segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Conclui Fórum de São Paulo com apoio aos países progressistas
SÃO PAULO. — A 19a. edição do Fórum de São Paulo terminou no domingo 4,
no Brasil, com a assinatura dum documento no qual os assistentes
manifestaram seu apoio aos países progressistas e recusaram a ingerência
e intervenções militares noutras nações por parte de potências
estrangeiras.
A presidente da Assembleia Nacional do Equador, Gabriela
Rivadeneira, leu a Declaração Final do evento, na qual os porta-vozes da
esquerda latino-americana ratificaram seu repúdio ao bloqueio que
sustentam os Estados Unidos contra Cuba e exigiram a libertação total
para os Cinco.
Rivadeneira expressou, igualmente, seu apoio ao Governo Bolivariano
presidido por Nicolás Maduro e recusou em nome de todo o Fórum, as
tentativas da direita venezuelana de querer deslegitimar o mandato
democraticamente eleito. “Nossa tarefa é radicalizar a defesa de nossos
direitos e nossa soberania”, apontou.
O Fórum de São Paulo, que começou no dia 1º de agosto, esteve carregado
de debates centrados no tema da unidade e integração latino-americanas.
Durante esta última jornada, o evento contou com a presença do
presidente Evo Morales, que alertou sobre “tentações” e “incongruências”
que não podem ser toletadas num socialista ou num revolucionário. “A
política para nós não pode ser nem negócio nem benefício. Deve ser
serviço ao povo”, declarou.
Ao Fórum assistiram representantes de mais duma centena de movimentos
sociais e partidos de esquerda. O documento final do encontro afirma que
face “à profunda crise do capitalismo”, a América Latina “vive não só
uma época de mudanças, senão uma mudança de época”.
“Face à crise do sistema, a construção de alternativas representa nossa
oportunidade para colocar o debate político da esquerda latino-americana
e caribenha, assim como de nossos governos, em novos níveis”, assinala.
“A integração regional é a grande resposta da América Latina”, segundo
só delegados do Fórum.
“Esta resposta deve conter a perspectiva de alcançar a
complementariedade econômica, reduzir as assimetrias e promover o
desenvolvimento econômico e social de nosso continente”, acrescenta a
declaração, que também denuncia “as tentativas, inspiradas em potências
extrarregionais, no sentido de fraturar e sabotar a integração regional,
como é o caso da chamada Aliança do Pacífico e a busca incessante por
gerar crises e estimular divisões no Mercosul”.
Por outro lado, os delegados fizeram “um voto pela saúde” do
ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, “símbolo da liberdade, a
justiça e a dignidade humanas”.
No sábado 3, os líderes dos movimentos sociais concordaram na
necessidade de criar uma rede social latino-americana, que sirva como
mais uma ferramenta para lutar contra o sistema neoliberal. Também se
realizou uma homenagem ao Líder da Revolução Bolivariana, Hugo Chávez,
onde se dignificou seu legado. (SE)
EVO MORALES
No Brasil para participar do Foro de São Paulo, o presidente da Bolívia, Evo Morales, criticou neste domingo (04/08) a criação da Aliança do Pacífico e classificou o novo bloco como uma “tentativa dos Estados Unidos de usarem um ou dois presidentes para dividir a América do Sul”.
“A Aliança do Pacífico quer estabelecer o livre comércio e privatizar serviços essenciais. Esses governos estão condenados a enfrentar os povos em seus países”, afirmou Morales em referência a Peru, Chile, México e Colômbia.
Posteriormente, em coletiva de imprensa, o presidente boliviano também argumentou que “os serviços básicos, como luz e água, não deveriam ser tratados como um negócio”.
Evo Morales também deu detalhes de seu encontro de sábado (03/08) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, o boliviano sugeriu a criação de um “conselho permanente para defender e cuidar dos presidentes anti-imperialistas da América Latina”.
“Temos que nos organizar para defender os processos de libertação. Não podemos nos mobilizar apenas quando há problemas. Propus a Lula a criação de comissões técnicas e jurídicas para prevenir problemas que se apresentam a governos esquerdistas e garantir o processo de mudanças na América Latina”, argumentou. Morales veio à capital paulista pois a Bolívia é a próxima anfitriã do Foro de São Paulo, em 2014.
