segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
Trilhões de galáxias podem ter escapado nossa detecção
Realizar uma estimativa da
quantidade de matéria bariônica no universo é um dos trabalhos dos
astrônomos. Um dos métodos para tanto envolve contar as galáxias
visíveis em uma região do céu, estimar sua massa através do brilho que
elas apresentam, e depois extrapolar o número encontrado para o resto do
céu.
Entretanto, os astrônomos que obtiveram estes números sabem que se trata
de uma estimativa incompleta. Em primeiro lugar, só podemos obter
informação de estrelas cuja luz já teve tempo de chegar até nós desde a
formação do universo, criando o horizonte observável. Além disso, parte
da luz de galáxias distantes é absorvida por nuvens de gás e poeira, não
chegando a nós.Para verificar o quanto esta estimativa é real,
astrônomos do Observatório de Genebra resolveram investigar a região no
espaço profundo chamada “campo GOODS-South”, usando o telescópio europeu
VLT (“Very Large Telescope” ou “Telescópio Bem Grande” em tradução
livre), no Chile, em busca de galáxias cuja luz foi emitida há mais de
10 bilhões de anos (ou seja, com redshift igual a 2.2).
A equipe liderada pelo astrônomo Matthew Hayes
fez um exame daquela região usando duas metodologias diferentes.
Primeiro, eles procuraram pela radiação Lyman-alfa (abreviada
normalmente como Lya), um dos procedimentos padrão para investigar
galáxias distantes. Em seguida, usaram a câmera especializada chamada
HAWK-1, em busca de linhas de hidrogênio-alpha (abreviada Ha), uma outra
forma de radiação emitida pelo hidrogênio.
Comparando seus achados com os de estudos anteriores na mesma região,
eles descobriram muitas fontes de luz que haviam escapado a exames
anteriores, incluindo algumas das galáxias de luz mais fraca já
encontradas. A partir destas comparações, Hayes estima que todos os
estudos usando a radiação Lya estão errados em uma ordem de magnitude, e
devem ser revisados. Ou seja, para cada 10 galáxias encontradas usando
Lya, existem mais 100 galáxias cuja luz na faixa Lya foi absorvida pelo
caminho e não foi observada.
Fonte: http://hypescience.com
Neste ano novo 2014,homenagem de Pensar Netuno para Friedrich Engel
e sua obra'' A Dialética da Natureza"
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