segunda-feira, 23 de setembro de 2013

1973: Fidel em Quang Tri - Vietnã

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Escrito por Camila Carduz   
domingo, 22 de septiembre de 2013
22 de septiembre de 2013, 09:55Imagen activaQuang Tri, Vietnã, 22 set (Prensa Latina) A estadia especial do líder da Revolução cubana, Fidel Castro, nesta aguerrida província deixou uma profunda marca que perdura 40 anos depois.

O Vietnã quis pôr em destaque ao longo da semana que concluiu, após esmerados preparativos para que nada faltasse da memória histórica: nem testemunhas vivas, imagens gráficas e lugares por onde passou o muito aguardado visitante em setembro de 1973.

Para além do emotivo ato central que todos os ouvintes de rádio e telespectadores do país puderam acompanhar ao vivo, transmitido ao vivo de um estupendo teatro, inimaginável há quatro décadas, a comemoração se estendeu a outros lugares percorridos.

Agasalhada pelo calor dos anfitriões, uma delegação cubana, encabeçada pelo ministro do Comércio Exterior e o Investimento Estrangeiro, Rodrigo Malmierca, foi até a elevada meta que marca o paralelo 17, por onde começou o particular protagonismo histórico de Quang Tri.

O lugar marcava algo do conseguido nos acordos de Genebra de 1954, que selou a derrota do colonialismo francês na célebre batalha de Dien Bem Phu, conduzida pelo eminente geral Vo Nguyen Giap.

Mas também essa linha provisória e no fundo artificial para um único povo, recorda o descumprido compromisso de reunificação pacífica com a parte sul, que a intervenção estadunidense impediu.

A bastantes quilômetros de ali, ultrapassando o que fora aquele limite, chega-se ao primeiro território libertado, em 14 de abril de 1972, por onde passava a chamada linha MacNamara, transferida depois ao exército fantoche de Saigon.

Um túmulo piramidal com uma inscrição se levanta agora, apenas o único sinal da contenda bélica no meio de um mar de estudantes uniformizados e alvoroçados que escoltam aos visitantes pelos caminhos, balançando as bandeirinhas do Vietnã e Cuba.

Os guias se entregam a contar com brilho nos olhos que foi neste espaço onde o Comandante Fidel Castro aparece em uma foto com um pé sobre um canhão arrebatado ao inimigo, ao que os vietnamitas dão simbólico significado.

Também foi o local no qual o visitante alçou em suas mãos a bandeira da Frente de Libertação do Vietnã do Sul, e pediu aos hirsutos e comovidos combatentes aos quais se dirigiu, que a levassem até o último rincão.

Nesta rememoração não podia faltar a sede do governo provisório do Vietnã do Sul, um antigo recinto de um imperador, de 1829, declarado patrimônio nacional desde 1981, que conserva o singelo mobiliário que acolheu Fidel Castro, o primeiro chefe de Estado em chegar ainda em plena guerra.

Um velho automóvel Volga readaptado para transportar hóspedes de alto nível, uns 25 até 1975, exibe-se no complexo monumental junto a uma das bicicletas de então, que eram os meios de transporte predominantes.

Outra marca profunda deixada se localiza onde esteve um pequeno hospital que o líder da Revolução cubana visitou e que ao ano seguinte, cumprindo uma proposta sua, começou a construir outro novo, e em 1981 já estava em operação com 264 leitos e a melhor técnica do momento.

Hoje este centro tem crescido e continua crescendo, dispõe de 680 leitos, 36 especialidades e atende cerca de um milhão de pacientes por anos e segundo destaca seu diretor à delegação cubana, ao expor resultados e recursos destinados, não teria sido possível sem a semente semeada quatro décadas atrás.

O mesmo ocorre nos deslocamentos por trechos da rota Ho Chi Minh, que foram feitas por construtores cubanos em outra decisão solidária de Fidel Castro, cuja passagem por Quang Tri perdura no tempo como expressão de irmandade indestrutível.

mgt/hr/cc
Modificado el ( domingo, 22 de septiembre de 2013 )
 
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