Beirute,
9 jul (Prensa Latina) Equipes de resgate procuram hoje entre os
escombros sobreviventes de um atentado, realizado com um veículo
carregado de explosivos que foi detonado em um estacionamento do
subúrbio sul desta capital, povoado por membros da seita xiita.
De imediato, não existe uma contagem das vítimas fatais nem de feridos,
mas se dá por certo que várias pessoas morreram devido à explosão.
Membros da milícia xiita libanesa Hezbollah (Partido de Deus, em árabe)
cederam os acessos ao populoso distrito, onde têm sua base de apoio
popular, assim como no sul do país.
Uma densa coluna de fumaça
se forma no local do atentado, o primeiro, em vários anos, após o fim da
guerra civil libanesa que se estendeu de 1975 a 1990, quando este tipo
de ação era quase quotidiana.
O antecedente mais próximo de uma
ação similar data de 20 de outubro passado e custou a vida do chefe da
Inteligência das Forças de Segurança Interior (gendarmeria), general
Wissan Hassan, no distrito de Ashafrieh, no leste desta capital, onde
reside parte da comunidade cristão maronita libanesa.
No final
de maio deste ano, desconhecidos dispararam dois obuses de morteiro
contra o "dahie al yanoub" (subúrbio sul) e feriram quatro pessoas, de
acordo com boletins oficiais, no agravamento das tensões extrapoladas ao
Líbano pela guerra na vizinha Síria, na qual membros do Hezbollah
apoiam o presidente constitucional Bashar Al Assad.
Por enquanto as autoridades e a milícia xiita abstiveram-se de apontar culpados.
No entanto, o atentado pode ter sido executado por seguidores de um
clérigo salafista libanês, Ahmed Al Assir, o qual foi expulso de seus
bastiões na cidade sul de Saida no final do mês passado, após atacar um
posto de controle do Exército, que teve seis mortos e vários feridos.
Al Assir, inimigo do Hezbollah que chamou à guerra santa contra as
autoridades sírias, está foragido da justiça e supõe-se que esteja
escondido na cidade norte libanesa de Trípoli, de maioria sunita, palco
de conflitos intermitentes de membros dessa seita islâmica com
integrantes da minoria alawita, seguidores do presidente sírio.
tgj/msl/es |
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