Assim como Lula havia feito na sexta-feira, o boliviano opinou sobre como os partidos de esquerda devem fazer política. “Revolução não se faz com dinheiro, mas com a consciência do nosso povo. Política é a ciência de servir aos outros povos. Se nossos presidentes abusam do poder e da autoridade, se desmoralizam. Se os partidos só pensam nas próximas eleições, estão equivocados. Eles têm que pensar nas próximas gerações. Essa tem que ser nossa diferença em relação aos neoliberais.”
Declaração final
Como parte do último dia do XIX Encontro do Foro de São Paulo, três partidos foram oficialmente integrados à organização de esquerda. São eles: Frente Guasú, do Paraguai, Partido do Povo do Peru e Marcha Patriótica da Colômbia.
Durante os sete dias de encontro na capital paulista, participaram do evento 1.333 pessoas, sendo 359 estrangeiros de 39 países.
Na declaração final do encontro foram incluídos dezenas de temas, como o apoio ao diálogo de paz entre o governo colombiano e as FARC (Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia), uma denúncia contra a “sanguinária agressão das potências ocidentais e de seus aliados regionais à Síria” e a crítica à criação da Aliança do Pacífico, vista como uma “tentativa de sabotar a integração regional”.
Além disso, o Foro de São Paulo repudiou o “sequestro do avião” de Morales e a tentativa da “direita venezuelana e internacional de questionar e desestabilizar o mandato do presidente Nicolás Maduro”. (Com o Granma/Opera Mundi)
EVO MORALES
No Brasil para participar do Foro de São Paulo, o presidente da Bolívia, Evo Morales, criticou neste domingo (04/08) a criação da Aliança do Pacífico e classificou o novo bloco como uma “tentativa dos Estados Unidos de usarem um ou dois presidentes para dividir a América do Sul”.
“A Aliança do Pacífico quer estabelecer o livre comércio e privatizar serviços essenciais. Esses governos estão condenados a enfrentar os povos em seus países”, afirmou Morales em referência a Peru, Chile, México e Colômbia.
Posteriormente, em coletiva de imprensa, o presidente boliviano também argumentou que “os serviços básicos, como luz e água, não deveriam ser tratados como um negócio”.
Evo Morales também deu detalhes de seu encontro de sábado (03/08) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, o boliviano sugeriu a criação de um “conselho permanente para defender e cuidar dos presidentes anti-imperialistas da América Latina”.
“Temos que nos organizar para defender os processos de libertação. Não podemos nos mobilizar apenas quando há problemas. Propus a Lula a criação de comissões técnicas e jurídicas para prevenir problemas que se apresentam a governos esquerdistas e garantir o processo de mudanças na América Latina”, argumentou. Morales veio à capital paulista pois a Bolívia é a próxima anfitriã do Foro de São Paulo, em 2014.
Assim como Lula havia feito na sexta-feira, o boliviano opinou sobre como os partidos de esquerda devem fazer política. “Revolução não se faz com dinheiro, mas com a consciência do nosso povo. Política é a ciência de servir aos outros povos. Se nossos presidentes abusam do poder e da autoridade, se desmoralizam. Se os partidos só pensam nas próximas eleições, estão equivocados. Eles têm que pensar nas próximas gerações. Essa tem que ser nossa diferença em relação aos neoliberais.”
Declaração final
Como parte do último dia do XIX Encontro do Foro de São Paulo, três partidos foram oficialmente integrados à organização de esquerda. São eles: Frente Guasú, do Paraguai, Partido do Povo do Peru e Marcha Patriótica da Colômbia.
Durante os sete dias de encontro na capital paulista, participaram do evento 1.333 pessoas, sendo 359 estrangeiros de 39 países.
Na declaração final do encontro foram incluídos dezenas de temas, como o apoio ao diálogo de paz entre o governo colombiano e as FARC (Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia), uma denúncia contra a “sanguinária agressão das potências ocidentais e de seus aliados regionais à Síria” e a crítica à criação da Aliança do Pacífico, vista como uma “tentativa de sabotar a integração regional”.
Além disso, o Foro de São Paulo repudiou o “sequestro do avião” de Morales e a tentativa da “direita venezuelana e internacional de questionar e desestabilizar o mandato do presidente Nicolás Maduro”. (Com o Granma/Opera Mundi)
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