Crise do capitalismo amplia desigualdade social no mundo
Mesmo vivenciando um longo período de crise econômica, o sistema capitalista não deixa de reproduzir a sua lógica de exclusão e de formação de uma minoria de privilegiados. As sucessivas medidas de cortes em investimentossociais, reduções de salários, demissões, expressas nos chamados pacotes de austeridade, tem tido efeito contundente na concentração de renda na sociedade.
De acordo com dados levantados pela Ong britânica Oxfam, a riqueza acumulada do 1% mais rico da população mundial saiu de 44% em 2009, para 48% em 2014, e ultrapassará os 50% no ano que vem.
Essa evolução consolida o controle de mais da metade dos recursos naturais, indústrias e empresas, nas mãos de apenas 1% da população, mostrando que a política adotada durante o período de crise em nada teve como objetivo diminuir as desigualdades.
Já para os trabalhadores a realidade foi bem distinta. Ao todo, com a crise, foram mais de 200 milhões de desempregados, entre eles 75 milhões de jovens, sem que os recursos acumulados nas grandes empresas e fortunas recebessem, praticamente, nenhuma medida mais drástica para minimizar as desigualdades sociais e promover divisão das riquezas. Quer dizer, a conta está sendo paga pelos trabalhadores e a juventude.
Em pleno século XXI, ficam mais claras as afirmações de Marx quando tratava da acumulação de riquezas, debaixo do sistema capitalista: “… A acumulação de riqueza num polo é, portanto, ao mesmo tempo a acumulação de miséria, tormento de trabalho, escravidão, ignorância, brutalização e degradação moral no polo oposto.” (Marx, K. O Capital, Livro II, Capítulo XXIII).
Coordenação Nacional da UJR
0 comentários:
Postar um comentário