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Do Coletivizando
Por Paulo Vinícius Silva
O Professor Grover Furr, que ensina História da Língua Inglesa, Literatura Mundial e História do Jornalismo na Universidade de Montclair (New Jersey, EUA) enfrenta há anos uma árdua batalha, nadando contra a corrente de um dogma que une trotskistas, utra-liberais, social democratas de esquerda, centro e direita, conservadores de todos os matizes, a grande imprensa burguesa, as religiões fundamentalistas, nazistas e fascistas de todos os nuances, e os revisionistas, ex-comunistas, kruschevistas et caterva: a demonização do líder soviético Josif Stalin.
Ora, raríssimos temas na História gozam de tamanha unanimidade, creio que nenhum. Contra tal narrativa, no século passado, Pablo Neruda, escrevendo sua derradeira obra, a autobiografia Confesso Que Vivi, ousou defender Stalin da demonização, em princípios dos anos 70. Mais recentemente, autores como o extinto líder do Partido do Trabalho Belga, Ludo Martens (Um outro Olhar Sobre Stalin), e o filósofo comunista italiano Domenico Losurdo (História Crítica de uma Lenda Negra), tiveram a coragem de publicar obras bastante documentadas que questionam a desconstrução e a demonização de Stalin, líder da URSS num dos períodos mais difíceis da História.
Ora, raríssimos temas na História gozam de tamanha unanimidade, creio que nenhum. Contra tal narrativa, no século passado, Pablo Neruda, escrevendo sua derradeira obra, a autobiografia Confesso Que Vivi, ousou defender Stalin da demonização, em princípios dos anos 70. Mais recentemente, autores como o extinto líder do Partido do Trabalho Belga, Ludo Martens (Um outro Olhar Sobre Stalin), e o filósofo comunista italiano Domenico Losurdo (História Crítica de uma Lenda Negra), tiveram a coragem de publicar obras bastante documentadas que questionam a desconstrução e a demonização de Stalin, líder da URSS num dos períodos mais difíceis da História.
A peça ganhou milhares de acessos no You Tube levando a uma campanha de difamação contra o Professor Furr, como parte de uma tendência mais ampla de neomaccarthismo, com a perseguição de intelectuais de esquerda que ensinam em universidades, retratados como pessoas perigosas que, como Sócrates, "corrompem a juventude". Sabemos o destino de Sócrates. A publicidade dada ao episódio e as pressões de direitistas eram claras ao pedir a cabeça de Furr. Até um site foi feito (http://stopgroverfurr.blogspot.com.br) em vários idiomas para o difamar, além de programas de TV, notícias em jornais e pressões sobre a Universidade.
David Horowitz, é um acadêmico, escreve, como se lhe podem parar? Retirando-lhe o emprego, cassando sua página e publicações na página de onde ensina, impedindo-lhe de declarar sua condição de professor universitário, ou atraves de métodos bem utilizados nos EUA para calar o contraditório, como Martin Luther King, Malcom X e mesmo o Presidente Kennedy poderiam testemunhar. Não ocorre aos paladinos da democracia jamais questionar a si próprios se seus atos não expressam aquilo que retoricamente buscam condenar.
Nessa campanha de perseguição, todavia, não puderam contar com a cumplicidade da instituição nem dos estudantes, que o defenderam. Querido, foram vários os testemunhos de seu rigor em classe, de sua capacidade e da clareza com que dá suas aulas de Literatura sem misturar os temas. O jornal estudantil da intituição, The Montclarion fez um equilibrado histórico das posições e da campanha de difamação contra o Professor Furr, gesto que somado à posição da instituição causam alegria nessas terras do Sul e alhures, a alegria de reconhecermos forças vivas em solo estadunidense que lutam contra o império da CIA, da Comunicação midiática, das petroleiras e do complexo industrial militar. Em tempos de Patriotic Act, essas expressões corajosas de esquerda comovem imensamente, e demandam a solidariedade internacionalista de todos os que apoiam lutadores e lutadoras que lutam no próprio estômago da besta imperialista, por exemplo pela liberdade acadêmica. E há muitos lutadores nos EUA, gente como Pete Seeger, Paul Robeson,MLK e Malcom X, Woody Guthrie, Harry Belafonte, Nina Simone, Susan Sarandon, Joan Baez, Mchael Moore, gente de fibra, admirável.
