Governo da Venezuela recusa politização de necessidades médicas
Caracas, 1 jun (Prensa Latina) O Governo da Venezuela recusou as tentativas da oposição de politizar as necessidades médicas do povo, agudizadas hoje pelo bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto ao país pelos Estados Unidos.
Durante uma reunião com o Estado Maior do Plano de Atenção às Vítimas da Guerra Econômica, efetuada no Palácio de Miraflores, o mandatário Nicolás Maduro chamou as forças opositoras a pôr as diferenças políticas de um lado e trabalhar pelo bem comum.
'A política é a arte de expor ideias, de defender projetos, (...) não de fazer dano para tratar de construir uma estratégia de poder', enfatizou o presidente venezuelano com respeito à postura de cumplicidade proposta pela direita frente às medidas coercitivas aplicadas por Washington e seus aliados.
As sanções ditadas pela administração de Donald Trump contra Petróleos da Venezuela (Pdvsa), o embargo da filial em território estadunidense, Citgo, e o bloqueio de reservas internacionais impedem o Executivo bolivariano manter o financiamento de programas assistenciais no exterior e a aquisição de medicamentos.
Ante este palco, Maduro assegurou que a delegação governamental ao diálogo político instalado na Noruega proporá a libertação e pagamento de recursos financeiros para cobrir doenças e tratamentos de alto custo para os venezuelanos.
Como uma alternativa para sanar estas dificuldades, a Venezuela desembolsou ao redor de seis milhões de euros adicionais para a compra de medicamentos e dar cobertura a tratamentos pendentes, fundos que também foram sequestrados por uma entidade financeira.
Agregou que o Governo de Cuba ofereceu apoio médico e coordenou a atenção de quatro casos de crianças venezuelanas, cuja recuperação se viu afetada pelas sanções financeiras dos Estados Unidos.
Mais cedo, o chanceler Jorge Arreaza denunciou a cumplicidade da oposição com a hostilidade da Casa Branca e o aproveitamento com fins políticos de seus efeitos nocivos na população mais vulnerável.
'São coautores do bloqueio e mentem com cinismo. As sanções dos EUA geram uma reação imediata na banca: o 'overcompliance' (sobre cumprimento). Interrompe-se toda transação e relação com a Venezuela, afetando todas as áreas, incluindo saúde e alimentação', escreveu o titular na rede social Twitter.
O chefe da diplomacia venezuelana agregou que 'sobre cumprimento das sanções é um efeito imediato ante o temor das entidades financeiras de ser sancionadas. Ao interromper toda relação com a Venezuela, fazem impossível pagar por importações de medicamentos, alimentos, tratamentos, insumos. É um bloqueio criminoso'.
Arreaza respondeu assim a uma publicação do deputado opositor Juan Guaidó -reconhecido por Washington e seus aliados internacionais como presidente interino do país-, que indicou que o Governo 'gasta milhões para comprar armas enquanto a Venezuela atravessa uma trágica crise de saúde (...)'.
'Das ações mais vis e ruim da direita venezuelana e seus amos imperiais é a indolência frente ao sofrimento de nossas crianças, traficam com a dor dos mais precisados para satisfazer suas ânsias criminosas: roubar-se o dinheiro dos venezuelanos para presentear seus amos', criticou por sua vez a vice-presidenta Delcy Rodríguez.
A presidenta da Fundação Latino-americana pelos Direitos Humanos e o Desenvolvimento Social (Fundalatin), María Russián, denunciou nesta sexta-feira que 15 pacientes venezuelanos correm risco de perder a vida como consequência do bloqueio econômico.
Quatro destes doentes são menores de idade, e estão na Itália à espera do tratamento médico fornecido pela Associação de Transplante de Medula óssea (ATMO), convênio financiado com recursos de Citgo, a filial da estatal Petróleos da Venezuela (Pdvsa) em território dos Estados Unidos, enfatizou a ativista.
'Temos entendido que na Itália tinha 26 pacientes, dos quais faleceram três pelas condições que produz o câncer. Falamos com 20 deles, que esperam transplante de medula óssea e expressam seu temor por como costearão sua intervenção sem apoio do Estado', indicou Russián.
Detalhou que desde fevereiro último, depois da entrega ilegal de Citgo à administração estadunidense por parte da ultradireita venezuelana, a dezenas de pacientes deixou de receber recursos monetários por parte do Governo.
