segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Angola: Ativistas assassinados por autoridades

Ativistas foram assassinados pelas forças de segurança de Angola, afirma jornal

Documentos secretos do governo angolano divulgados pelo "Club-k" mostram que ex-militares foram espancados até a morte

Os ativistas Alves Kamulingue e Isaías Sebastião Cassule, raptados em de maio de 2012, foram executados pelos serviços de segurança angolanos, de acordo com um documento vazado pelo jornal angolano Club-K na úlitma semana. Na ocasião, a dupla de ex-militares contestaram o governo, exigindo revisão do valor de suas pensões.

O documento revela também como as autoridades os executaram. Alves Kamulingue foi detido por volta das 14 horas, próximo ao Hotel Skyna, por tropas da UGP (Unidade da Guarda Presidencial) - que o entregaram na esquadra da Polícia Nacional da Ingombota. Ele ficou sob responsabilidade do chefe de departamento da investigação criminal.

Por sua vez, Isaías Cassule, conhecido ativista angolano, não compareceu na manifestação em que Kamulingue foi detido. Em solidariedade, denunciou mais tarde à imprensa local a arbitrariedade da detenção e do rapto. Dias depois, Cassule também foi sequestrado em uma emboscada como represália ao apoio a Kamulingue.

Os assassinatos
Logo após ter sido detido, Isaías Sebastião Cassule foi levado para um quartel da polícia. Ele foi espancado durante dois dias seguidos, morrendo em decorrência das lesões. O corpo foi atirado ao rio Dande, na província de Bengo, precisamente, em uma área conhecida pela presença de jacarés.

Alves Kamulingue foi também alvo de torturas. Segundo o documento vazado, ele foi executado com um tiro na cabeça. Os disparos terão sido feitos por um oficial da esquadra da ingombotas, identificado como “Kiko”, suposto sobrinho da Ministra do Ambiente de Angola, Fátima Jardim.

Autoridades negam envolvimento

Após a repercussão do caso, o governo angolano iniciou uma investigação. "Kiko" afirmou que apenas cumpriu ordens, transferindo a responsabilidade para superiores. Na época das denúncias, as forças de segurança negaram o envolvimento no episódio. Agora as principais autoridades prestam depoimento à Procuradoria Geral da Nação. Fonte: Opera Mundi
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