segunda-feira, 12 de maio de 2014

Prensa Latina/Governo alemão silencia ante presença mercenária na Ucrânia


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Imagen activaKiev, 12 mai (Prensa Latina) O Governo da Alemanha recusou comentar hoje informações sobre um relatório de seu serviço de inteligência (BND, em alemão) sobre a participação de mercenários estadunidenses na repressão contra opositores ucranianos, destaca hoje Ukrinform.
Por princípio, não comentamos a informação que aparece em meios de comunicação e se baseiam em dados provavelmente derivados de fontes dos serviços de segurança, afirmou o porta-voz governamental, Steffen Seibert, citado pela agência informativa ucraniana.

Ontem, o diário alemão Bild am Sonntag informou que 400 soldados de elite da companhia privada norte-americana Academy intervêm na operação repressiva contra os setores federalistas no sudeste ucraniano.

Segundo o jornal, o BND recebeu informação relevante dos serviços secretos de Washington e informou em 29 de abril ao executivo germano sobre a participação dos mercenários na repressão no sul-oriente junto às tropas dos golpistas de Kiev.

Até 2009, Academy era conhecida como Black Water e se fez infelizmente célebre durante a invasão contra o Iraque, onde seus assalariados cometeram crimes em massa contra a população e provocaram escândalos por contrabando de armas e outros delitos.

A própria Academy negou em seu site a participação dos mercenários na ofensiva militar de grande envergadura ordenada contra as regiões rebeldes nas quais violaram a ordem constitucional na Ucrânia com o golpe de Estado em 22 de fevereiro.

No entanto, forças de autodefesa de Slaviask confirmaram em 2 de maio que a interferência de comunicações de rádio evidenciou a presença de estrangeiros na operação punitiva do governo, ao qual denominou de junta golpista, segundo Itar-Tass.

Os Estados Unidos, no entanto, ratificaram no sábado passado seu apoio incondicional à repressão do governo ucraniano.

Um comunicado publicado pela Embaixada norte-americana em Kiev menciona como pilares da ajuda de Washington a Kiev para solucionar a crise o apoio financeiro, técnico e na ordem da segurança, segundo indicou a subsecretária de Estado Victoria Nuland.

Washington também tentou ocultar em 6 de maio seu protagonismo como principal sustentação do governo imposto na Ucrânia, ao desvirtuar o papel repressivo que desempenham em Kiev dezenas de oficiais de seu aparelho de espionagem.

Kommersant, diário russo, comentou a informação publicada recentemente pelo Bild am Sonntag sobre dezenas de agentes do FBI e da CIA enviados a Kiev para ajudar, em nome da Casa Branca, a reprimir a sublevação nas regiões do sudeste.

Destacou o jornal que o Departamento de Estado se apressou a desmentir essas informações com o argumento do envio desses especialistas com a tarefa de ajudar o governo ucraniano a pesquisar e reunir provas para recuperar os ativos subtraídos e sacados ao exterior e combater o crime organizado.

ro/jpm/bj
Modificado el ( lunes, 12 de mayo de 2014 )
 


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