Nesse sentido, recordou que a raiz da dificuldade para cancelar o tratamento médico, quatro crianças faleceram no Hospital JM dos Rios, localizado em Caracas, à espera de transplante hepático.
Os menores de idade faziam parte do grupo de 30 pacientes que receberiam atenção especializada desde janeiro passado através do convênio entre Pdvsa e ATMO.
tgj/wup/cvl/cc
'A política é a arte de expor ideias, de defender projetos, (...) não de fazer dano para tratar de construir uma estratégia de poder', enfatizou o presidente venezuelano com respeito à postura de cumplicidade proposta pela direita frente às medidas coercitivas aplicadas por Washington e seus aliados.
As sanções ditadas pela administração de Donald Trump contra Petróleos da Venezuela (Pdvsa), o embargo da filial em território estadunidense, Citgo, e o bloqueio de reservas internacionais impedem o Executivo bolivariano manter o financiamento de programas assistenciais no exterior e a aquisição de medicamentos.
Ante este palco, Maduro assegurou que a delegação governamental ao diálogo político instalado na Noruega proporá a libertação e pagamento de recursos financeiros para cobrir doenças e tratamentos de alto custo para os venezuelanos.
Como uma alternativa para sanar estas dificuldades, a Venezuela desembolsou ao redor de seis milhões de euros adicionais para a compra de medicamentos e dar cobertura a tratamentos pendentes, fundos que também foram sequestrados por uma entidade financeira.
Agregou que o Governo de Cuba ofereceu apoio médico e coordenou a atenção de quatro casos de crianças venezuelanas, cuja recuperação se viu afetada pelas sanções financeiras dos Estados Unidos.
Mais cedo, o chanceler Jorge Arreaza denunciou a cumplicidade da oposição com a hostilidade da Casa Branca e o aproveitamento com fins políticos de seus efeitos nocivos na população mais vulnerável.
'São coautores do bloqueio e mentem com cinismo. As sanções dos EUA geram uma reação imediata na banca: o 'overcompliance' (sobre cumprimento). Interrompe-se toda transação e relação com a Venezuela, afetando todas as áreas, incluindo saúde e alimentação', escreveu o titular na rede social Twitter.
O chefe da diplomacia venezuelana agregou que 'sobre cumprimento das sanções é um efeito imediato ante o temor das entidades financeiras de ser sancionadas. Ao interromper toda relação com a Venezuela, fazem impossível pagar por importações de medicamentos, alimentos, tratamentos, insumos. É um bloqueio criminoso'.
Arreaza respondeu assim a uma publicação do deputado opositor Juan Guaidó -reconhecido por Washington e seus aliados internacionais como presidente interino do país-, que indicou que o Governo 'gasta milhões para comprar armas enquanto a Venezuela atravessa uma trágica crise de saúde (...)'.
'Das ações mais vis e ruim da direita venezuelana e seus amos imperiais é a indolência frente ao sofrimento de nossas crianças, traficam com a dor dos mais precisados para satisfazer suas ânsias criminosas: roubar-se o dinheiro dos venezuelanos para presentear seus amos', criticou por sua vez a vice-presidenta Delcy Rodríguez.
A presidenta da Fundação Latino-americana pelos Direitos Humanos e o Desenvolvimento Social (Fundalatin), María Russián, denunciou nesta sexta-feira que 15 pacientes venezuelanos correm risco de perder a vida como consequência do bloqueio econômico.
Quatro destes doentes são menores de idade, e estão na Itália à espera do tratamento médico fornecido pela Associação de Transplante de Medula óssea (ATMO), convênio financiado com recursos de Citgo, a filial da estatal Petróleos da Venezuela (Pdvsa) em território dos Estados Unidos, enfatizou a ativista.
'Temos entendido que na Itália tinha 26 pacientes, dos quais faleceram três pelas condições que produz o câncer. Falamos com 20 deles, que esperam transplante de medula óssea e expressam seu temor por como costearão sua intervenção sem apoio do Estado', indicou Russián.
Detalhou que desde fevereiro último, depois da entrega ilegal de Citgo à administração estadunidense por parte da ultradireita venezuelana, a dezenas de pacientes deixou de receber recursos monetários por parte do Governo.
Nesse sentido, recordou que a raiz da dificuldade para cancelar o tratamento médico, quatro crianças faleceram no Hospital JM dos Rios, localizado em Caracas, à espera de transplante hepático.
Os menores de idade faziam parte do grupo de 30 pacientes que receberiam atenção especializada desde janeiro passado através do convênio entre Pdvsa e ATMO.
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