Cairo,
24 jul (Prensa Latina) O Ministro da Defesa egípcio, general Abdel
Fattah Sisi, pediu um mandato popular para combater o que descreveu como
terrorismo e violência desatados após a derrubada do presidente Mohamed
Morsi no último dia 3 de julho.
Porta-vozes da Irmandade Muçulmana (IM, islâmicos) asseguraram que continuarão suas marchas e protestos.
Todos os egípcios honrados devem sair às ruas na próxima sexta-feira
para me darem a ordem, disse o general, mentor do movimento que derrubou
o presidente eleito no último dia 3 de julho ao encerrar-se um ultimato
de 48 horas para que chegasse a um acordo com seus opositores em meio a
massivos protestos contra o governo.
Revelou que em várias
ocasiões advertiu acerca do agravamento da situação política nacional ao
presidente, que se recusou a escutar-lhe.
Falando em uma
cerimônia de graduação de cadetes aqui, o general Al Sisi negou que
tenha traído Morsi e se comprometeu a respeitar o mapa de rota
apresentado pelo comando militar apoiado pelo governo interino do
presidente Adli Mansour para solucionar a crise egípcia que dura nove
meses e piorou no início desse ano.
Dezenas de milhares de
membros da IM estão concentrados há três semanas no distrito capitalino
de Cidade Nasser, no oriente desta capital, em uma praça próxima à
Universidade do Cairo, exigindo o retorno de Morsi.
As palavras
do ministro da Defesa permitem pensar que as Forças Armadas e o
Ministério do Interior se preparam para acabar com ambas as
concentrações, objetos de críticas pela pressão que as milhares de
pessoas, em sua maioria vindas do interior do país, exercem sobre os
residentes de ambas as zonas.
Desde o início da semana
registraram-se vários ataques contra unidades do Exército na península
do Sinai, ao leste do país e, nesta madrugada, um atentado à bomba
contra uma estação da Polícia na cidade de Mansoura, província de
Daqhaliya, no norte no qual morreram duas pessoas e 19 ficaram feridas.
rc/msl/es |
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