Presidente Maduro descarta viagem de Snowden à Venezuela

Moscou, 2 jul (Prensa Latina) O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, negou hoje a possibilidade de que o ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional estadunidense (NSA, em inglês), Edward Snowden, saia da Rússia no voo de sua delegação oficial. Mais: Chancelaria boliviana carece de informação sobre asilo a Snowden Ex-agente estadunidense Snowden pediu asilo ao Brasil Maduro assegurou, diante da indagação da imprensa russa, que até o momento Snowden não solicitou asilo político à Venezuela e que só "levaremos conosco inúmeros acordos que assinaremos com a Rússia, em particular, na esfera do gás", sublinhou. O presidente comentou que o estadunidense, bloqueado há pouco mais de uma semana no aeroporto moscovita de Sheremetevo, é uma pessoa que disse a verdade e precisa ser protegido pelo direito internacional humanitário. Disse que, em seu lugar, é preciso perseguir os atos de espionagem mundial, e denunciou as pretensões da elite capitalista dos Estados Unidos de controlar o mundo, espionar amigos e inimigos. Snowden é perseguido pela Casa Branca depois de revelar detalhes do programa da NSA para espionar clientes e controlar registros telefônicos dos cidadãos, denúncia que desatou um alvoroço na opinião pública estadunidense e mundial. Acusado de espionagem e roubo de documentos, chegou a Moscou em 23 de junho num voo procedente de Hong Kong. O ex-agente permanece na zona de trânsito do aeroporto internacional de Sheremetevo, enquanto as autoridades russas declararam que ele não violou as regulações migratórias do país e a Rússia não tem a intenção de extraditá-lo. Ontem, o presidente Vladimir Putin deixou entrever pela primeira vez que Snowden poderia ficar na Rússia de forma definitiva, sob determinadas condições acerca da revelação de documentos classificados da inteligência. Para permanecer em território russo, deveria primeiro suspender suas atividades contra os Estados Unidos, indicou Putin. O porta-voz presidencial Dmitri Peskov declarou, nesta terça-feira, que não seria possível a entrega de Snowden a um país onde rege a pena de morte. A Rússia nunca entregou, não entrega, nem entregará ninguém. Os casos que ocorreram estiveram vinculados com trocas e não com entregas, detalhou Peskov, ao reiterar o anunciado ontem por Putin durante a coletiva de imprensa no Kremlin. tgj/oda/es

Modificado el ( martes, 02 de julio de 2013 )