágrafo em debate.
Sua tarefa ainda é mais difícil que a assumida por nossa geração quando se proclamou o socialismo em Cuba, a 90 milhas dos Estados Unidos.
Por isso, persistir nos princípios revolucionários é, a meu juízo, o principal legado que podemos deixar-lhes. Não há margem para o erro neste instante da história humana. Ninguém deve desconhecer essa realidade.
A direção do Partido deve ser a soma dos melhores talentos políticos de nosso povo, capaz de enfrentar a política do império que põe em perigo a espécie humana e gera bandidos como os da Otan, capazes de lançar em apenas 29 dias, desde o inglório “Odisseia do Amanhecer”, mais de 4 mil missões de bombardeio sobre uma nação da África.
É dever da nova geração de homens e mulheres revolucionários ser modelo de dirigentes modestos, estudiosos e incansáveis lutadores pelo socialismo. Sem dúvida, constitui um difícil desafio, na época bárbara das sociedades de consumo, superar o sistema de produção capitalista, que fomenta e promove os instintos egoístas do ser humano.
A nova geração está chamada a retificar e mudar sem vacilação tudo o que deve ser retificado e mudado, e seguir demonstrando que o socialismo é também a arte de realizar o impossível: construir e levar a cabo a Revolução dos humildes, pelos humildes e para os humildes, e defendê-la durante meio século da mais poderosa potência de todos os tempos.
Fidel Castro Ruz
17 de abril de 2011
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