Servidores fazem protesto contra pacote anticrise do estado
Segundo organizadores, ato reuniu pelo menos mil pessoas nesta sexta
- ATUALIZADA ÀS
Rio - Centenas de servidores estaduais voltaram às ruas para protestar contra as medidas anticrise anunciadas pelo governador Luiz Fernando Pezão, na Candelária, Centro do Rio, nesta sexta-feira. De acordo com os organizadores, o ato reuniu pelo menos mil pessoas nesta tarde. Até o momento, não houve registros de tumulto no local.
Segundo o Centro de Operações da Prefeitura, os motoristas enfrentaram retenção na Rua 1º de Março e na Avenida Antônio Carlos por causa da interdição parcial da Avenida Presidente Vargas. A passeata se concentrou na Candelária, seguiu pela Avenida Rio Branco e foi até o prédio da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

Entre os participantes estão representantes de sindicatos, da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Fundação Escola de Serviço Público do Estado do Rio de Janeiro (Fesp). Na passeata, eles também se manifestaram contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, antiga 241, que congela os gastos públicos por 20 anos. Servidora do estado, Valeria Câmara Pacheco, de 54 anos, reclamou que ainda não recebeu 13º salário deste ano. "Estou lutando contra a PEC 55", reforçou.
Nesta quinta-feira, o presidente da Alerj já havia anunciado que as discussões sobre o pacote anticrise começam na semana que vem e vão até o dia 30 deste mês. A previsão é que as votações ocorram em dezembro. Entre as medidas anunciadas estão o reajuste do Bilhete Único e a extinção do programa Aluguel Social.

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Esta semana foi marcada por pelo menos quatro manifestações contra o pacote anticrise. Na tarde da última segunda-feira, um grupo de servidores, principalmente da Segurança Pública, invadiu a Alerj. Segundo eles, os parlamentares não queriam recebê-los. Tapumes que contornavam a entrada da Casa chegaram a ser arrancados.
Na última quarta-feira, também houve confusão em protesto no Centro. A Polícia Militar utilizou gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral. Um funcionário do Departamento Geral de Ações Socioducativas (Degase) foi detido no ato. Nesta quinta-feira, os servidores voltaram às ruas contra o fim do Aluguel Social.
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