As notícias publicadas enfatizam que os cortes de verbas do Governo Federal na área da saúde provocaram tal situação. Hospitais como o Antônio Pedro, da UFF e Gaffrée e Guinle, vinculados à Unirio, anunciaram a suspensão de diversos serviços essenciais à população. Problemas semelhantes ocorrem no HU João de Barros Barreto, na Universidade Federal do Pará (UFPA), onde já foram desativados leitos, dentre os quais oito no Serviço de Doenças Infecto-Parasitárias, serviço exclusivo dos HUs, em que foram demitidos médicos e enfermeiros fundacionais e seguranças terceirizados. Além disso, faltam materiais e equipamentos para atendimentos aos pacientes. Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), pacientes sofrem sem exames devido a equipamentos quebrados.
Diante desta realidade de sucateamento, que afeta todos os HUs, independente do modelo de gestão adotado, tem aumentado o nível de mobilização nos hospitais universitários.
Na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), por exemplo, os servidores que estão trabalhando sob a gestão da Ebserh estão empreendendo um movimento pela melhoria das condições de atendimento à população no Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa.
Nos últimos meses, a comissão de servidores eleita pela assembleia setorial do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba (Sintespb) elaborou um relatório detalhado denunciando os problemas encontrados nas principais unidades da instituição e tem exigido a solução deles com várias ações, como reuniões com a gerência do hospital, audiência com a Reitoria, denúncias aos órgãos competentes e realização de atos públicos.
Embora os problemas ainda não tenham sido resolvidos, a luta dos trabalhadores do HULW serve de exemplo às demais bases da Fasubra. A luta cotidiana da Comissão Setorial, com o apoio da direção do Sintespb, tem conquistado a confiança da categoria e reacendido sua esperança de mudar a difícil realidade destas unidades de saúde. E esse é o primeiro passo para resolver os problemas: é reconquistar a confiança na luta.
Clodoaldo Gomes, militante do MLC
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