Após ser aprovada no senado, reformas da previdência municipais, como o SAMPAPREV em São Paulo, passam a atingir as demais cidades do interior do país.
Lucas Barbosa
Foto: Reprodução
SÃO PAULO – O governo do Prefeito Orlando Morando (PSDB) aprovou ontem (23) o projeto previdenciário para os servidores públicos municipais. Ficou clara a submissão da maioria dos vereadores, que mesmo com os apelos dos servidores públicos que ocuparam a câmara desde às 7h da manhã até às 20h, aprovou uma reforma que ataca frontalmente a aposentadoria dos trabalhadores.
Vergonhosamente o prefeito deu ordem a GCM para intimidar o povo durante toda sessão. Os portões da prefeitura foram fechados para que os servidores não entrassem no plenário da câmara municipal durante a votação. Ironicamente, a dita “casa do povo” não aceita a entrada do povo trabalhador quando ela se reúne para atacar direitos.
Mesmo após ser aprovada uma liminar na justiça que adiava a votação, houve uma movimentação durante todo o dia para derrubar a liminar e aprovarem a Reforma da Previdência que confisca salários e prejudica dramaticamente a aposentadoria dos servidores públicos.
A Reforma da Previdência imposta pelo prefeito Orlando Morando acompanha a Reforma de Bolsonaro, aprovada pelo Congresso Nacional. Revelando o seu lado mais perverso e violento com os servidores públicos, impondo uma reforma que vai reduzir os salários dos servidores ativos, aposentados e pensionistas. Com o desemprego que aumenta e aprofunda ainda mais a miséria para muitos trabalhadores(as), essa “reforma” vai elevar a idade mínima para se aposentar –65 anos para homens e 62 anos para mulheres.
Mesmo alegando que os fundos do SBCprev são superavitários, garantindo os valores das aposentadorias até 2043, o projeto de lei faz mudanças que prejudica 20 mil servidores. Significará alguns anos na inatividade, sem renda do trabalho ou de proventos da previdência, avalia o Dieese. Mesmo para aqueles que se encaixam nas regras de transição será necessário trabalhar mais tempo para conseguir se aposentar, e com valores inferiores aos que receberiam pelas regras atuais.
Ao final da votação, mesmo após um dia exaustivo de resistência do povo trabalhador de São Bernardo do Campo, foi realizado uma assembleia em frente à prefeitura. Ficou clara a disposição de luta dos servidores principalmente ligados a educação, não aceitando qualquer redução de direitos e convocando o povo a se manter na luta em defesa da sua aposentadoria.
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