terça-feira, 26 de agosto de 2014

Afrodescendentes em Ferguson, uma realidade recorrente nos EUA


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Imagen activaWashington, 25 ago (Prensa Latina) A situação da comunidade afro-americana em Ferguson, Missouri, não é uma exceção nos Estados Unidos, advertiu o jornalista Andrés Gómez em um artigo reproduzido hoje em meios digitais.
Segundo Gómez, diretor da revista Areito Digital e residente na cidade de Miami, o que acontece nessa localidade é a generalidade do que acontece em termos econômicos, sociais, educacionais e políticos no país.

Destacou que a violência policial nessas comunidades é típica do que acontece todos os dias com as forças policiais e suas vítimas são, principalmente, os jovens.

Gómez publicou a análise em ocasião do que qualificou como "terrível assassinato do adolescente afro-americano, Michael Brown, que estava desarmado, por um policial branco, Darren Wilson, na pequena municipalidade de Ferguson", no passado dia 9 de agosto, fato que detonou protestos raciais durante duas semanas.

Pelo menos seis balas acertaram o corpo do rapaz, duas delas disparadas contra a cabeça "por parte de um policial fora de controle ou controlado por seus instintos racistas", expressou.

Considerou que nos Estados Unidos se propiciam crimes como esse. "É tanto assim, que neste caso, a mais de duas semanas do assassinato de Michael Brown, seu assassino ainda não foi preso", sublinhou Gómez.

Michael Brown, de 18 anos de idade, não tinha antecedentes penais, tinha se formado recentemente da Normandy High School (ensino médio) e nove dias depois de seu assassinato, "ia começar seu primeiro ano de universidade em Vatterot College", escreveu. A extensão territorial de Ferguson é de 16 quilômetros quadrados com uma população que era de 21.111 habitantes em 2013. O mais recente censo (2010) apontou que 67% de seus residentes são afro-americanos e 29%, brancos, argumentou.

Apesar disso, em seu departamento de polícia composto por 50 agentes, 47 são brancos e só três são afro-americanos, insistiu.

O jornalista fez também uma comparação com Miami, "sétima cidade dos Estados Unidos - disse - em termos financeiros, comerciais, e nada menos que em termos culturais e educacionais", mas a realidade "é mais complexa e muito diferente", dimensionou.

Ao fazer uma comparação, Gómez assegurou que Miami, como municipalidade independente da área metropolitana do condado Miami-Dade, conta com indicadores que em alguns casos estão abaixo de Ferguson.

Integrada por 70% de habitantes de origem latino-americana; 19%, afro-americana; e 11% brancos não hispânicos, nessa cidade do sul, 29,5% vive abaixo do nível de pobreza, 9,5% a mais que a população de Ferguson, concluiu Gómez.

tgj/dfm/cc
Modificado el ( lunes, 25 de agosto de 2014 )

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