 Genebra, 29 ago (Prensa Latina) Enquanto o atual surto de Ebola ameaça afetar até 20 mil pessoas na África ocidental, a Organização Mundial de Saúde (OMS) apresentou uma folha de rota para coordenar os esforços internacionais destinados a acabar com a epidemia.
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A OMS procura controlar a transmissão do vírus em todo o mundo em um prazo de seis a nove meses, segundo um comunicado emitido ontem, onde também fez referência à necessidade de abordar, de forma paralela, o impacto sócio-econômico deste surto.
Essa folha de rota responde à necessidade urgente de ampliar de forma determinante a resposta internacional a uma crise, que segundo os especialistas ainda não atingiu seu momento mais crítico, pois 40% dos casos foram nas últimas semanas.
De acordo com o comunicado da OMS, a plataforma deve facilitar a prestação de serviços essenciais, como alimentos e outras provisões, abastecimento de água e saneamento, bem como atenção primária de saúde.
A doença causou a morte a pelo menos 1.552 pessoas em vários estados da África ocidental, dos 3.096 casos diagnosticados. Trata-se do maior e mais perigoso surto desde que o vírus foi descoberto em 1976 na África central. Os últimos relatórios da OMS advertem que Serra Leoa era o país mais afetado com 935 casos e 380 mortes, seguido por Guiné com 482 casos e 287 mortes; A Libária tem 322 casos e 225 mortes, enquanto a Nigéria treze casos e cinco falecidos.
O foco do vírus começou em março passado em Guiné, e depois se estendeu rapidamente para as outras nações vizinhas da África ocidental.
Segundo a OMS, o índice de mortalidade pelo vírus é de 52%, e oscila entre 42% de Serra Leoa até 66% de Guiné.
A entidade internacional de saúde teme que a doença poderia afetar 20 mil pessoas nessa região africana, e advertiu que a cifra de casos reais pode ser atualmente até quatro vezes superior ao conhecido oficialmente.
Na República Democrática do Congo, a OMS confirmou um surto de ebola que não está relacionado com o da África Ocidental.
A Organização Mundial de Saúde realizará uma reunião nos dias 4 e 5 de setembro para analisar os possíveis tratamentos contra essa doença, com presença de cientistas, pesquisadores em farmacêuticas, especialistas em requerimentos clínicos e profissionais em questões de ética.
O encontro tem como base a decisão da OMS de aplicar terapias experimentais.
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