quinta-feira, 20 de março de 2014
prensalatina.com.br
Sindicatos paraguaios rechaçaram, na quarta-feira (19), as acusações
feitas pelo Ministro do Interior daquele país, Francisco de Vargas,
sobre supostas provas da preparação dos atos violentos durante a greve
geral convocada para a próxima quarta-feira (26).
Vargas assegurou a existência de gravações em aúdio de pessoas
vinculadas com a organização da mobilização da greve nacional, nas quais
se fala do planejamento de provocações à segurança pública para
propiciar a repressão aos manifestantes e a morte de alguns deles.
O ministro anunciou paralelamente que a partir da quarta (19) começou um
controle especial nas ruas de Assunção e outras cidades com a
mobilização de cerca de 15 mil policiais e o possível auxílio para esta
tarefa das forças militares, inclusive a demanda de identificação para
pedestres.
Após questionar a veracidade das supostas gravações e exigir que se
apresentem publicamente os nomes dos envolvidos, o dirigente nacional do
Sindicato dos Trabalhadores da Administração Nacional de Eletricidade
(Ande), José Pineda, afirmou que “tudo se trata de uma tentativa de jogo
político perverso perpetrado pelo governo de Horacio Cartes”. Segundo
ele “é uma mostra de total irresponsabilidade e, ao atuar assim, o
ministro Vargas mostra seu caráter imprudente”, destacou.
Por sua vez, o dirigente da Central Unitária de Trabalhadores Autêntica
(CUT-A), Bernabé Penayo, pediu a imediata identificação dos supostos
participantes no complô e reivindicou uma investigação sobre a denúncia
feita pelo ministro.
O Ministério do Interior está à frente da Comissão de Crise criada pelo
governo paraguaio diante do aumento da adesão de setores da produção e
serviços à greve que reunirá a população em protesto contra a política
econômica e social de Horacio Cartes.
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