segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Egito: MJ6A retira apoio ao governo interino

Movimento de jovens egípcio retira apoio ao Governo interino PDF Imprimir E-Mail
Cairo, 23 dez (Prensa Latina) O Movimento 6 de Abril (MJ6A) anunciou hoje o fim de seu apoio ao roteiro apresentado como caminho à transição após a derrubada do presidente Mohamed Morsi.
O fundador do MJ6A, Ahmed Maher, e os ativistas Mohamed Adel e Ahmed Douma, foram condenados ontem a penas de três anos de prisão e 50 mil libras egípcias (uns sete mil 300 dólares) de multa após terem sido declarados culpados de agredir agentes da ordem e de organizar protestos públicos sem autorização.

A decisão da organização, que teve uma destacada participação nas mobilizações que obrigaram o ex-presidente Hosni Mubarak renunciar em 2011, e contra Morsi, foi decidida como resposta à senteça de Maher e dos dois ativistas, disse Amr Alí, coordenador-geral do MJ6A.

O roteiro incluía procedimentos que proporcionariam justiça transicional. No entanto as ações do regime só refletem uma justiça de vingança contra os ativistas e figuras da revolução, afirmou Alí na roda de imprensa.

Porta-vozes do grupo atribuem às pressões de que são objeto a uma vingança dos militares pelos protestos que tiraram Mubarak do poder, quem governou o Egito com mão de ferro por mais de três décadas.

"Anunciamos a morte do roteiro. O que o atual regime leva adiante é um golpe contra a revolução de 25 de janeiro e suas metas".

A impugnação do MJ6A soma adversários às autoridades interinas instaladas em 3 de julho depois da saída de Morsi, cujos partidários da ilegal Irmandade Muçulmana hostilizam com manifestações populares e nas universidades quase diariamente pedindo a reposição do presidente.

No entanto não é em princípio uma aliança do grupo de juventude com a IM, aos que combateram a sangue e fogo durante o turbulento ano de mandato de Morsi, ao que acusavam de governar seguindo os ditados islâmicos do grupo islamista.

Constitui-se em um risco para o referendo constitucional programado para os dias 14 e 15 de janeiro próximo, passo inicial para a convocação de eleições legislativas e presidenciais em meados do ano.

tgj/msl/cc
 
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