Manda em Genebra quem manda em campo
Por Assad Frangieh.
Enquanto se tenta formar uma comitiva da “oposição” tutelada pelos países agressores contra a Síria, os avanços vitoriosos do Exército Sírio estão sendo omitidos pela mídia internacional apesar de suas importâncias estratégicas e que deixam o Estado Sírio na confortável situação de definir tanto a pauta como as deliberações de Genebra 2. Os mapas elaborados para os leitores do Oriente Mídia visam esclarecer melhor os aspectos geográficos da mobilização do Exército Sírio na recuperação da soberania e do Estado de Direito da Síria.


Enquanto se tenta formar uma comitiva da “oposição” tutelada pelos países agressores contra a Síria, os avanços vitoriosos do Exército Sírio estão sendo omitidos pela mídia internacional apesar de suas importâncias estratégicas e que deixam o Estado Sírio na confortável situação de definir tanto a pauta como as deliberações de Genebra 2. Os mapas elaborados para os leitores do Oriente Mídia visam esclarecer melhor os aspectos geográficos da mobilização do Exército Sírio na recuperação da soberania e do Estado de Direito da Síria.
Clique na imagem para ampliar – mapa 1
Legenda do Mapa 1: A última grande batalha
de Al-Ghouta oriental que aconteceu nas últimas três semanas foi
apelidada de “Suicídio Coletivo”. O cerco e as linhas em azuis mostram
como os militantes foram mobilizadas numa ofensiva que agregou de 4 a 5
mil combatentes com o objetivo de alcançar a cidade de Otaybah. Esta
cidade seria o portal para contornar o cerco e abrir-se em direção à
fronteira da Jordânia. Isso seria uma alternativa de quebrar o cerco e
alcançar o Aeroporto Internacional
de Damasco. A presença da bandeira palestina no cerco azul representa
os Campos de Yarmouk e Palestina onde violentos confrontos continuam
entre as facções palestinas pró e contra a Síria. As batalhas principais
estão apontadas pelas estrelas vermelhas. Três dias após o início das
ofensivas, o Exército Sírio recuperou totalmente o comando das batalhas
causando aproximadamente 1 mil combatentes mortos segundo os próprios sites de mídia
da oposição. As bandeiras verdes da Arábia Saudita foram postas porque
esta batalha foi conduzida essencialmente por militantes de
nacionalidade saudita dizimidos ou presos em massas. Imagens e vídeos
fortes mostram isso assim como declaração oficial do Governo da Síria de
ter capturado 300 sauditas, entre os quais ex-prisioneiros e um coronel
na ativa das forças armadas. Com a contra-ofensiva do Exército Sírio,
Al-Ghouta Oriental se torna cada vez mais próxima de retornar
integralmente nas mãos do Estado Sírio.
Clique na imagem para ampliar – Mapa 2
Legenda do Mapa 2: A recuperação
da cidade de Al-Nabak tem a mesma importância da recuperação da cidade
de Al-Qusayr porque representava a encruzilhada para o suprimento de
combatentes fundamentalistas, armas e munições em três sentidos. Ao
norte em direção a Homs, ao nordeste em direção a Deir El-Zour com
desvio para Aleppo e ao sul em direção à capital Damasco. E também por
estar a menos de 20 Kms da fronteira do Líbano. As linhas
pretas mostram tais linhas de suprimento. As estrelas azuis são
possíveis futuras regiões de confrontos que o Exército Sírio deverá
recuperá-las para fechar qualquer passagem do Líbano em direção à Síria.
Apenas na região de Al-Roqqa não há presença maciça do Exército Sírio e
consequentemente domínio dos grupos ligados a Al-Qaeda. A região de
Deir Al-Zour continua com a presença do Exército em confronto com os
fundamentalistas.
Clique na imagem para ampliar – Mapa 3
Legenda do Mapa 3: A linha amarela é a fronteira do
Líbano. As bandeiras amarelas são áreas de controle do Hezbollah e as
bandeiras pretas regiões de movimentação dos fundamentalistas ligados à
Al-Qaeda que recebem apoio direto e declarado pela Arábia Saudita
através de seus aliados libaneses englobados na Aliança 14 de março sob
a presidência de Saad Al-Hariri. A linha vermelha mostra as áreas que o
Exército Sírio foi recuperando e tornando-as seguras. Começou ao norte
por Sadad seguido por Mahin, al-Humeyra, Qarah, Deir Atiê e finalmente
Al-Nabak. Atualmente o Exército já entrou nas fazendas ao norte de
Yabroud conhecidas com Rima e se encontra a menos de 1 Km do centro da
cidade. as estrelas em azuis mostram cidades que ainda há presença de
fundamentalistas principalmente Yabroud, Rankous e mais ao sul
Al-Zabadani. A cidade de Maaloula encontra-se ocupada em parte pelos
fundamentalistas e cercada em sua entrada sudeste pelo Exército Sírio. O
cerco em azul na região de Duma mostra a entrada norte da Capital onde
há presença de fundamentalistas que devem ficar isolados e sem apoio de
armas, munições e combatentes. A estrela roxa mostra a região de Jayroud
onde há presença de fundamentalistas mas que acabarão dentro do cerco
gigante e provavelmente se retirarão em direção ao Leste. A linha roxa é
a estrada Damasco-Homs já totalmente assegurada pelo Exército Sírio
após a recuperação de Al-Nabak.Um comentário sobre “Manda em Genebra quem manda em campo”
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Assad Frangieh dez 11, 2013 8:22Um esclarecimento sobre a patente do Coronel saudita preso. Quando você captura um tenente numa batalha, sub-entende que você capturou um comandante de campo que liderava um grupo médio de 20 a 25 soldados. Um capitão comanda grupos de até 100 soldados, um major um grupo médio de até 300 soldados, um tenente coronel um grupo médio de 500 combatentes e um coronel pode chegar a liderar um grupo de até 800-1000 combatentes. A captura de uma patente elevada mostra o quanto o envolvimento operacional era grande e é chamado de “peixe gordo”.