domingo, 27 de abril de 2014

Perto de concluir tema das drogas, EUA atrapalham paz das Farc.

domingo, 27 de abril de 2014




As Forças Armadas Revolucionária da Colômbia (Farc) e o governo colombiano voltaram à mesa de negociações, em busca de uma solução ao conflito que já dura mais de meio século. As partes discutem a questão das drogas – terceiro ponto da agenda e 24º ciclo de diálogos – e avançam na reconciliação. No entanto, em declarações à imprensa, a delegação do grupo guerrilheiro denunciou que, mesmo em meio ao processo de paz, os EUA seguem oferecendo uma recompensa pela captura de líderes das Farc.


Sob a acusação de envolvimento com o narcotráfico internacional, o Departamento de Estado norte-americano oferece em seu site uma recompensa de cinco milhões de dólares por Timoleón Jimenez (Timoshenko) e outros líderes das Farc, incluindo delegados que participam dos diálogos de paz. Contudo, nem mesmo o governo da Colômbia considera a guerrilha uma organização de tráfico de drogas.
"O governo dos Estados Unidos não ajuda para o processo de reconciliação da Colômbia com as suas falsas representações dos fatos sobre a questão do narcotráfico que está sendo discutido nas negociações de paz" declarou o negociador-chefe das Farc, Iván Márquez, no Palácio de Convenções em Havana, onde acontecem as reuniões entre as partes desde 2012.
"É contraditório que, enquanto o presidente (Barack) Obama expressa apoio ao processo (de paz), os porta-vozes do Departamento de Estado atuam contra essa finalidade", oferecendo recompensas para a captura dos líderes das Farc, acrescentou Marquez.
"Os Estados Unidos mentem", afirmaram representantes da guerrilha em um comunicado de imprensa, que também destaca que Washington "tem feito vista grossa para o comércio internacional de drogas para desestabilizar governos legítimos".
Avanços

Andrés París, membro da delegação insurgente, adiantou que ao término deste 24ª ciclo as partes “poderiam registrar avanços importantes”. Ele informou que houve um avanço significativo no tema das drogas ilícitas e ressaltou que tantos as Farc quanto os representantes do governo compartilham a vontade de evoluir os diálogos de paz.
París criticou, porém, alguns candidatos eleitorais, que fazem ataques constantes ao processo de paz em suas campanhas (a eleição presidencial na Colômbia está marcada para o próximo dia 5 de maio). O membro das Farc classificou-os como “inimigos dos diálogos”. “Todos buscam uma classificação política nesta reta final da campanha eleitoral”, afirmou.
Jesús Santrich, também delegado guerrilheiro, também falou sobre o consenso entre as partes no terceiro ponto da agenda. Ele disse que as discussões a respeito dos cultivos e do uso ilícito de drogas como a maconha, papoula e a folha de coca estão a ponto de serem concluídas. “Os avanços são bastantes substanciais, talvez tenhamos mais de 20 páginas redigidas”, expressou Santrich, que informou que o maior debate é em relação ao tema do narcotráfico.
Théa Rodrigues, da redação do Vermelho,
Com informações da
Prensa Latina e de agências de notícias

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Gustavo Petro: Se acataram as medidas da CIDH que protegem Bogotá hoje



O prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, quem foi restituído nesta quarta-feira 23 em seu cargo, disse que o ocorrido com seu caso em que “finalmente o presidente acatou as medidas cautelares da Comissão Interamericana de Direitos Humanos”, que agora, sim, protegem os bogotanos e beneficiam o programa que leva adiante.
Ante a dúvida de se a Procuradoria ou outro ente público poderiam apelar contra as tutelas interpostas pela defesa no Tribunal, Petro disse que seu Governo está blindado até as novas eleições municipais e que sua restituição tem validade.

Assim se caia a tutela, as medidas cautelares continuam vigentes e só se o presidente [Juan Manuel Santos] decide pela terceira vez não acatá-las, coisa que não creio que passe porque é pouco pertinente, poderia ocorrer uma nova destituição que não creio factível”, sustentou o prefeito bogotano.

Por outro lado, Petro referiu que seu programa Bogotá Humana e ao plano de coleta de lixo, pelo qual foi acusado em dezembro passado e destituído em março, estão dentro do marco constitucional e formavam parte das decisões políticas do prefeito designado por Santos, Rafael Pardo, após sua saída do gabinete.

O presidente da Colômbia anunciou nesta quarta-feira 23 sua decisão de restituir a Gustavo Petro como Prefeito de Bogotá, cargo para o qual foi eleito popularmente, após a tutela a seu favor emanada pelo Tribunal Superior de Bogotá.

Santos afirmou que sua decisão se deve a que, como mandatário, está obrigado a cumprir as leis da Colômbia. “Disto trata a democracia e o respeito pelas leis e quem tem que dar o exemplo em primeira instância é o Presidente da República”.

Vale recordar que, no passado 19 de março, o mandatário colombiano firmou a destituição de Petro e designou a Pardo como encarregado, após aprovar a decisão decretada pela Procuradoria da República.
teleSUR/och-GP
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