Todavia, o que sobressai em todo o debate, e em todo o ódio destilado contra Furr é que há razões de questionamentos para muitas das estórias que se difundem sobre a memorável luta do povo soviético e de seu líder para libertar a Humanidade do Nazismo. Também o tempo tem demonstrado que o fervor justiceiro dos kruschevistas serviu a propósitos menos nobres, em especial a negação da luta de classes, da Revolução, das deformações burocráticas na URSS que eles próprios representavam e do próprio assassinato de Stalin. O velho, que jamais fora derrotado, só tombou envenenado e deixado à morte por mais de um dia. E não bastou, era necessário destruí-lo simbolicamente, assim como a autoridade da URSS que tanto nos deu. Maiores expressões não há de traição ao socialismo, traição que Stalin jamais admitiu. Ao contrário, resistiu e se manteve em Moscou, inspirou milhões em todo o mundo na luta contra o fascismo. Não admitiu privilégios, e seu próprio filho, aviador, estava em combate. Capturado, nem se declarou filho de Stalin, nem seu pai aceitou as chantagens que se lhe fizeram para trocá-lo em termos desonrosos. O líder soviético também tinha quem prantear.
Como disse Brecht, "Do rio que tudo arras diz-se violento, mas não se dizem violentas as margens que o oprimem." O capitalismo e sua História jamais podem perdoar duas virtudes num(a) líder: amor a seu povo o suficiente para nunca o trair e a capacidade de vencer. Não é desarrazoada a campanha de décadas contra Stalin, peça central da propaganda contra o socialismo no século XX. Desarrazoado é acreditar acriticamente nela, sem sequer conhecer os rudimentos do debate, sem admitir o contraditório, esgrimindo chantagens emocionais que nada tem a ver com a Ciência, muito menos com a História. Essas são as sistemáticas posturas que se abatem contra o Professor Furr, afora um ódio que diz muito das convicções democráticas de seus difamadores. O que não há em todos os ataques que se lhe fizeram, dos que vi, em parte alguma, é a refutação das admiráveis moscas que ele, assim como Losurdo e Ludo Martens, põem na empada embolorada dessa história oficial que - não há motivo para dúvidas - ela sim constitui uma gritante falsificação, sustentada pela traição de Kruschev, sua camarilha e os trotsquistas, com que contaram o poder econômico e o monopólio midiático para desmerecer uma das mais importantes epopeias da História da Humanidade, a construção do socialismo na URSS sob brutal cerco, e sua capacidade, sob a liderança de Stalin, de unir a Humanidade, derrotar o nazismo, libertar os judeus dos campos de concentração e os países europeus sob domínio nazi-fascista. E parece que isso não se poderá jamais tirar de Stalin, assim como a admiração que na Rússia persiste quando se menciona o seu nome.
Fonte: blog Luis Nassif ONLINE
Como disse Brecht, "Do rio que tudo arras diz-se violento, mas não se dizem violentas as margens que o oprimem." O capitalismo e sua História jamais podem perdoar duas virtudes num(a) líder: amor a seu povo o suficiente para nunca o trair e a capacidade de vencer. Não é desarrazoada a campanha de décadas contra Stalin, peça central da propaganda contra o socialismo no século XX. Desarrazoado é acreditar acriticamente nela, sem sequer conhecer os rudimentos do debate, sem admitir o contraditório, esgrimindo chantagens emocionais que nada tem a ver com a Ciência, muito menos com a História. Essas são as sistemáticas posturas que se abatem contra o Professor Furr, afora um ódio que diz muito das convicções democráticas de seus difamadores. O que não há em todos os ataques que se lhe fizeram, dos que vi, em parte alguma, é a refutação das admiráveis moscas que ele, assim como Losurdo e Ludo Martens, põem na empada embolorada dessa história oficial que - não há motivo para dúvidas - ela sim constitui uma gritante falsificação, sustentada pela traição de Kruschev, sua camarilha e os trotsquistas, com que contaram o poder econômico e o monopólio midiático para desmerecer uma das mais importantes epopeias da História da Humanidade, a construção do socialismo na URSS sob brutal cerco, e sua capacidade, sob a liderança de Stalin, de unir a Humanidade, derrotar o nazismo, libertar os judeus dos campos de concentração e os países europeus sob domínio nazi-fascista. E parece que isso não se poderá jamais tirar de Stalin, assim como a admiração que na Rússia persiste quando se menciona o seu nome.
Fonte: blog Luis Nassif ONLINE
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