quarta-feira, 18 de abril de 2018

Garoto filmado durante 'ataque químico' em Douma revela detalhes

OUVIR RÁDIO
    Reprodução da TV do vídeo sobre supostas vítimas de ataque químico em Douma

    Garoto filmado durante 'ataque químico' em Douma revela detalhes

    Reprodução
    ORIENTE MÉDIO E ÁFRICA
    URL curta
    442
    O garoto síria Hassan Diab, que aparece em um vídeo da ONG "Capacetes Brancos" como uma suposta "vítima" do ataque com armas químicas em Douma, revelou o que aconteceu na realidade.
    "Estávamos no porão. Minha mãe me disse que não temos nada para comer hoje. Comeríamos só amanhã. Então ouvimos gritos na rua - todos deveríam ir até o hospital. Corremos para o hospital e, assim que chegamos, fui agarrado e começaram a jogar água em cima de mim. Depois nós colocaram na maca, junto à outras pessoas", contou o garoto em entrevista para a emissora Rossiya 24.
    O correspondente de guerra da emissora, Yevgeny Poddubny, destacou que o garoto foi obrigado a participar do vídeo.
    "O garoto não tinha o que comer. Ofereceram arroz, tâmaras e biscoitos para ele participar da filmagem", disse ele. 
    As palavras de Hassan foram confirmadas pelo seu pai, que confirmou o fato de não ter tido nenhum tipo de ataque químico na cidade.
    "Quando soube que a criança está no hospital, pedi licença no trabalho e corri para lá. Não havia arma química alguma. Eu fumei na rua e não senti nada. Cheguei no hospital e vi a minha família. Os combatentes deram tâmaras, biscoitos e arroz pela filmagem e liberaram todos. O meu filho estava se sentindo muito bem", revelou o pai do garoto.
    Posição do Ocidente
    No início de abril, o Ocidente acusou Damasco de realizar ataque químico contra a cidade de Douma, na Ghouta Oriental, e ameaçou retaliar. Moscou negou a informação sobre uma bomba de cloro, supostamente atirada por militares sírios. A chancelaria russa declarou que a desinformação sobre ataques químicos na Síria busca proteger os terrositas e justificar atuação militar de terceiros no país árabe. 
    Na madrugada de 14 de abril, EUA, Grã-Bretanha e França realizaram um ataque de mísseis conjunto contra instalações do governo sírio que, segundo o Ocidente, eram usadas na fabricação de armas químicas. Mais de 100 mísseis foram disparados, 71 dos quais foram abatidos por defesa antiaérea síria. As forças russas não foram mobilizadas, mas acompanharam o ataque. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, classificou o ataque como agressão contra um país soberano.
    Anterior Proxima Inicio

    0 comentários:

    Postar um comentário